Hermione está familiarizada com a luta: por respeito, por atenção, por justiça. Ela até fez carreira nisso; trabalhando em nome de criaturas e seres. Mas a sua batalha contra a lei do casamento do Ministério é uma que ela perde. Seriamente. E agora...
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A estranha coruja águia chega cerca de uma hora antes da coruja do Ministério. Ela estava esperando uma coruja de celeiro, não esse primeiro mensageiro estranho.
Ao abrir o envelope, Hermione encontra uma carta de desculpas concisa, embora excessivamente formal, de Draco Malfoy. Ela pisca os olhos para a caligrafia bem cuidada, confusa e distraída.
Se essa mensagem tivesse chegado em qualquer outra manhã, ela teria consumido todo o seu dia. No entanto, Hermione só consegue poupar o nível superficial de intriga. É uma carta de um homem que ela não vê há anos - um homem com quem ela não teve nenhum motivo para interagir. Ela não tem a menor ideia sobre a vida ou o paradeiro dele e não pode dizer que, antes desse momento, se importaria em saber.
No entanto, ele aparentemente se sentiu compelido a detalhar todas as maneiras pelas quais a prejudicou no passado (como se ela já não soubesse) e a expressar remorso por esse comportamento desprezível.
Hoje, entre todos os dias.
O momento faz mais sentido quando a segunda carta chega.
A coruja do Ministério também envolve Malfoy, embora de uma maneira totalmente diferente. Ela traz a notícia de seu casamento obrigatório pelo Ministério: um tal de Draco Malfoy.
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Hermione vê os sinais muito antes de todo mundo.
Um novo candidato ministerial (sangue puro, claro) batendo o tambor da unificação. Discursos e artigos de opinião sobre "reconstruir a sociedade bruxa" e "restaurar valores importantes para uma raça forte e mágica".
Não no estilo Aquele-Que-Ainda-Não-Deve-Ser-Nomeado, não. Esse mago em particular procurou excluir grupos de pessoas mágicas. O que o mundo deles precisava agora era de uma maneira de reunir todos - sangues puros, mestiços, nascidos trouxas - juntos como uma entidade harmoniosa.
Com a era de reconstrução de Kingsley Shacklebolt a chegar ao fim, o regime do Ministro Ellard Lance fez promessas de construir sobre esta base. Agora que a cura havia ocorrido, eles poderiam fazer um balanço das melhorias a serem feitas e das lacunas a serem preenchidas.
Tomemos, por exemplo, a diminuição da população bruxa. O que poderia ser feito? Após pesadas baixas em uma guerra, nascidos trouxas escolhendo carreiras e vidas no mundo trouxa em um ritmo alarmante, e nenhum dos jovens restantes parecendo ter pressa em constituir família, o Ministério fica bastante perdido.
Hermione, por sua vez, tem muitas sugestões. Por que não instituir um programa de aprendizagem pré-Hogwarts para crianças? Que tal uma iniciativa cultural para apresentar as crianças nascidas trouxas ao mundo bruxo desde cedo? Programa de divulgação para pais trouxas? Incentivos fiscais para novos pais de qualquer condição sanguínea? Programa de avanço na carreira?
Ah, mas Hermione trabalha no Departamento de Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas. Ela não possui nem a "experiência" nem as "qualificações" para propor tais medidas.
