O escolhido- BTS X Jungkook

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Estava muito frio lá fora. Parecia que os Gamemakers tinham se cansado e desligado o sol, porque a única maneira de Jungkook saber que era dia era porque os pássaros começaram a cantar e as luzes da arena eram muito fracas. Os espectadores ficaram entediados. O tédio nunca foi um bom sinal na arena. Jungkook fez questão de adicionar mais lenha ao fogo antes de sair e pendurou a camisa e a jaqueta de Taehyung sobre ele com muito cuidado para não o perturbar.

Ele chegou à Cornucópia e se escondeu, observando. As Carreiras estavam acordadas, apesar do quão cedo deve ser. Eles provavelmente não tinham dormido. Havia lixo por toda parte, prova de como eles estavam comendo bem, pelo menos, e isso deixou um gosto enjoativo na boca de Jungkook, sabendo que mesmo aqui eles nunca precisam passar fome. Ele não achava que Marvel ou Clove já passaram fome um dia em suas vidas.

Jungkook decidiu se acomodar no mato e esperar até ter certeza de que todos haviam ido embora, então ele ficou confortável com seu arco no colo apenas por precaução, escondido.Havia um monte desses pequenos círculos ao redor da Cornucópia onde a grama havia sido remexida e o solo arrancado; eles tinham enterrado alguma coisa. O padrão era um meio círculo. Uma barreira protetora para a abertura do abrigo. Jungkook achou covarde, verdadeiramente, as Carreiras escondidas em um abrigo feito pelo homem. Eles têm comida. Eles trataram isso como uma coisa cotidiana. Apenas uma tarefa.

Ele esperou amargamente.

Assim que começou a clarear lá fora, houve uma agitação na planície. O terreno à direita da Cornucópia começou a se abrir, deslocando toda a área para o campo aberto. Uma mesa redonda com um pano branco como a neve ergueu-se na arena. Sobre a mesa estavam quatro mochilas, três pretas maiores com os números 1, 2 e 11, uma verde de tamanho médio com o número 12 e uma minúscula laranja - mais ou menos do tamanho de seu pulso - rotulada como 12.

Jungkook não deixa de notar como não havia dois marcados para o Distrito Dois. Apenas um. Deve ser de Clove, o que o fez engolir em seco porque ele sabia que significava uma das duas coisas... Ou eles não esperavam que Taehyung durasse a noite, ou ele sabia que Jungkook iria querer isso desesperadamente o suficiente para sair. Jungkook sabia que o pequenino tinha que ser dele. O remédio de Taehyung. Não havia mais nada que ele quisesse ou precisasse. Ele poderia viver de plantas pelo tempo que levasse, desde que conseguisse aquele remédio. Os telespectadores já devem saber disso.

A mesa tinha acabado de se encaixar quando uma figura disparou para fora da linha das árvores, agarrou a mochila verde e saiu correndo. Kat. Jungkook quase gritou um aviso para ela, porque Clove percebeu e imediatamente ambas as Carreiras estavam atrás dela. Ele não fez isso. Percebeu, ao observar a perseguição, que se não fosse buscar sua bolsa agora não teria outra chance ou alguém poderia roubá-la.

Ele não podia arriscar. Taehyung precisava disso.

Jungkook sentiu seu coração pular na garganta enquanto se dirigia para a mesa, lentamente a princípio, cauteloso. Nem de longe cauteloso o suficiente, porque na linha das árvores diretamente do outro lado, Clove saiu. Porra. Claro que as Carreiras não deixariam a área desprotegida. Ela provavelmente enviou Marvel para a perseguição e estava esperando, assim como ele. Eles se encararam por um longo minuto. Os lábios de Clove se ergueram em um sorriso sinistro e Jungkook levantou seu arco.

A primeira faca que Clove jogou veio zunindo no lado direito de Jungkook e ele foi capaz de desviá-la com o arco. Em um segundo, Jungkook estava puxando a corda do arco e enviando uma flecha direto para o coração de Clove. Ela se virou apenas o suficiente para evitar um golpe fatal, mas a ponta perfurou seu braço esquerdo. Infelizmente, Clove arremessa com a direita, mas é o suficiente para retardá-la por alguns instantes, tendo que puxar a flecha de seu braço, percebendo a gravidade do ferimento. Jungkook continuou se movendo naquele tempo, posicionando a próxima flecha. Ele estava à mesa, os dedos fechados sobre a pequena mochila laranja.