✓ | ROMANCING, han seojun

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˖࣪ ❛ CAPÍTULO UM
— 01 —

O AEROPORTO PARECIA o lugar mais clichê para começar a história, mas aqui estava Miyeon, do lado de fora do aeroporto, tarde da noite. Ela estava esperando o carro que seu pai prometeu enviar, mas parecia que ele havia esquecido.

Ela estava com frio e cansada - e ligou para a mãe quando pousou. Mas parecia, considerando que ela estava esperando por mais de uma hora, algo mais era mais importante.

Miyeon não podia nem chamar um táxi ou pegar outro carro - ela só tinha um pouco de dinheiro e a tarifa que ela precisaria pagar era algumas vezes mais o que ela tinha.

Então, em suma, ela estava presa.

Demorou meia hora até o carro chegar, chamando o nome dela várias vezes e irritando vários outros passageiros que esperavam do lado de fora. Envergonhada, Miyeon foi até o carro, subiu no banco de trás e o motorista partiu.

Seoul era o último lugar que ela queria estar. Ela preferiria ir a qualquer outro lugar do mundo do que estar lá. Mas isso não importava para seus pais - e embora seus avós a tivessem mantido alegremente em Nova York - eles a arrastaram de volta para Seoul.

Ela havia conseguido não pensar muito em sua situação nos dias que antecederam sua saída de Nova York, no avião ou mesmo enquanto esperava do lado de fora do aeroporto. Mas agora ela estava voltando para casa - parecia que tudo vinha correndo de volta para ela.

Todos aqueles pensamentos reprimidos abriram caminho, e Miyeon sentiu-se ficando um pouco emocionada. E se estivesse tão ruim quanto eles deixaram? Sua vida em casa não era boa, mas não ter amigos para quem voltar e nenhuma chance de eles se tornarem seus amigos novamente parecia tão horrível.

Toda aquela situação era horrível. O que causou isso, como eles acabaram - tudo era terrível e surreal da pior maneira possível. Para Miyeon, e ela tinha certeza de que os outros envolvidos sentiam o mesmo, era um pesadelo do qual você simplesmente não acordava.

Finalmente, o carro parou do lado de fora da casa, o exterior familiar causando frio na barriga. Casa era uma palavra inapropriada para o prédio - ela considerava Seoul sua casa, porém o lugar onde residia não era um lugar de memórias felizes. Mas, era o único lugar onde ela poderia ficar.

E então, depois de agradecer ao motorista, tirando suas malas do porta-malas do carro, Miyeon foi até a porta da frente, hesitando antes de bater.

Nenhum de seus pais respondeu, em vez disso, sua governanta - uma senhora chamada Choi Eunjoo. Ela a cumprimentou calorosamente, prometendo que haveria comida na mesa dentro de uma hora.

Foi uma recepção muito mais calorosa do que ela receberia com seus pais, e Miyeon se viu sorrindo enquanto eles traziam suas malas para dentro. — Agora, seu pai está trabalhando e sua mãe está visitando com um velho amigo da família - no entanto, eles deixaram uma mensagem para você. — Eunjoo disse, pegando duas malas de Miyeon e começando a levá-las para o quarto dela.

— Eles não estão aqui? — Miyeon perguntou, um destaque por aparecer em seu rosto. — Eles me forçaram a voltar aqui e nem se deram ao trabalho de me cumprimentar.

— Não se preocupe com isso - a carta que seu pai deixou está em sua mesa, e eu fiz questão de passar seu uniforme para segunda-feira. — Eunjoo continuou, abrindo a porta de seu quarto. — Agora, eu comprei alguns lençóis novos e algumas outras coisas - você pode ser apenas um ano mais velha, mas você cresceu. — ela colocou as sacolas no chão. — O jantar deve estar pronto em meia hora, se você quiser se refrescar.

— Você disse uniforme? — Miyeon perguntou, sua atenção estava na sala ao seu redor. — Segunda-feira? Vou voltar para a escola na segunda-feira?

— Seus pais não te contaram? — Eunjoo parecia chocado. — Eles me informaram há um mês que, quando você voltasse, iria para a escola na segunda-feira seguinte, em vez de esperar uma semana.

— Entendo, muito obrigada. — Miyeon sorriu, Eunjoo sorriu de volta para ela antes de sair do quarto, fechando a porta suavemente atrás dela. Colocando as sacolas na mão, a garota se sentou na beirada da cama, abraçada a uma das almofadas.

— Eles nem me disseram que queriam me trazer de volta até duas semanas atrás... E agora eles estão me colocando em uma nova escola. — Miyeon suspirou. — Por que eles me trouxeram de volta se não vão estar por perto?

Depois de tirar um momento para si mesma, Miyeon se levantou da cama, fazendo o que Eunjoo sugeriu e se refrescando, trocando de roupa e lavando o rosto, conseguindo desempacotar algumas coisas antes de descer para a refeição.

Ela comeu rapidamente, sentindo-se extremamente cansada de repente. A diferença de fuso horário estava lentamente acelerando para pegá-la, e então, sem pensar duas vezes, Miyeon adormeceu assim que voltou para o andar de cima.

E quando Eunjoo veio ver como ela estava, ficou claro que ela estava exausta. Depois de aconchegá-la nos lençóis, ela a deixou sozinha durante a noite - pelo que ela tinha visto, Miyeon parecia como antigamente, mas houve momentos em que atingiu o pico, como ela estava antes de partir para Nova York.

Parecia ser apenas Eunjoo que temia que voltar para Seoul fosse muito cedo para Miyeon. Voltar para o lugar onde tudo deu tão errado nunca foi bom - mas fazia pouco menos de um ano. E se Eunjoo discordasse de seus chefes sobre como eles lidavam com as coisas, era como eles tratavam sua filha.

Mas tudo o que ela podia fazer era assistir e esperar que Miyeon ficasse bem.