Capitulo 3 - Primeiro Pecado

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Assim que pude, corri para contar a Lisa tudo o que eu havia ouvido na igreja, como aquilo soava sinistro e como podíamos estar entrando em uma grande enrascada.

— Acha que eles vão nos fazer mal? — Perguntou Lisa com a sombrancelha franzida, sua expressão dizia que a mesma estava pensando em algo.

— Talvez, e se fizerem vão sair impunes. — Digo sentindo um calafrio percorrer meu corpo, não me sentia segura nem confortável aqui, meu único conforto neste lugar inteiro, era estar com Lisa.

— Rosé, sei que pode parecer arriscado, mas... — Lisa começou, mordendo os lábios enquanto olhava ao chão antes de olhar para mim. — Acho que deveríamos fugir. — Ela fala baixo o suficiente para que parecesse um sussurro, mas consegui ouvi-la perfeitamente.

— Como vamos fazer isso? Ou melhor, como vamos nos manter fora daqui? Sem que ninguém descubra? — Digo me aproximando da mesma que estava sentada na ponta de nossas camas juntas.

— Olha, temos por volta de um mês e mais algumas semanas antes do tal padre chegar, podemos ir para o mais longe possivel usando as carroças de mercadoria, elas literalmente quase atravessam o mundo, e então, podemos dizer que somos jovens viúvas e faríamos algo como artesanato para vender, claro, não íamos viver ricamente, mas dá pra sobreviver. — Explicou Lisa.

Penso um pouco, poderíamos correr muitos riscos por sermos apenas duas mulheres, mas usando a artimanha dizendo que já somos viúvas poderíamos afastar os homens até certo ponto, mas acredito que qualquer que seja nossa escolha seria arriscado, tanto ficar, quanto ir embora.

— Olha, vamos planejar com mais calma, e aí, temos essa conversa. — Digo a Lisa, jogando minhas costas para trás e deitando de forma desajeitada na cama, Lisa faz o mesmo.

Ficamos em silêncio por um tempo, muita coisa a se pensar, muito ao se temer, mas estar com ela, de certa forma, fazia eu não me sentir sozinha.

— Lisa-yah. — A chamo.

— Uh? — Ela resmunga virando seu rosto para mim.

— Obrigada por estar aqui. — Digo sentindo meu coração se manifestar com isso, de maneira ansiosa, mas boa.

Lisa sorriu timidamente enquanto olhava nos meus olhos, e por um segundo, quase me perdi no tom escuros dos olhos dela.

— Obrigada por estar aqui, Rosie. — Lisa sorriu abertamente para mim, meu coração saltou de tal forma que senti que poderia estar sofrendo uma parada cardíaca.

Meus pulmões agora pesam uma tonelada, sinto arrepios por todo meu corpo e minha mão se move até a franja que Lisa usava para afastar alguns fios de sua testa delicadamente, a mesma não se mexe enquanto só observa meus movimentos.

Meu olhar se move para seus lábios que me apareciam de certa forma convidativos, sinto minha mente explodir com toda aquela informação, e com toda certeza Lisa notou minha agitação;

— Preciso ir tomar banho. — Falo rapidamente, me levanto tão depressa que mal tive tempo de me equilibrar para dar um passo firme, tropeço no vestido longo e vou até minha cômoda pegando a primeira camisola que vi e acelero pra sair do quarto.

O que foi aquilo?

Tive que esperar um tempo até que a água da banheira fosse aquecida, vou até uma das gavetas do banheiro e pego a toalha com meu nome bordado, me despio e me enrolo nela enquanto coloco um pouco de espuma de banho dentro da água, retiro a toalha e aos poucos vou adentrando na banheira até estar submergida.

Fecho os olhos por alguns minutos, sentindo a água quente relaxar meus músculos, me remexo dentro da banheira para ficar mais confortável.

— Tô perdendo a cabeça. — Sussurro pra mim mesma colocando as mãos na cabeça, molho um pouco o rosto sentindo meu interior ainda ansioso, eu não entendia o que estava acontecendo com meu corpo ainda, mas era agoniante e gostoso ao mesmo tempo.

Desço minhas mãos até meu tórax, passando meus dedos levemente por cima dos meus seios, sinto um leve prazer me acomodar, abro os olhos e olho na direção dos meus mamilos eriçados, já tinha acontecido antes, mas não dessa forma.

E os toco devagar, acariciando-o de forma circular e lenta, jogo o pescoço para trás e solto uma arfada espontânea, levo minha outra mão a boca, assustada com meus próprios sons.

Estranho.

Faço novamente, controlando minha respiração e fazendo uma certa pressão na garganta para segurar minha voz, aquilo era muito bom, limpo a garganta, me sentindo elétrica dentro da água, perigo certo.

Involutariamente desço minhas mãos até a virilha, abro um pouco minhas pernas e vou explorando cada canto da minha intimidade até achar um ponto que era tão bom de ser tocado quanto massear meus mamilos.

Outro som involutario sai de minha boca, dessa vez não tento me repreender, apenas me concentro nos movimentos dos dedos pressionando minha vagina.

Tento agarrar alguma coisa para aliviar a agonia prazerosa que aquilo me dava, continuei fazendo até que se tornasse insuportável segurar minha garganta e comecei a arfa enquanto ainda movimentava em círculos ainda mais rápido.

de repente me contorço dentro da banheira enquanto me sinto no céu por alguns segundos, aperto os olhos piscando forte e suspirando quando o cansaço bateu, e junto, um pouco de vergonha do que eu havia feito, não tinha ideia do que estava fazendo, mas era tão difícil de resistir.

A água se tornou fria comparada a temperatura do meu corpo, me levando espirrando água para todo lado e me enrolo na toalha me secando o mais rápido que posso, e estava tão envergonhada de mim, eu realmente perdi o controle de mim mesma.

Me visto dentro do banheiro mesmo e destampo o ralo da banheira, penduro a toalha e deixo o banheiro o mais rápido que posso, como se eu sair daquele lugar fosse deixar o que eu fiz para trás também.

Chego no quarto e vejo Lisa já deitada de costas para porta, e eu agradeço por isso, eu estava mais vermelha que um pimentão, e não conseguiria dizer uma palavra sem gaguejar.

Apago a luz do quarto e me deixo devagar do lado da mesma, arrumo meus travesseiros e me cubro com o lençol, fecho os olhos mas minha mente vão sempre para o que fiz no banheiro.

Debato comigo mesma enquanto tento dormir, meu corpo estava cansado e eu queria dormir, mas meus pensamentos não me deixavam em paz.

Não sei o que fiz, não sei como me sentir sobre isso, mas eu sei que foi tão bom que pude jurar estar no céu por alguns segundos.

Oh não, com toda certeza não, eu não entraria no céu nem se nascesse de novo.


Meu coração fica quente, por que ao invés de medo, minha atração só cresce?

BLACKPINK - Playing with fire.

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