Partiu Itália ✈️

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Luna: _ Oh mãe ainda vai demorar? Estamos atrasadas sabia? _ grito pra minha mãe que está lá em cima.

Mãe: _ já tô descendo!! Só preciso fechar uma mala, que se recusa a fechar _ grita de volta.

Luna: _ assim a gente vai perder o vôo _ digo para mim mesma.

Pego minha mala pra colocar no carro, pego também o Tom, meu gatinho de estimação, fico acariciando o mesmo enquanto olho para a casa onde morei por 17 anos.

Luna: _ Sabe Tom, vou sentir saudades daqui, passei bons momentos nesta casa com o papai e a mamãe e você é claro _ digo deixando um suspiro escapar, olho para Tom e o mesmo mia de maneira fofa.

Volto minha atenção a casa de novo vendo minha mãe arrastando uma mala que provavelmente tem o dobro do peso dela, a mesma olha pra mim.

Mãe: _ filhinha querida do meu coração, ajuda a mamãe aqui, por favor _ pede e eu apenas concordo com a cabeça colocando o Tom na caixa de transporte dele indo ajudar minha mãe.

Luna: _ o que tem nessa mala? Chumbo pra está tão pesada? _ pergunto fazendo o maior esforço do mundo pra arrastar a mala.

Mãe: _ bom algumas coisas que eu não poderia deixar pra trás, mas não achei que iria pesar tanto na hora de carregar _ diz.

Depois de muito esforço conseguimos colocar a mala dentro do porta malas do carro, assim que colocamos paro mais uma vez em frente nossa casa e fico encarando.

Mãe: _ eu também vou sentir saudades daqui, passamos boas lembranças juntas aqui _ diz parando do meu lado com suas mãos na cintura, sinto a mesma me encarar.

Luna: _ será que lá às coisas irão melhorar _ pergunto encarando a mesma.

Mãe: _ se Deus quiser filha as coisas vão melhorar, e nós vamos ficar bem, eu prometo _ diz me abraçando bem apertado, eu faço o mesmo, ficamos ali por alguns segundos até nos separamos.

Mãe: _ bom, agora vamos que estamos bem atrasadas, e não podemos perder aquele vôo _ diz entrando no carro e eu á acompanho.

Luna: _ eu avisei que a gente tava atrasadas_.

Mãe: _ eu sei, mas aperta o cinto que a mamãe aqui vai pegar um atalho _ diz dando uma piscada pra mim, amo quando ela faz isso, ela vira uma motorista de fuga, bem vibe velozes e furiosos.

Não demorou muito para que chegarmos no aeroporto, assim que descemos do carro foi o maior sacrifício pra tirar a mala da minha mãe mais conseguimos, e olha ainda deu tempo de comprar um lanche antes de entrar no avião.

Já no avião, olho para a janelinha olhando pela última vez para a cidade onde morei até agora, é agora realmente é um adeus, nunca pensei que sairia de São Paulo, mas o destino nós trás surpresas.

Assim que o avião levantar vôo, seguro firme a mão de minha mãe, afinal estou nervosa, e é minha primeira vez viajando de avião, não tem como eu não ficar nervosa.

Mãe: _ não se preocupe, é super seguro, vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você _ diz sorrindo pra mim, e aquilo me acalma.

Quebra de tempo

Estava dormindo um soninho bom até que ouço a voz de minha mãe me chamando.

Mãe: _ Luna!, Luna acorda! _ diz me chacoalhando.

Luna: _ hum oque foi? Deixa eu dormir mais um pouquinho _ .

Mãe: _ acorda Luna! Nós já chegamos_ diz apontando para janela.

Luna: _ mais já! Por quanto tempo eu dormir? _ pergunto espantada, eu dormi tanto assim pra já termos chegado.

Mãe: _ bom você dormiu praticamente a viagem inteira, então umas 11 horas _ diz eu fico chocada, nossa eu realmente tava cansada.

Olho para a janelinha vendo a luzes da cidade de Florença.

Assim que saímos do aeroporto pegamos um táxi, indo para a casa dos meus avós, sim tenho avós que moram na Itália,na verdade a família toda da minha mãe é italiana, as vezes no natal meus avós iam para o Brasil nós visitar, eles sempre traziam vários presentes.

Faz 2 anos que não os vejo, estou com muita saudades deles, fico observando a cidade pela janela do táxi admirada com sua beleza, é uma cidade muito bonita, meu avô sempre me mostrava fotos de pontos turísticos daqui.

Não demorou muito para chegarmos na casa dos meus avós

Era enorme, na verdade não imaginei que fosse tão grande, saímos do táxi indo em direção a casa, minha mãe toca a campainha e logo a porta é aberta

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Era enorme, na verdade não imaginei que fosse tão grande, saímos do táxi indo em direção a casa, minha mãe toca a campainha e logo a porta é aberta

Vovó: _ oh meu Deus já chegaram_ diz minha avó nós abraçando bem apertado.

Mãe: _ que saudades mãe _ diz com sua voz chorosa.

Vovó: _ por favor entrem_ diz nós dando espaço para entrar.

Vovô: _ vocês já chegaram, que maravilha _ diz animado vindo em nossa direção também para nós dar um abraço bem apertado, nossa como eu senti falta disso.

Vovó: _ Luna querida como você cresceu, já está uma mocinha_ elogia com um sorriso de orelha a arelha.

Luna: _ obrigada vó, eu tava com muita saudades de vocês _.

Vovô: _ nós também Luna, bom vocês devem estar com fome, querendo tomar um banho_.

Mãe: _ sim, quero muito um banho quente pra relaxar_ diz se jogando no sofá.

Vovó: _ venham vou mostrar o quarto de voces_.

Quebra de tempo

Depois que minha avó mostrou os quartos minha mãe foi tomar banho e eu fui ajudar meus avós com o jantar pois já era noite.

Bom hoje vamos passar a noite na casa dos meus avós e amanhã vamos pra nossa casa, que pelo que meu vô disse não é longe daqui.

Mãe: _ esse cheirinho só pode ser Ravioli, aceitei? _ perguntar.

Vovó: _ sim acertou, e olha esse tá do jeitinho que você gosta _ diz colocando o Ravioli na mesa.

Mãe: _ só pelo cheirinho já dá pra saber que está bom_.

Vovô: _ então filha, quando você começa no novo trabalho? _ pergunta

Mãe: _ semana que vem sem atraso_ .

Vovó: _ mais já! Não é pouco tempo, vocês acabaram de chegar_.

Mãe: _ sim mas o dinheiro da venda da casa não pagou nem a metade das dividas, então quanto mais cedo começar melhor vai ser_.

É verdade as dívidas que a gente tem são altas, e o motivo de nós mudarmos para Itália, foi porque minha mãe precisava de dinheiro urgentemente pra pagar dívidas acumuladas.

Quando meu pai ainda era vivo as coisas não eram tão difíceis, mas depois que ele ficou doente minha mãe teve que larga o trabalho para cuidar dele, ele teve câncer, mas mesmo fazendo tratamento acabou não aguentando.

Minha mãe ainda trabalhou fazendo hora extra e bicos mais nada cobria nem a metade das dividas, então tivemos que vender a casar pra pagar um pouco das dividas.

Meus avós disseram que tinha uma casa pra eu e minha mãe morar, e minha mãe tinha conseguido uma vaga de trabalho em uma empresa como secretaria, então por isso viemos para Itália.

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