Giulia's POV
Dias e mais dias se passavam.
Minha vida se baseava apenas em jogar vôlei, não estava tendo contato com ninguém, meu pai nunca estava em casa, e quando estava, precisava trabalhar, como sempre. Noah estava sempre ocupado com outras coisas, ele sempre tinha tempo para tudo, menos para mim. Meus amigos estavam distantes, estavam sempre saindo sem me chamar, não conversavam mais comigo.
Era cansativo, mas segundo todos, eu não podia reclamar de nada, minha vida era perfeita. Considerada a melhor jogadora do colégio, uma família boa, com nome conhecido e ótimas condições, sempre ter privilégios nos lugares.
Realmente era perfeito, até certo ponto.
E esse ponto era bem perto do início, por sinal.
Sábado a noite, provavelmente eu estaria saindo de casa as sete da noite e voltando apenas as três da manhã, ou apenas indo a casa de algum dos meus amigos, ou qualquer coisa assim. Mas não, eu estou deitada no sofá de casa, com alguma série duvidosa passando na televisão desde as duas da tarde, olhando o Instagram.
Todos meus amigos haviam postado algo nos stories, mas eu me recusei a abrir qualquer um deles, mesmo que não fosse a primeira vez que eles estariam saindo sem mim.
Na lata. Mason, Brooke, Liv, Abbey, Thomas, Lipe e Diego estavam no mesmo lugar que nós costumávamos ir, nós 8, ou 9 quando Noah ia junto.
Decidi ignorar, papai havia mandado mensagem falando que chegaria em casa em quarenta minutos, algo que não mudaria muito o que eu estava fazendo, já que ele provavelmente iria direto para o quarto.
Noah não respondia nenhuma de minhas mensagens desde quarta-feira, apenas as visualizava, assim como todos. Thames estava estranho comigo, não estava mais me incomodando quando vinha aqui em casa, pelo contrário, ele agora estava sempre ficando quieto em seu canto, um tanto quanto estranho isso. Liv estava me ignorando muitas vezes, e quando me respondia, era de forma seca.
Estava cansada. Cansada de precisar fazer tudo o que os outros querem. Cansada de precisar ser sempre forte. Cansada de fingir que não me importo.
Quarenta minutos. Meu pai estava estacionando o carro na garagem enquanto eu assistia a um filme que costumava assistir com Liv enquanto me segurava para não chorar, não iria fazer isso, pelo menos não na frente de meu pai.
— Oi Giu – diz entrando pela porta que ficava ao lado da televisão, apenas o ignorei – o que aconteceu, filha?
— Nada – falo tentando não demonstrar que estava triste, mas pelo visto até nisso eu consigo falhar.
— Aconteceu sim, é sábado de noite e você tá deitada no sofá da sala vendo o filme que segundo você mesma era sagrado e só podia assistir ele com Liv, e não fora de casa com os seus amigos voltando só às quatro da manhã – ele se senta ao meu lado.
— Não é nada, não se preocupa – minha voz estava cada vez mais trêmula. Eu odiava isso. Odiava parecer fraca na frente dos outros.
— Então só me diz, por que você não está com os seus amigos?
— Porque eles saíram, eles foram onde a gente sempre costumava ir – uma lágrima solitária escorre pelo meu rosto, eu a limpo rapidamente.
— E você não foi?
— Eles não me chamaram, assim como não me chamaram nas últimas 14 vezes que eles saíram.
— Se você quiser, eu posso conversar com eles..
— Não, não precisa, eu já sou grande, eu já posso resolver meus problemas – falo cortando sua fala rapidamente.
— Filha.. eu sei que é ruim, mas acredita em mim, não adianta guardar tudo pra si mesma, vai ser pior, você precisa de outras pessoas, e eu tô aqui com você, sabe disso, não sabe?
— E sei, é só.. eu não sei explicar, todo mundo tá se afastando de mim, se eu não mando mensagem pras pessoas eu não falo com ninguém, nem a Liv não fala mais comigo direito, eu me sinto sozinha, como se ninguém estivesse comigo, eu me sinto perdida, não tenho um caminho certo, não tenho um começo, não tenho nada – minhas lágrimas eram incontroláveis, essa era a última coisa que eu queria – me desculpa.
— Te desculpar por o que, filha? – suas tentativas de me acalmar eram todas falhas.
— Por ter aparecido na sua vida, por ser um peso, nem meus pais não me quiseram, por que outra pessoa iria querer? Não faz sentido.
— Giulia Bittencourt, você nunca mais fale isso – diz num tom alto – a gente já conversou sobre isso, você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, sendo minha filha biológica ou não, eu te amo de qualquer maneira, amo muito, mais do que qualquer coisa, e você sabe disso, se você não tem aos outros, tem a mim, sabe disso – ele me chama para um abraço, e eu vou na hora – não quero mais saber de você se botando pra baixo, ouviu? Você é incrível, você é muito especial, você é a melhor coisa da minha vida, e eu te amo muito, entendeu?
Eu apenas assenti, concordando com ele, não conseguiria falar nada.
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Oi lindos, acho q agr eu posto com mais frequência 🙉🙉
Nao sei o q por aqui, mas qro puxar assunto com vcs, como vao?? (Falem cmg, odeio falar sozinha👎👎
Beijos da Sofiii💋💋💋💋💋💋💋
Amo voces queridos(Nao revisado, peço perdão pelos erros!)
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Gorgeous | Mason Thames
FanfictionGiulia Bittencourt. Filha do dono dos maiores negócios de engenharia de Londres. Uma garota orgulhosa e com personalidade forte. Muito conhecida como a melhor jogadora de vôlei do colégio, recebia muitos comentários por isso, sua vida era totalmente...