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Mayara 🥀

Quando cheguei no baile, subi logo para o camarote. Ao chegar lá em cima, vi minha mãe toda posturada, com os braços cruzados, observando o movimento lá embaixo.

— Olá, linda. — sorri para ela, e ela desfez a marra, vindo para o meu lado.

— Veio com quem? — ela perguntou depois de dar um beijo na minha cabeça.

— Com o Gael. — respondi, ajeitando o vestido.

— Hm, se resolveram? — ela perguntou, me dando uma garrafa de ICE.

— Não, foi a Layla que inventou essa história de eles irem buscar a gente. — eu disse, pegando o canudo da mão dela.

— O Artilheiro e a Monique estão se comendo, né? — olhei para ela, fingindo surpresa. — Não se faz, sua sonsa.

— Não tava sabendo, não. — disse, tomando um gole generoso da minha ICE.

— Mentira sua. Você sabe que eu não conto pra ninguém, só não gosto de ficar sem saber. — ela mexeu o gelo do whisky com o dedo e depois colocou na boca.

— Eu nem sei mais o que eles estão tendo, parece cão e gato. — eu disse, ajeitando minhas tranças para trás e abandonando meu rosto enquanto dançava no ritmo da música.

— Vi os dois esses dias se pegando no sofá da casa dele. Me fiz de doida pra ver até onde eles iam fingir. — ela disse, dando um gole no whisky e sorrindo de lado.

Minha mãe era gostosa demais. Todos os envolvidos daqui vivem dando em cima dela, e para pegar é mó mola. A diaba sabe que é uma tentação e ama provocar, sabendo que ninguém encosta mesmo. Ela ama andar igual a uma adolescente: shorts curto, cropped e kenner no pé.

— Mel, estão te chamando para a reunião lá em cima. — disse Kel, e ela piscou para mim, indo rebolando até ele.

— Já volto. Se cuida e não bebe muito. — ela disse, passando por ele.

Eu ri quando vi o olhar dele descer para a bunda dela e ela passar segurando na corrente dele. Ela não ia para reunião coisa nenhuma, ela ia era dar. Fiquei ali dançando no ritmo da música e ajustando o vestido quando ele subia por eu estar rebolando demais.

— Tá gostosa nesse vestido. — GL chegou ao meu lado, dando um tapa na minha bunda e dando um gole na Bud dele.

— Valeu. — coloquei minhas tranças para trás, me abanando.

— Qual é? Vai ficar me ignorando mesmo? — ele perguntou, encostado na grade de costas para o palco, me olhando.

— Não tô ignorando. Se não, eu nem tinha respondido seu elogio. — eu disse, e ele continuou me olhando, e eu olhei de volta.

— A gente tá brigado por coisa boba e tu sabe. — ele disse, e eu levantei uma sobrancelha. — Então quer dizer que tá brigada comigo porque eu comprei um BK e não te avisei? Isso é uma briga séria?

— Sim, você sabe que eu gosto pra caralho de BK. — eu disse, e cantei a música que tinha começado, levantando o braço.

— Eu compro quantos BK você quiser, minha preta. — ele me segurou pela cintura, me dando beijos no pescoço.

— Sai. Quando esses BK chegarem na minha casa, a gente conversa. — eu disse, empurrando ele, e ele riu, continuando a me dar beijos no pescoço, o que me fez arrepiar.

— Vou fazer minha ronda, daqui a pouco eu subo de novo. Tô de olho. — ele desceu, e eu mostrei o dedo para ele.

Nesse período que eu estava fazendo meu "cu doce" para o GL, a Layla tinha descido para buscar uma ICE para ela e, quando subiu, estava com o batom borrado e os cabelos arrepiados. Eu estreitei os olhos para ela.

— Nem vem. — ela disse, me entregando uma ICE e foi para o banheiro do camarote se ajeitar.

— Quer me contar? — perguntei quando ela voltou do banheiro.

— Vai me julgar? — neguei com a cabeça, e ela subiu o dedinho, e eu entrelacei o meu. — Fiquei com o VT.

— QUE? — gritei, e ela colocou a mão na minha boca.

— O que foi aí? — Guto perguntou, subindo no camarote acompanhado da tia Clara, do tio Leó, do DG, do Grego e do CL, que vinham acompanhados de suas esposas e da minha mãe.

— Nada não, tô contando um babado da creche aqui pra ela. — ela disse, soltando minha boca, e eu confirmei.

— Como que foi isso? — perguntei baixo, com os olhos arregalados.

— Ele me prendeu lá embaixo e rolou, quase rolava uma dedada também, mas me fiz e disse que você estava me esperando com a ICE. — ela disse, coçando a nuca.

— Passada. — coloquei a mão na boca para rir, e ela me bateu, choramingando. — Foi bom?

— Foi maravilhoso, ele tem uma pegada surreal. — ela disse, fechando os olhos e suspirando.

Eu e ela fomos para a grade de novo quando o outro DJ entrou e ficamos lá. O Gael subiu como tinha dito, e subiu junto com o VT, que ficava o tempo inteiro secando a Layla, que fingia que ele nem estava ali. Quando o DJ parou de tocar, fui para perto da minha mãe.

— Vou pra casa já, amanhã tenho umas coisas para fazer na creche. — eu disse, esticando a mão para ela, que me entregou a chave depois de tirá-la do meio dos seios.

— Vai com quem? — perguntou, ajeitando o decote do vestido dela.

— Não sei, acho que sozinha, nossa casa é dobrando a esquina daqui. — eu disse, e ela continuou me olhando séria. — Tá, vou pedir pro Gael me levar.

— Cuidado, usa camisinha, e não suja nada nem quebra. — ela disse, e eu a olhei com a sobrancelha levantada, e ela me mandou um beijo.

Saí de perto dela e peguei uma coca da mão do menino que vinha trazendo um pacote que meus tios pediram. Fui para perto do Gael e levantei a coca, ele pegou da minha mão, abriu e deu um gole em seguida, e me entregou.

— Me leva em casa? — perguntei, olhando para ele.

— Levo, meu plantão acaba em 5 minutos mesmo. — ele disse, pegou a chave no bolso, segurou minha mão e me puxou, descendo comigo até onde a moto dele estava parada.

Ao Nosso Favor [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora