Julho/2023
A primeira impressão foi sincera;
amei, amamos!
Daí em diante,
tudo parecia estar dentro de um sonho,
ainda que não tivéssemos olhos suficientes,
nada nos escapava,
cada detalhe era, absolutamente, deliciante.
Enquanto à tarde caía,
subiam nossos sentidos,
em meio à natureza exposta,
o quente, o frio, o líquido, o sólido
já não havia mais elemento combinatório,
tudo era de todos
e, ao mesmo tempo, só nosso.
Incrível encarar aquele lugar de amar,
não poderia ser de Van Gogh
porque o que se via, lhe faltaria como inspiração,
só se poderia ver, olhando,
não haveria outra razão.
O lago, também,
não era de Monet,
mas para quem o via pela primeira vez,
poderia ser.
Sua tranquilidade superava à noite
que nos esperava
e prometia tudo aquilo que, quentinhos e dentro,
deveríamos ter.
Cada uma das coisas presentes, juntas e separadas,
parecia estar dentro de uma mesma pintura,
como se viessem de um pintor de cabanas,
e para quem se ama,
cabe nela, com certeza,
e juntas formam novos formatos, texturas,
uma (re)pintura.
Desenhada à noite,
ouvindo gritos do fogo que queimava,
passamos aos doces e ardentes paladares,
às salivas que a todos bebem, consomem.
Não bastasse o que ficou da noite quente e ao mesmo tempo fria,
por conseguinte, e ao que se pôde perceber,
as tantas outras delícias preparadas para o "bom dia"!
A julgar pelo exposto até agora,
não seria feio dizer
que não queríamos mais ir embora.
Já se cogitava em repetir,
pois não seria possível
querer apenas uma única vez,
o que decerto foi inesquecível,
(um exato elixir).
Enfim, por enquanto,
de tudo que experimentamos
nesses dias de amor e prazer,
fica o que não pode ser visto por todos,
fica aquilo que faz existir o ser.
...
Ahh, delicioso lugar para se morrer...
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O Guardador de Amor
PoetryEu sou grande, intenso, sou Alexandre. Eu sou sério, mistério, sou relutante. Eu sou quem ama, sou eu amante. Eu sou eu, sou eu e seu. Eu sou quem sou, sou seu amor.