Jenna Ortega

1.1K 86 6
                                    

S/n point of view

Lá estava eu novamente em cima de uma árvore, enquanto degustava uma maçã observando o mar de longe, como eu sempre faço todas as tardes. Essa é parte da vida de uma garota que mora numa cabana em uma praia abandonada.

Sou S/n Clarcke e tenho 18 anos. Moro a anos aqui com meu pai, seu nome é Osmar. Eu o considero o melhor pai do mundo, ele me entende perfeitamente e me aceitou da melhor forma possível quando me assumi lésbica.

Quando eu me assumi tinha apenas 14 anos de idade, minha mãe me rejeitou e me humilhou de todas as formas possíveis nesse dia, e meu pai estava lá para me proteger dela. Saímos de casa juntos, e começamos a morar aqui, nesse lugar perfeito e tranquilo.

E até hoje vivemos aqui, meu pai não trabalha, eu muito menos. Mas nós temos tudo o que precisamos aqui. Temos casa, cama, comida, paz e o melhor, a companhia um do outro. O que mas eu iria querer?

Continuei comendo minha maçã, até perceber a presença de alguém estranho. Observei de longe uma garota se aproximando, ela parecia meio cabisbaixa. Me encolhi em cima da árvore, e continuei olhando para a garota. Estranho, ninguém nunca apareceu por aqui antes...

A garota levantou a cabeça, e pude observar bem seu rosto. Ela era a pessoa mais linda que eu já vi na minha vida.
Ela tinha os olhos castanhos, os mais lindos que eu já vi. Seus traços eram perfeitos, seu cabelo castanho ondulado .

A morena se aproximou da árvore, e sentou-se ao lado da mesma sem se importar em se sujar com a areia. Ela tirou uma carteira de cigarro de dentro do bolso de seu short jeans, junto de um esqueiro de coloração azul escuro. Assim que acendeu a bituca colocou-a na boca tragando logo em seguida, deixando entre seus dedos.

- Sabia que fumar faz muito mal para seus pulmões -perguntei fazendo a garota se assustar, olhando em volta.- Eu tô aqui em cima. -ela levantou o rosto, me olhando.-

Pulei de cima da árvore, caindo de pé na areia. Joguei o resto da maçã longe, fazendo-a cair dentro de um balde velho. Olhei novamente para a garota, que já estava de pé me olhando atentamente.

- Quem é você? -perguntou a garota com sua voz rouca. Olhei para o lado encontrando o Benny, meu cachorro. O dog veio até mim, ficando ao meu lado.-

- O certo seria eu perguntar quem é você. -retruquei com o sorriso ladino de sempre no rosto.- Você quem apareceu aqui, na minha casa. Infectando o ar, com esse troço aqui. -apontei para o cigarro em sua mão.-

- Você mora aqui? Na praia? -perguntou ainda olhando de forma assustada para a minha pessoa.-

- Exatamente alí. -apontei para a cabana onde eu geralmente durmo.- Agora... você poderia responder a minha pergunta?

- Meu nome é Jenna... Ortega. -disse gentilmente.- E o seu?

- S/n... Clarcke. -estendi minha mão, em direção a garota. Segundos depois, ela apertou minha mão com a sua.- Prazer.

- Prazer é todo meu. -sorriu, e se encostou sobre a madeira da árvore. Levou o cigarro até sua boca, tragando-o em seguida.-

- Você está bem? -me aproximei da garota.- Parece triste. E vamos concordar, não é muito normal uma garota tão bonita como você estar estragando seu próprio corpo por dentro, não é?

- Primeiramente, obrigada pelo elogio. -disse com um sorriso tímido no rosto.- E, bom... acho que é meio estranho me abrir para uma pessoa que acabei de conhecer, mas... eu acabei de descobrir que a pessoa que eu namorava, estava me traindo. -disse abaixando levemente a cabeça.-

- Ah... tenho certeza de que essa pessoa é muito idiota. -falei olhando para a garota, que estava olhando para o mar.-

- Por que? -me olhou novamente.-

- Para trair uma pessoa como você, só sendo muito idiota mesmo. -falei e percebi um sorriso tímido se formar nos lábios da bela garota ao meu lado.- Bom, eu nunca tive qualquer tipo de relacionamento com alguém, então não tenho nenhum concelho para te dar. -suspirei.- Mas eu tenho total certeza de que essa pessoa não merece nem um pouco da sua tristeza. Então, você não deveria ficar triste por isso, talvez seja um livramento. Essa não pessoa não pode ser exatamente que você realmente merece.

- Posso te dar um abraço? -perguntou ao apagar a bituca do cigarro na areia. Assenti levemente, e senti a garota envolver seus braços em volta de meu pescoço.-

Passei levemente um de meus braços em volta da cintura da garota. Ficamos nessa posição por alguns minutos, até a garota se recompor e separar-se de mim.
Depois de um tempo, nós duas nos encontrávamos deitadas sobre a areia olhando para o céu estrelado.

- E como se chamava sua... ex namorada? -perguntei olhando para as estrelas.-

- Mikey Madison. -disse virando o rosto para poder me olhar, sem perceber eu fiz o mesmo que a garota. Nossos rostos estavam muito próximo um do outro, conseguia sentir a respiração da mais velha contra meu rosto.- É... por que você mora aqui?

- A história é longa. Mas resumindo tudo, minha mãe me expulsou de casa e eu vim com meu pai pra cá. -desci meu olhar para sua boca.- Acho que está tarde, você não deveria voltar pra casa?

- Acho que não tenho mais casa. -sentou-se.- Eu morava com a Mikey, e como nós terminamos concerteza ela não vai me querer lá. Já que a casa é totalmente dela. E daqui até a cidade, iria demorar demais.

- Você pode ficar aqui se quiser. -apontei para a cabana.- Não é o melhor lugar, tipo um hotel que você deve estar acostumada, mas...

- Se você e seu pai não verem problema. Por mim tudo bem. -falou com um sorriso tímido no rosto.-

- Fica aqui, tá? Eu já volto. -me levantei, e fui correndo até a cabana, onde normalmente o meu pai iria estar.- Pai. Papai? Pai? Ele não tá aqui...

...

- Diga, pequena. -disse aparecendo dentro da cabana, ele segurava algumas frutas-

O local era apenas, alguns bambus tampado por folhas de coqueiros grandes. No canto avia uma cama improvisada que aviamos feito, onde meu pai dormia. Do lado de fora, avia uma barraca onde eu dormia. Meu pai disse que era melhor eu dormir lá, do que ficar com ele aqui.

Contei tudo que avia acontecido para o meu pai, e ele entendeu tudo. E concordou em a Jenna dormir por aqui hoje. Voltei para perto da árvore, onde encontrei a Ortega.

- Você pode ficar, só não acho que você vai se sentir muito confortável naquele lugar pequeno, apertado e sem graça...

- Não fala assim da sua própria casa, pelo menos você tem onde morar. Já eu. -riu sem graça.-

Horas depois, nós duas estavamos dentro da minha barraca. Já aviamos comido o jantar que meu pai avia preparado, e agora estávamos jogando conversa fora até o sono chegar e podermos dormir.

- Seria muito doido sentir vontade de te beijar agora? -perguntou colocando a mão na lateral do meu rosto. Nós estávamos muito próximas uma da outra, conseguia sentir sua respiração contra meu rosto, estávamos igual lá fora, a diferença é que nós estamos sentadas.-

- Acho que sim. -sorriu de lado e juntou nossos lábios em um simples selinho. O pequeno beijo logo se tornou em um longo beijo de língua.-

Coloquei minhas mãos em sua cintura, puxando a garota para sentar em meu colo. A mais velha passou os braços em volta de meu pescoço, deitei a garota levemente sobre os cobertores ficando por cima dela.

- Vamos dormir? -perguntou com a mão em meu pescoço e rosto. Sorri de lado, assentindo de leve e me deitei ao seu lado.-

Depois desse dia minha vida nunca mais foi a mesma. Ela mudou, e mudou pra melhor.

____________________________________________

Imagines girls Onde histórias criam vida. Descubra agora