- Qual será o nome daquela estrela grandona? - Pablo pergunta apontando para algum lugar no céu.- Hm, aquela é a 'Asterlux 66'! - assisto de canto de olho Pablo mover seus lábios impressionado, soltando um pequeno "Uau".
Seguro o riso achando extremamente fofa a sua reação e sorrio orgulhoso, mesmo tendo inventado o nome agora.
- E aquela? - mais uma vez seus pequenos dedinhos apontam para alguma estrela brilhante.
- Aquela é algo entre Pablo e Gavira, é bem bonita, não é?
Meu sorriso some dando espaço para uma careta em falso drama quando o menor estapeia meu peitoral.
- Ei, você tá inventando! 'Asterlux 66', eu ainda acreditei! - um biquinho se forma em seus lábios enquanto o mesmo resmunga irritado.
Puxo o garoto de volta para deitar no meu peito e levo minha mão até seus cabelos, fazendo cafuné nos fios macios.
- Tudo bem, eu admito... Mas não muda o fato que Pablo Gavira é uma estrela.
Seus ombros se movem conforme solta um risinho anasalado. Consigo imaginar o quão vermelhas suas bochechas devem estar agora e me pego maravilhado com essa imagem.
Um silêncio confortável se instala, minha mão desliza levemente por toda extensão das suas costas, como sei que Gavira gosta desse carinho e gosta mais ainda quando não precisa pedir que eu faça. Seus olhinhos se fecham aproveitando o toque.
- Pedri? - meu nome sai como um sussurro de seus lábios, então murmuro um "hm" em resposta. - Você já gostou de alguém ao nível de achar que seu coração pode explodir a qualquer momento?
Seus olhos se mantinham fechados, aproveitei para que não visse minha cara de nervoso. Paro com o carinho quando minhas mãos começam a suar e então respiro fundo.
- Já sim. - respondo sincero e o corpo do menor se vira, me dando a visão de dois olhos verdes curiosos porém receosos.
- Ahm... sério? Quem? Como se sentiu? Ainda gosta dela, digo da pessoa? Quer dizer, se quiser me contar, claro! - agora sua respiração estava desregulada e por mais que minha vontade fosse rir, preferi guardar minhas energias para o que eu estava prestes a fazer.
- Tudo bem, Pablinho. Eu ainda gosto dele sim. - esperava alguma reação negativa do garoto porém recebi um sorriso tímido me incentivando a seguir em frente. - Como eu me sinto? Acho que depende do momento, sabe? Como disse, tem dias que chego a pensar que meu coração realmente vai explodir, outros me lamento por pensar que não é recíproco... Mas no final de tudo, ter seus carinhos e olhares direcionados a mim, sua gargalhada gostosa e biquinhos extremamente fofos, seus abraços aconchegantes e tênis sempre desamarrados, me fazem perceber que toda essa confusão vale a pena porque no final da noite estou em algum lugar inusitado fazendo os melhores passeios noturnos com ele.
Seus olhinhos lacrimejando me fazem temer o que viria adiante. Sua mão desliza até a minha e em um encaixe perfeito nossas mãos se entrelaçam. Um simples toque é capaz de fazer meu coração se tranquilizar.
- Eu gosto de um cara. Ele é encantador. - um suspiro escapa pelos seus lábios, então começo a acariciar sua mão com o meu polegar. - Seus olhos carregam uma constelação inteirinha, seu sorriso meigo me causa sérias palpitações. Suas piadas e nomes inventados para as estrelas são seu charme e o melhor de tudo é estar com ele no final da noite, em algum lugar inusitado, sabendo que estou em casa onde quer que eu vá, porque ele é meu porto seguro.
Sorrio grande, sinto que posso sorrir pelo resto da vida, se Gavira estivesse me arrastando no frio das montanhas ou no calor do deserto, eu ainda estaria sorrindo.
Levo minha mão livre até a sua cintura, puxando-o um pouco para cima. Consigo ver seus dentes branquinhos brilhando em um sorriso apaixonante. Nossos narizes se encostam, sendo o famoso beijinho de esquimó.
Seus lábios se roçam nos meus e logo não existe mais distância entre nós dois. O selinho demorado se transforma em um beijo cheio de desejo, paixão e principalmente, carinho. Minhas mãos se instalam nas suas costas, o trazendo para mais perto, enquanto as suas apertam meus ombros.
Minha língua explora todos os cantos da sua boca, em busca de matar a vontade que estava presa todo esse tempo. Os céus teriam inveja do paraíso que é a boca de Pablo Gavira. Suas mãos deslizam para meus braços, sinto seus apertos necessitados para descontar em algo e apenas sorrio entre o beijo.
A falta de ar se faz presente, então encerramos o beijo com mais um selinho demorado. Deitamos de frente um para o outro no telhado, meus braços ainda estão em volta do garoto e nossas testas estão grudadas enquanto nossas respirações se normalizam.
- Pablo Martín Páez Gavira, você quer ser meu namorado e parceiro de fugas? - apesar de estar nervoso, mantenho minha voz baixa.
- Pedro González López, eu quero ser seu namorado e parceiro de fugas.
No final do dia e da noite, Pablo Gavira sempre seria a minha estrela favorita, a única capaz de me guiar para qualquer lugar durante a escuridão. A única capaz de chamar minha atenção em meio a tantas outras. A única que eu amo a ponto de pensar que meu coração pode explodir a qualquer momento.
Notas da autora:
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Oiii! Capítulo não revisado!E o bônus veio!! Confesso que achei fofinha mas queria mais😕
Obrigada por ler até aqui, espero que tenha gostado. Sinta-se a vontade para comentar o que acharam!❤️
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Passeio Noturno. - Gadri.
Short StoryOnde Gavi está com alguns problemas de segurança e Pedri mostra que todas as luzes de Barcelona estão brilhando para ele.