RIVAIS

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Peeta olhou para o teto do seu quarto pela milionésima vez naquela tarde, era verão, e enquanto os jovens estavam fazendo planos para as férias , o garoto já tinha todo o seu recesso ocupado com a competição. O sol entrava pela janela desimpedido, e olhar para o relógio só deixava o garoto mais nervoso. A viagem aconteceria daqui a poucas horas e mesmo assim ele já estava pronto, nervoso, como sempre ficava ás vésperas de algo tão importante.


Os membros da equipe de canoagem juvenil tinham acabado de ganhar a competição estadual, e estavam prontos para disputar o campeonato nacional, na Califórnia. A família de Peeta foi uma das primeiras a sugerir que o time fosse junto, alugando um ônibus.


A equipe do colégio tinha uma ala masculina e outra feminina, cada uma com um técnico próprio. O treinador Haymich era responsável pelos meninos enquanto Effie era a coordenadora da equipe feminina, para essa viagem iriam todos juntos e eles ficariam no mesmo acampamento.


Uma equipe representando cada estado, eles fariam varias provas classificatórias , para que no fim sete equipes competissem juntas, na grande final. Muitas das equipes que iam já eram conhecidas, eram equipes de tradição em grande parte. Hungers era o nome dos ganhadores do ano passado eles eram uma das equipes mais tradicionais, seguidos pela equipe da Carolina do Sul as Arraias Negras e depois, os Tordos da Flórida, equipe da qual Peeta e Gale faziam parte


Peeta era um dos membros mais novos da equipe reformulado dos Tordos, depois de ficarmos em sétimo lugar no ano passado a carreira do treinador ficou em cheque, então ele optou por reformular o time. O garoto entrou poucas semanas depois do fracasso da competição, e com um pouco menos de um ano de treinamento o técnico já o via pronto para a competição. Alguns veteranos do time o achavam novo demais para competir, mas outros como Gale, já tinha confiança nas remadas do novato. Depois de muitas incertezas Peeta finalmente recebeu o convite oficial para a competição, e depois disso sua mãe tomou a frente da situação, organizando para o time os detalhes da viagem.


Para a felicidade dos meninos e meninas, o único adulto a acompanha-los eram os treinadores, que desta vez tinham que conseguir pelo menos a quinta colocação, para que não fossem demitidos. Quando ficavam nervosos pegavam muito pesado nos treinos. Antes do dia da viagem eles insistiam que todos ficassem horas e horas praticando, qualquer erro cometido era motivo de sermões que pareciam não ter fim.


Peeta desceu as escadas a fim de que conversar com a sua mãe para se distrair um pouco. Infelizmente para ela só existia um assunto, que era lidar com a saudade de ficar uma semana longe do filho. Ela só veria o filho no dia da grande final, isso é se conseguíssemos chegar até lá. Mas para a mãe estava claro que chegariam até a final, e ai de quem duvidasse disso.


Somente na hora em que o ônibus parou na porta de casa que o garoto pode reparar o quanto era difícil para a sua mãe se despedir dos outros. Ela simplesmente não largava o filho e as lágrimas nos seus olhos pareciam não ter fim. Depois de minutos e mais minutos de abraços ela finalmente percebeu a insatisfação estampada no rosto do motorista por toda aquela demora, então o soltou e pediu para que eu fizesse logo o que tinha que ser feito.


Ao entrar no ônibus Peeta viu que eu era o único que estava faltando. Katniss, Rue, Dakota, Michel, estavam todos lá. Olhei banco por banco, quase todos ocupados pelo time que sorriam alegres para ele. O único lugar livre, adivinhem só, era ao lado de Gale, que servia como irmão mais velho para Peeta.

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