A conquista de Blake

PRÓLOGO

Oiii gente, boa tarde. Passando para deixar o prólogo pra vocês.

Muitas perguntaram se o livro será postado aqui na plataforma, e a resposta é não.

Este livro faz parte de uma série com outros três autores, e o que foi acordado é que não iríamos postar no wattpad.

Então é isso, o livro já está completo na Amazon por R$1,99 ou pelo Kindle unlimited.

Grande beijo.

Prólogo

Blake Brooks

Paro silenciosamente ao lado da cama onde ela dorme e puxo o ar para meus pulmões, os sentidos sendo tomados pelo cheiro de Melinda Clark que está impregnado em cada partícula do quarto.

A luz fraca que vem da rua mal ilumina o cômodo, mas é suficiente para que eu possa ver uma parte do rosto dela, ainda molhado de lágrimas.

Eu a observo por um momento, sentindo uma mistura de raiva e tristeza em meu peito. Raiva porque não me arrependo de nada do que fiz, muito menos por tê-la tocado. Tristeza porque o ressentimento também está me corroendo. A última coisa que eu queria no mundo era feri-la assim. E eu a feri, eu a machuquei e sei que vou pagar o preço.

Analiso os traços suaves do seu rosto, o nariz pequeno, os lábios deliciosos. Ela parece tão vulnerável ali, deitada e quieta, com o cabelo loiro espalhado pelo travesseiro.

Eu deveria estar longe daqui agora, mas vou contra todas as regras que impus a mim mesmo. Sento-me na beirada da cama, aproximo a mão de seu rosto e a toco de leve, sentindo a textura aveludada e fria da pele. Acaricio devagar, sem acordá-la, as gotas salgadas, que ainda não secaram, molhando os nós dos meus dedos.

É hora de ir, Blake... digo a mim mesmo incontáveis vezes.

Permaneço ali por mais alguns minutos, cravando os detalhes de seu corpo em minha memória enquanto ela dorme, sabendo exatamente que não posso apagar a dor crua que causei nela, porque é exatamente isso que causo às pessoas. Eu as destruo e me destruo no processo. Faz parte do meu DNA.

Caminho até a janela e a abro lentamente. Passo para o lado de fora, fazendo o mesmo percurso que já fiz tantas outras vezes até alcançar a rua deserta e silenciosa.

Olho uma última vez para a janela do quarto de Melinda Clark, sentindo o vazio se espalhar por dentro do meu corpo até alcançar minha alma.

Alcanço a moto que deixei estacionada a alguns metros de distância da casa de Melinda, coloco o capacete e me ajeito para sair daqui. O motor ronca quando ligo a Ducati Desmosedici e acelero, deixando a rua vazia para trás. Sigo direto para o bar onde marquei de me encontrar com os caras.

Empurro a porta de madeira e entro no local, sendo tomado pelo aroma de cerveja, hambúrguer e fumaça de cigarro. A luz fraca das lâmpadas amareladas dão um aspecto sombrio ao lugar. Eu gosto disso, faz a adrenalina fervilhar em meu organismo sem controle, pois se iguala exatamente ao meu estado de espírito.