o passado de Kurenai pt 4

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● No cemitério●

A jovem Uchiha deixava lírios sobre os túmulos de seus pais e irmão. Seus olhos estavam vazios e frios assim como a pele de seu corpo que congelava. Seus sentimentos tão longe que ela nem conseguia sentir seu luto corretamente. Ela olhou fixamente para os três túmulos em sua frente.

— Mamãe, papai, vocês sempre me disseram para amar essa vila, pois era o nosso lar... Mas eu não sinto mais isso... Estariam decepcionados com oque sou e com oque me tornarei... Mas como dizia aquele homem dos livros do Katsuo só basta um dia ruim para um homem bom ficar ruim.– Ela dizia enquanto olhava para os túmulos a sua frente.

— Eu os odeio, todos no poder dessa vila, mas não posso os matar ainda, primeiro irei destruir todos os seus esconderijos e em seguida matarei todos que foram culpados pelas suas mortes. Todos que entrarem em meu caminho morreram.– Ela dizia dessa vez olhando para o céu.

— Eu lamento por tudo que vocês terão que ver eu fazer. Mas desde que o Caled me deixo viva quando eu tinha 6 anos, eu mudei.– Ela divagava fixando o céu.

— Eu jurei que ali seria meu fim, era um belo dia para morrer, ele tinha aquela katana no meu pescoço e me olhava com o sharingan ativo. Mas ele me deixo viva, e eu preferiria que ele tivesse me matado aquele dia, porque desde aquilo eu não conseguia mais dormir porque em meus sonhos ele vinha assombrá–los. Eu estava tão cansada, como eu podia ter tanto medo daquele homem. Eu cheguei num nível que não consigo nem ligar para nada, e foi assim que ele me notou mais ainda, ele teve a chance de me matar várias vezes, mas não o fez, ele simplesmente me pegou como pupila que eu quisesse ou não. Eu treinei com ele, ele moldou a ceifadora, ele moldou meu alter-ego, eu fiquei presa em uma sala branca por tanto tempo que minha mente entrou em colapso, eu fique dividida entre o certo e o errado.– Ela dizia agora olhando para suas próprias mãos.

— Ele me disse que confiava em mim que eu iria escolher a ceifadora, a loucura e não a vila da Folha. Eu me perguntei porque eu fiz aquilo, mas eu aceitei aquela loucura, aquela cede de sangue incontrolável. Aquele foi o nascimento da ceifadora. Um único abraço daquele homem foi suficiente para eu esquecer todos os meus valores.– A garota agora soltou uma risada amarga pelas lembranças.

— Caled foi meu pior pesadelo e meu maior salvador ao mesmo tempo. Ele me mostrou a falsidade dos porcos que fingem arriscar a vida por liberdade, mesmo quando eles cometiam um deslize como covardes, todo mundo esquecia tudo, mas que linda realidade.– Ela divagava ainda mais com mais memórias surgindo.

— Vocês eram o último amor que eu poderia sentir. Agora todo esse amor não importa mais. Essa é a minha própria insanidade... Entao não me esperem e vão para paz porque isso é algo que eu não poderei alcançar, não quanto todos os culpados não morrerem.– A garota disse dessa vez olhando para um canto específico do cemitério. Ela podia os ver, as almas deles e de todos naquele lugar, morte havia lhe presenteado com muitos dons.

— Eu escolho a solidão, escolho esconder meus sentimentos para não causar o caos para inocentes... Então por favor vão para a paz.– A garota disse enquanto corria para fora do cemitério.

       A garota correu o mais rápido que pode e rapidamente notou que ja se encontrava nos corredores da academia. Ela suspirou longamente e foi para a sala de aula onde pode ver seus amigos reunidos e quando a viram cada um deles soltou um sorriso para a mesma que os ignorou, oque gerou confusão no rosto de cada um.

— Kurenai você está bem?– O Hatake perguntou se aproximando da mesma que se distanciou do mesmo rapidamente.

— Me deixa em paz Hatake.– A garota disse saindo da sala, mas foi seguida pelos seus amigos.

Hinata Hyuga a reincarnação de kaguya (nova versao e reescriaçao)Onde histórias criam vida. Descubra agora