- Você está certa disso senhora Moneres?
- Estou sim.
- Tudo bem. Então vou começar a gravação.
- Ok.
A Detetive Sord começou a gravação e começou as perguntas.
- Então, diga seu nome.
- Alice Ramírez Moneres.
- Qual era o seu parentesco com o Bruno Moneres?
- Sou mãe dele.
- A senhora é casada?
- Sim, com o pai dele.
- Qual é o nome dele?
- John Moneres.
- Muito bem. O que você sabe sobre o assassinato de Bruno?
- Eu sei quem matou ele e qual foi o plano.
- Muito bem...
- Foi o pai dele, John Moneres.
- Como isso aconteceu?
- John tem um caso com a sua assistente, Jill López, e tudo foi um plano para poderem fugir sem a família. Queriam se livrar de nós.
- Desde quando sabe disso?
- Descobri ontem a noite. Estava muito tarde, e era muito perigoso para vir aqui. E logo antes de dormir pensei, que como John quer se livrar da família pode vir atras da minha filha.
- E de você.
- Minha filha é mais importante nesse momento.
- Vamos analisar o caso e colocar vocês duas no Programa de Proteção a Testemunha, tem um lugar seguro para ficar?
- Temos sim.
- Qual é o nome dela?
- Sara Ramírez Moneres.
- Ok. – Amy parou a gravação - Muito obrigada Sra. Moneres.
- Pode me chamar de Sra. Ramírez. Irei me divorciar o mais rápido possível.
- Que bom. O processo será longo?
- Não, temos acordo pré-nupcial.
- Que sorte. No meu caso, levei meses para conseguir chegar há um acordo com minha esposa.
- A ideia foi dele, John era esperto na época. – Amy deu um sorriu triste em reposta e a acompanhou até o carro em um silencio que dizia muito.
Naquela tarde Alice não foi trabalhar e não obrigou Sara a ir à escola. Assim as duas ficaram em casa sem trocar uma palavra no dia todo, até que alguém bateu na porta. Alice estava no andar de cima, e Sara foi abrir. Era Jill.
Jill estava abatida e abrasou Sara assim que a viu. Sara a convidou para entrar sem saber de nada, elas se sentaram na mesa de jantar e começaram a conversar. Sara desabafou com Jill, que conhecia desde que nasceu.
Um tempo depois Alice desceu a escada, tinha acabado de sair do banho e estava indo preparar o jantar. Mas ao chegar no andar inferior viu uma cena que a horrorizou. Sua filha conversando, rindo com a cumplice na morte do seu filho.
- Oi...
- Mãe! A Jill passou aqui para saber como estamos.
- Que gentil da sua parte.
- Não há de que. Amava Bruno, fiquei arrasada com a morte dele.
- Imagino... Sara, filha, sobe para o seu quarto, tenho que conversar com Jill.
- Ok mãe.
- Obrigada filha. – Alice passou a mão sob o cabelo de Sara e o beijou antes dela passar, assim que Sara fechou a porta do seu quarto Alice começou a falar – Como você ouça? Aparecer na minha casa, sentar na minha mesa e falar com minha filha!?
- Vim conversar.
- Você tem dois minutos antes que eu chame a polícia.
- John me enganou. Ele me disse que íamos forjar a nossa morte e fugir, mas ele disse a verdade para o atirador e matou Bruno... se soubesse disso nunca deixaria ele fazer isso.
- Digamos que eu acredite em você, tem provas disso?
- Sim. Antes de vir para cá peguei o celular de John, pode ver as conversas. – Jill colocou o celular na mesa e Alice o pegou – Pode ler tudo.
Alice voltou desde a primeira conversa dos dois e ficou arrasada por ver que seu marido nunca parou de sair com Jill. Eles estavam juntos a mais de cinco anos, e que planejavam aquilo há um ano e só colocaram prática nos últimos três meses. Está lá! Todo o plano. Todos os contatos usados. Tudo.
Alice está perplexa e bateram na sua porta.
- Você ligou para a polícia?
- E você me culpa?
- Pior que não. – ela riu quando respondeu – Mas tudo bem... isso só vai acelerar o processo. – Jill rapidamente pegou a arma na sua bolsa e atirou contra Alice.
Ao ouvir o barulho a polícia arrombou a porta e Sara desceu as escadas correndo. Por sorte, ou quase, Jill tinha uma péssima mira e acertou o ombro esquerdo de Alice. Ela largou a arma e obedeceu a polícia em todos os comandos. Alice foi levada para o hospital, Jill para a delegacia e Sara para a casa de Katie com escoltas que permaneceram na porta por segurança da família. A Detetive Sord pegou o celular com a senha dada por Alice antes de entrar na ambulância e o colocou em uma saco de provas e levou com si.
Porém, a bala que atingiu Alice era toxica. E ela morreu assim que entrou no PS.
Assim mais uma dos Moneres se vai.
Assim a começa a vingança.
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Lobo ou Cordeiro?
Mystery / ThrillerJohn, Alice, Bruno e Sara parecem ser a família perfeita. Sempre felizes, juntos apesar das dificuldades e unidos apesar de tudo e todos. Mas quem suspeitaria que há um lobo entre tantos cordeiros? Quem diria se são um ou dois?