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hannah's point of view.

Lá estava eu, voltando para o Gabriel assim como ele havia dito que eu faria mas não por vontade própria e sim porque ele era um manipulador.

— Seu mentiroso! — Cruzei os braços irritada, ao ver Guevara deitado em sua cama com o celular em mãos.

— Eu não menti, eu estou doente. — Ele deu de ombros.

Gabriel havia feito sua mãe me ligar dizendo que ele estava muito doente e precisava de mim mas bem no fim, era apenas mais um dos joguinhos dele.

— Você não me parece doente.

— Mas eu estou! — Ele se sentou na cama, espirrando em seguida. Com gripe.

— E você acha que eu sou o que? Algum tipo de curandeira?

— Quanto mal humor! — Ele sorriu, o que ele estava tentando fazer?

Gabriel havia deixado claro que sua única intenção comigo, era tirar a minha virgindade. Ele havia feito aquilo então por que ainda insistia? Quando Gabriel iria me deixar em paz?

— O que você quer comigo? —  Cruzei os braços, enquanto ele se ajeitava na cama.

— Quero te mostrar que eu sou muito melhor do que o Hossler.

— Então é só isso? O seu ego ficou ferido pelas coisas que eu disse?

— Não é ego, eu só... — Ele deu uma longa pausa. — Eu só quero que seja bom para você.

O dia estava cada vez mais cinza e eu senti que uma chuva estava por vir, as pequenas gotas da garoa já se acumulavam na janela de vidro do quarto e eu precisava urgentemente ir embora.

— Eu nunca disse que não foi bom.

— Mas disse que não gozou! E disse na frente de todos os caras do time, eles estão fazendo piadas comigo todos os dias! — Ele parecia chateado, como uma verdadeira criança mimada.

— Você tem que se importar menos com o que as pessoas dizem sobre você. — Um raio iluminou o quarto e o trovão em seguida, fez com que eu me assustasse. — Eu preciso ir.

— Você não pode! Eu estou muito doente, esse pode ser o meu último dia de vida!

—  Vai para o inferno, Gabriel. — Segurei a risada, eu não queria demonstrar o meu bom humor.

Antes que ele pudesse dizer algo, a chuva começou a cair do lado de fora. Em questão de segundos, um temporal forte se iniciou.

— Que romântico transar com o barulho da chuva.

— Tem mais alguma garota aqui? Porque eu é que não vou realizar esse seu fetiche estranho. — Suspirei, me sentando em sua cama em seguida. — Eu vou ligar para a minha mãe.

Dei de ombros e então digitei seu número rapidamente. Esperei impaciente enquanto chamava, sentindo Guevara me engolir com seus olhos.

Alô? —Escutei a sua voz, suspirei aliviada.

— Oi mãe! Eu não vou poder voltar para casa agora, está chovendo demais e eu prefiro esperar um pouco.

Oh tudo bem! Onde você está?

— Eu...

— Oi sogrinha! — Gabriel gritou, arregalei os olhos e então o chutei para longe de mim, vendo ele gemer de dor.

Quem está aí com você?

— Ninguém importante! - Encarei Gabriel, sorrindo em seguida. — Não é alguém que você deva conhecer, ele não significa nada para mim.

virgin girl; concluída!Onde histórias criam vida. Descubra agora