capítulo único

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Porra, como ela ousa parecer tão perfeita? Aqueles olhos escuros arregalados de medo e excitação junto com um sorriso torto manchado de sangue.

Ela está tão bonita que eu poderia a observar pela eternidade sem desviar os meus olhos nem por um segundo.

- O que fizemos? - Ela perguntou mais para si mesma do que para mim.

- nós a matamos... você cortou a garganta dela enquanto eu a estava segurando - eu falo, forçando uma naturalidade apática no meu tom, começando a levantar com dificuldade, lentamente caminhando em direção a ela.

Me ajoelhando na sua frente, ela ainda estava respirando de forma desregular. - obrigado -sussurro apoiando a cabeça contra o seu pescoço.

- Por matar a sua mãe? - Ela perguntou de forma sarcástica.

Por que mesmo que em um momento assim, ela ainda tinha uma boa resposta naquela maldita língua afiada.

- Ela não é minha mãe, mas sim obrigado por matá-la - Descansei minha cabeça no seu ombro inspirado profundamente sentido o cheiro de sangue misturado com sabonete de lavanda, ela provavelmente tinha saído do banho a pouco tempo.

'Isso é uma imagem da qual eu não privaria a minha imaginação'

- Você é tão quente - ela resmungou, se aproximando mais de mim e eu ri - idiota -

Passei meus braços em volta da cintura dela, inclinando a pra trás até que ela estivesse deitada no chão e eu estivesse sobre ela - você também e quente... e idiota -

Provavelmente passamos menos de dois minutos nessa posição, mas sinceramente, se dependesse de mim passaríamos o resto das nossas vidas assim.

- Acho que precisamos esconder o corpo dela - ela sussurrou.

- Só mais um minuto -

Ela não respondeu, mas uma de suas mãos foi até minha cabeça, começando um cafuné enquanto a outra foi para as minhas costas, deslizando para cima e para baixo na minha coluna, me fazendo contorcer e suspirar.

Ótimo, matamos uma pessoa juntos e ela já sabe um dos meus maiores pontos fracos, maldita sejas.

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