A escolha

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A escolha

O resto do dia passou lento, na faculdade mal prestei atenção na aula e a noite o sono foi péssimo.
No dia seguinte era 7h30 em ponto e eu estava a postos no minha bancada do trabalho. O dia passou devagar, mas segui focando no trabalho. Até que já quase no final do expediente eu vejo pela primeira vez meu chefe se aproximando. Não podia negar, seu corpo alto e cabelos negros, fazendo contraste com sua pele bem clara o tornavam imponente. Então ele vem até perto da minha mesa. Eu penso que ali é o fim do meu estágio.
- Para minha sala em 10 minutos - Sua voz é suave e rouca, ele me diz secamente, sequer olha para mim e então o vejo se afastar.  Termino meus relatórios e salvo meus arquivos, então sigo para o escritório do meu chefe.
*toc toc* eu bato suavemente na porta antes de abrir suavemente e sem ainda entrar eu observo a sala dele, é muito grande e espaçosa. Há uma grande mesa no centro onde fica o notebook dele e no outro canto da sala há um sofá bem grande. A vista frontal é inteira de vidro, dando uma boa visão da cidade.
- Com licença- eu digo buscando o olhar de meu chefe e apenas entro quando ele me faz um gesto com a mão
- feche a porta, por favor - finalmente ele olha meu rosto e eu obedeço. Então me aproximo e ele faz um gesto para que eu me sente na cadeira a frente de sua mesa e assim eu faço.
- Pan, certo? - ele me pergunta olhando o computador, provavelmente vendo novamente o relatório que Lucy o enviou - Sabe, Pan, eu tive ótimos relatórios vindos de sua contratação, realmente estava tudo indo tão bem que pensava em te efetivar. Mas o erro que você cometeu pode por em risco boa parte dos lucros e isso é imperdoável. Como conseguiu apagar os dados da nuvem de forma a não conseguirmos recuperar? O que você fez foi uma proeza e tanto, quase penso que devo te parabenizar - a  este ponto a voz dele soa irônica e eu aperto minhas mãos. É estranho essa situação, nunca passei por nada assim. Eu sou incapaz de o encarar, já não sei mais se ele está olhando o notebook ou se olha pra mim.
- É uma pena. Mas você está demitida. Pode passar no RH que as meninas dão a baixa necessária.
Finalmente eu o encaro, com muita vergonha do que vou fazer, mas preciso desse estágio para poder me formar futuramente- Senhor, por favor, não me demita. Eu preciso desse estágio, eu posso fazer qualquer coisa. Mas por favor, eu preciso continuar aqui.- estava com vergonha de estar implorando por uma vaga de emprego, era acostumada a ter tufo de mãos beijadas.
- Talvez haja outra opção. Mas algo me diz que você não vai desejar.
- Eu aceito qualquer coisa desde que eu permaneça na minha vaga.
- Bom, você pode ser punida por seu erro. Mas para isso, esteja ciente que cada vez que errar você será punida. - Ele me diz sério e me encara nos olhos. Eu estou confusa sobre o que ele quer dizer com isso
- Como assim, punida? - minha sobrancelha se encontra franzida e eu sinto meu coração acelerar, algo me diz que isso não será bom.
- Ora, você receberá umas boas palmadas por seu erro. - ele continua sério e calmo. Como ele consegue falar isso com tanta naturalidade? Isso não é real, não pode ser. Quando dou conta por mim, estou rindo de nervoso e então vejo a feição dele cerrar
- Acha graça? Bom, garota. As cartas estão na mesa. Ou você pega a sua folha de demissão e segue para o RH ou tira sua calça e calcinha e se curve sobre a mesa. A escolha é sua.


É isso gente. Me perdoem qualquer erro, este é meu primeiro conto. Aceito sugestões.

O que acham que seria melhor Pan escolher?

The BossOnde histórias criam vida. Descubra agora