3:"Entrando em ação:

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Um quarto escuro é á primeira coisa que Rok Soo vê quando abre os olhos.

A segunda coisa que ele percebe é o choro abafado, e a terceira é o menino escorado na porta meio aberta, mas não o suficiente para ver o lado de dentro.

O garoto em questão é Cale, um Cale de provavelmente oito anos de idade, ele está tampando a boca com uma de suas mãos e as lágrimas escorrem violentamente de seus olhos assim encharcado suas bochechas e melhando a parte superior de sua camisa.

Parando pra olhar mais detalhadamente,  Rok Soo chega a conclusão de que o Cale miniatura acabara de voltar de sua aula de esgrima.

Do outro lado da porta é possível escutar fragmentos da conversa que aparenda estar se tornando uma discussão, embora apenas uma pessoa esteja gritando.

-"Eu não posso aceitar isso!".

-"Nós dois sabíamos que as coisas acabariam assim, não seja infantil, sei que estou pedindo algo difícil. Mas nosso filho precisa de você".

-"E EU JOUR!? COMO EU VOU FICAR SEM VOCÊ!?".

De repente tudo ficou ainda mais escuro, estava frio e era difícil respirar.

Os gritos continuaram, mas era impossível ouvir claramente,  tudo estava abafado de alguma forma.

Com cada segundo que passava a dificuldade de respirar aumentava.

Agora ele podia sentir as lágrimas escorrerem, conseguia sentir sua mão fazendo preção em sua boca, a respiração acelerada e o mais assustador de tudo.

O desespero.

Ele não sabia porque estava sentindo isso, mas quando mais o tempo passava mais difícil era tentar se acalmar.

Então ele correu.

Correu o mais rapido que pode.

Para onde?

Para lugar nenhum,  ele só não queria ficar mais lá, também não queria voltar para seu quarto.

Talvez por culpa das lágrimas, talvez por estar olhando para o chão esquando corria.

Talvez por estar tão perdido em seus próprios pensamentos ele não percebeu a pessoa que estava a sua frente e por isso acabou esparramado no sujeito.

-"Jovem mestre, aconteceu alguma coisa?"- pergunta o mordomo.

Cale não consegue responder, apenas balança a cabeça para o lados.

Depois de alguns segundos, Cale sente como os branços do sujeito o cercan. São quentes e confortáveis.

Sempre foram, mas hoje parecia um pouco diferente.

-"Jovem mestre, deseja ir para seu quarto?"- pergunta o homen enquanto pega o pequeno de oito anos no colo.

Mais uma vez apenas acena com a cabeça.

-"Está bem então"- Diz o homen enquanto já vai em direção ao quarto de Cale.

O caminho foi silêncioso.

O homen permaneceu ali até que Cale durmise.

Foi confortável, quente e reconfortante.

Mas não foi o suficiente para que ele esquecece o que acabará de ouvir de sua mãe.

-"Deruth, eu estou morrendo".

Um novo começo complicado Onde histórias criam vida. Descubra agora