Jake Seagull era um dos maiores nomes do submundo de Nova York, todos o respeitavam e o temiam. Com apenas dezessete anos liderava uma gangue de adolescentes criados nas ruas, capangas que o seguiam fielmente. Herdeiro de uma grande fortuna e do tít...
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Jake corria pelos becos escuros atrás daquele homem misterioso que dizia estar atrás dele, porém o mesmo se encontrava encurralado pelos capangas que Armani que o perseguiam com rifles de fogo. Tratou de se esconder rapidamente assim que o barulho de um tiro soou, causando um grito alto junto de um baque no chão.
— Droga...espero que você não tenha morrido. — Praguejou, checando se o caminho até a vítima estava livre. — Aguente mais um pouco.
Rastejou pelo chão molhado da chuva que atingiu toda a cidade mais cedo, evitando ao máximo fazer barulho para não chamar a atenção para si mesmo, odiaria ter que encontrar aqueles caras desprezíveis que apenas o atrapalhariam, como sempre. Ele estava cansado demais para ter que agir como o menino de ouro de Armani.
Assim que o cheiro de sangue fresco se fez presente, soube que o homem estava gravemente ferido. Mesmo que tivesse tentado estancar o sangramento no ombro do engravatado, ele estava fraco demais para levantar dali junto ao Seagull para que pudesse tirar suas dúvidas.
— É você Jake? Pegue isso, por favor... — Ele pediu com o restante de forças que lhe sobrava em seu corpo, tentando pegar a corrente em seu pescoço. — Street North Dakota, 23.
— E que porra é essa? O que eu tenho que fazer com isso? — O garoto segurou o homem pela gola da camiseta ensanguentada, o sacudindo com força. — Me diga! Não ouse morrer sem me responder, desgraçado! Se isso vai ajudar meu irmão, me diga agora!
— É a solidão de Blue Whalien...
Foi a última frase que o engravatado disse antes de desfalecer dos braços de Jake. O garoto arrancou a corrente do pescoço do homem para guardar no bolso de sua calça jeans, seja lá o que Blue Whalien fosse, era algum tipo informação confidencial que não deixaria mais ninguém ter.
Deixou o homem no mesmo local que havia encontrado jogado no chão, a cena do mesmo jeito que deveria estar sem a interferência de Seagull, como se aquela pequena conversa dos dois jamais tivesse ocorrido. Era perigoso demais deixar vestígios no mundo em que vivia, já tinha incômodo o suficiente com a polícia, mais alguns dias no reformatório não o pareciam nada atraente.
Saiu tranquilamente dos becos para seguir caminho até um de seus esconderijos próximos do local, onde Hunk o esperava impaciente, andando de um lado para o outro ansioso para dar ao seu chefe a notícia sobre a visita internacional que receberiam no dia seguinte.
Quando ouviu o barulho das botas pesadas pisando firme no chão de madeira, se animou ainda mais. Bateu palmas com um grande sorriso estampado em seu rosto, correndo de braços abertos ao encontro de Jake, o abraçando fortemente mesmo que seu chefe não gostasse muito.
— Jake! Jake! Finalmente você voltou, nem sabe o que vai acontecer amanhã.
— Não vou saber a não ser que você me conte, mas me solte antes pirralho, preciso tomar um banho. — O loiro resmungou se soltando dos braços fortes do menino cujo o sorriso se desmanchou. — Continue contando, estou ouvindo.
