4: Vingança

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  - Você está certa disso senhora Moneres?
  - Estou sim.
  - Tudo bem. Então vou começar a gravação.
  - Ok.
   A Detetive Sord começou a gravação e começou as perguntas.
  - Então, diga seu nome.
  - Alice Ramírez Moneres.
  - Qual era o seu parentesco com o Bruno Moneres?
  - Sou mãe dele.
  - A senhora é casada?
  - Sim, com o pai dele.
  - Qual é o nome dele?
  - John Moneres.
  - Muito bem. O que você sabe sobre o assassinato de Bruno?
  - Eu sei quem matou ele e qual foi o plano.
  - Muito bem...
  - Foi o pai dele, John Moneres.
  - Como isso aconteceu?
  - John tem um caso com a sua assistente, Jill López, e tudo foi um plano para poderem fugir sem a família. Queriam se livrar de nós.
  - Desde quando sabe disso?
  - Descobri ontem a noite. Estava muito tarde, e era muito perigoso para vir aqui. E logo antes de dormir pensei, que como John quer se livrar da família pode vir atras da minha filha.
  - E de você.
  - Minha filha é mais importante nesse momento.
  - Vamos analisar o caso e colocar vocês duas no Programa de Proteção a Testemunha, tem um lugar seguro para ficar?
  - Temos sim.
  - Qual é o nome dela?
  - Sara Ramírez Moneres.
  - Ok. – Amy parou a gravação - Muito obrigada Sra. Moneres.
  - Pode me chamar de Sra. Ramírez. Irei me divorciar o mais rápido possível.
  - Que bom. O processo será longo?
  - Não, temos acordo pré-nupcial.
  - Que sorte. No meu caso, levei meses para conseguir chegar há um acordo com minha esposa.
  - A ideia foi dele, John era esperto na época. – Amy deu um sorriu triste em reposta e a acompanhou até o carro em um silencio que dizia muito.
 
   Naquela tarde Alice não foi trabalhar e não obrigou Sara a ir à escola. Assim as duas ficaram em casa sem trocar uma palavra no dia todo, até que alguém bateu na porta.  Alice estava no andar de cima, e Sara foi abrir. Era Jill.
   Jill estava abatida e abrasou Sara assim que a viu. Sara a convidou para entrar sem saber de nada, elas se sentaram na mesa de jantar e começaram a conversar. Sara desabafou com Jill, que conhecia desde que nasceu.
   Um tempo depois Alice desceu a escada, tinha acabado de sair do banho e estava indo preparar o jantar. Mas ao chegar no andar inferior viu uma cena que a horrorizou. Sua filha conversando, rindo com a cumplice na morte do seu filho.
  - Oi...
  - Mãe! A Jill passou aqui para saber como estamos.
  - Que gentil da sua parte.
  - Não há de que. Amava Bruno, fiquei arrasada com a morte dele.
  - Imagino... Sara, filha, sobe para o seu quarto, tenho que conversar com Jill.
  - Ok mãe.
  - Obrigada filha. – Alice passou a mão sob o cabelo de Sara e o beijou antes dela passar, assim que Sara fechou a porta do seu quarto Alice começou a falar – Como você ouça? Aparecer na minha casa, sentar na minha mesa e falar com minha filha!?
  - Vim conversar.
  - Você tem dois minutos antes que eu chame a polícia.
  - John me enganou. Ele me disse que íamos forjar a nossa morte e fugir, mas ele disse a verdade para o atirador e matou Bruno... se soubesse disso nunca deixaria ele fazer isso.
  - Digamos que eu acredite em você, tem provas disso?
  - Sim. Antes de vir para cá peguei o celular de John, pode ver as conversas. – Jill colocou o celular na mesa e Alice o pegou – Pode ler tudo.
   Alice voltou desde a primeira conversa dos dois e ficou arrasada por ver que seu marido nunca parou de sair com Jill. Eles estavam juntos a mais de cinco anos, e que planejavam aquilo há um ano e só colocaram prática nos últimos três meses. Está lá! Todo o plano. Todos os contatos usados. Tudo.
   Alice está perplexa e bateram na sua porta.
  - Você ligou para a polícia?
  - E você me culpa?
  - Pior que não. – ela riu quando respondeu – Mas tudo bem... isso só vai acelerar o processo. – Jill rapidamente pegou a arma na sua bolsa e atirou contra Alice.
   Ao ouvir o barulho a polícia arrombou a porta e Sara desceu as escadas correndo. Por sorte, ou quase, Jill tinha uma péssima mira e acertou o ombro esquerdo de Alice. Ela largou a arma e obedeceu a polícia em todos os comandos. Alice foi levada para o hospital, Jill para a delegacia e Sara para a casa de Katie com escoltas que permaneceram na porta por segurança da família. A Detetive Sord pegou o celular com a senha dada por Alice antes de entrar na ambulância e o colocou em uma saco de provas e levou com si. 
   Porém, a bala que atingiu Alice era toxica. E ela morreu assim que entrou no PS.

   Assim mais uma dos Moneres se vai.
   Assim a começa a vingança.

Lobo ou Cordeiro?Onde histórias criam vida. Descubra agora