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Por mais que eu e Alessandra não tivéssemos nada, eu sentia um grande amor por ela. Estávamos no fim de uma gravação e fui para o camarim.

"Luaaa", escutei Alessandra me gritando.

"Oi, gatinha", respondi, observando a roupa que ela estava. Que mulher bonita! Aquela blusa curta, decotada, mostrando sua barriga, calça cintura baixa.

"Ei, meus olhos estão aqui em cima", disse Alessandra, me tirando daquele transe.

"Desculpa, estava boiando. Precisa de algo?", perguntei, retirando a mecha de cabelo que estava atrapalhando a visão dela.

"Vamos sair mais tarde, ir lá para casa?", me perguntou.

"Não sei, tenho que buscar a Lucy", falei e vi sua expressão ficar triste.

"Vamos, linda. Depois a gente passa na casa da sua mãe e busca ela", fez carinha de pidona. "Vamos, linda, vai aceita".

"Tá bom", concordei, e ela deu pulinhos de felicidade.

No carro, fomos cantando várias músicas, conversando.

"E ai, alguém no coraçãozinho da minha amiga?", ela perguntou rindo.

"N-não", fiquei um pouco nervosa por conta da pergunta.

"Você sabe que eu só quero me dedicar à Lucy. Acho que com uma pessoa a mais não daria muito certo", suspirei. "Talvez com a pessoa certa".

"Mas quem seria essa 'pessoa certa'?", ela perguntou, esperando que eu daria a resposta.

"Vai, fala, Luna", ela suplicou.

"Vamos, já chegamos."

Entramos no apartamento de Alessandra.

"Desculpa", Alessandra me abraçou.

"Tudo bem!" Abraçei de volta.

"Vamos beber um pouco?" Alessandra veio com as taças.

"Não posso beber, tenho que dirigir".

"Tá bom então, fica só pra mim".

Passamos o tempo vendo um filme. Ela deitou com os pés na almofada.

"Posso?" Perguntei se podia fazer massagem em seus pés.

Ela assentiu com a cabeça.

Parei de prestar atenção no filme e fiquei massageando os pés dela.

Alessandra, a esse ponto, nem prestava mais atenção no filme.
Subi as minhas mãos até sua canela panturrilha.

Meu alarme toca.

"Que susto", falei. "Tá na hora de ir buscar a Lucy."

"Poxa, que pena", Alessandra exclamou triste.

Nós levantamos e fomos até a porta.

"Tchau", me afastando um pouco, Alessandra me puxa de volta.

"Não vai me dar um abraço de despedida, poxa?", Alessandra faz cara de triste.

"Minha dramática", chego perto e Alessandra me puxa pela cintura.
Abracei ela de volta.

"Agora sim pode ir", nós duas rimos.
"Tchau", me despedi de Alessandra.

Alessandra on~

Já se passaram horas e eu não paro de pensar em Luna. Ela é minha amiga há pouco tempo, mas sinto algo por ela. Fui dormir um pouco para ver se esses pensamentos passavam. Acordei com alguém batendo na porta. Olhei pelo olho mágico.
"Luna..." Não consegui terminar o nome. Luna me puxou e me beijou. Ela me empurrou para dentro, fechou a porta e me colocou no colo, me levando até a bancada. Sinto suas mãos subindo pela minha coxa e começo a gemer.

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