•capitulo 1

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•Jimin (18 anos atrás)

Eu sou filho único da família dos Park’s, na minha infância eu era um garotinho doce, carinhoso e gentil. Por vezes fui considerado um “bom menino” de acordo com os moradores da vizinhança, no geral um menino amado por todos. Com exceções, pois minha família não me via assim.
A minha família discordava disso, isso porque quando me citavam, todos de minha família diziam que eu era "estranho e chorão".

Me lembro que todas as tardes quando ambos voltavam do trabalho me encontravam  falando sozinho, por horas, a maioria das vezes discutindo com algo invisível. Nas madrugadas, eu aparecia chorando desesperado, implorando por ajuda. Eu sempre visualizava um monstro com dentes enormes, olhos escarlate, com espinhas evidentes em suas costas e um sorriso perverso. Uma vez eu tomei coragem e o perguntei seu nome, tal qual me disse ser “abaddon”.

SOCORRO! ME AJUDEM! MAMÃE, PAPAI! SOCORRO!  - Meu pequeno corpo frágil tremia enquanto eu gritava quase sem voz.

Jimin! - minha mae vem ao meu encalço usando apenas seu vesitdo de setim lilás -Oque te preocupas meu chimchim? Outro pesadelo?-ela suspira abraçando o filho e afagando seus fios lisos-

O monstro...mamãe ele está cada dia mais perto de minha cama.- ele soluça espiando o canto do quarto.

  Certo, você sabe o nome dele?-ela esfrega as têmporas não levando a sério a história do filho.

Abaddon! -ele sussurra no ouvido da mãe.

-Ambos escutam um barulho como de um clique no final do corredor pouco iluminado pela vez do quarto-

Faça silêncio Jimin, alguém pode ter invadido a casa- ela olha para ele e o coloca debaixo da cama.

Uma sombra flutuante pode ser vista entrando no quarto e parando em frente a cama, Jimin pode visualizar sua mãe ser levantada e então ele fecha os olhos, ao abri-los não encontra sua mãe no quarto.

Então ao firmar as vistas ele tem a imagem aterrorizante de sua mãe tendo os olhos arrancados com brutalidade enquanto ainda estava vida

MAMÃE! - A pequena criança grita horrorizado e tampa a própria boca ao ver a criatura sorrir ao vê-lo.

A criatura de cerca de dois metros solta o corpo da mulher já sem vida e anda sorrateiramente até o pequeno menino encolhido debaixo da cama.

Jimin vacila o olhar entre sua mae e a criatura, ele sai depressa de debaixo da cama e comeca a gritar por ajuda enquanto olha para o quarto pequeno procurando um meio de fugir.

Por favor, me deixa ir...-ele treme colocando as mãos sobre o ouvido.

Tudo se transforma em um Olimpo escuro e Jimin tem a sensação de estar caindo, se perdendo no nada.

[17 de janeiro de 1976, tempos atuais]

Tenho um sobressalto e olho ainda desnorteado olhando para a pequena poça de suor ao meu lado.

Esse maldito pesadelo já virou rotina...-me levando coçando as costas.

Minha barriga ronca e esfrego as mãos sobre ela, me troco casualmente e escuto baterem em minha porta.

Bom dia senhor Park.- uma mulher entra no quarto sem avisar com um sorriso cansado, ela trazia consigo uma bandeja simples de café da manhã- como passou a noite?

Eu dormi como podia e sem formalidades não precisa me chamar de senhor, não sou tão velho. somos colegas, e obrigado pelo café da manhã -pego a bandeja sorrindo mínimo.

Bem eu falei  com a minha chefe ontem, ela falou que hoje as onze e meia você deveria se retirar, pois seu prazo de duas semanas se encerrou. -ela faz bico e lamenta.

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