Capítulo único

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Eu havia matado Lux.

Havia matado minha noiva.

Eu abraçava a loira como se ela estivesse viva.

Dançava com seu corpo nessa noite fria.

Eu estava com meus braços magros ensanguentados ao redor de seu pescoço, tentava colocar suas mãos em minha cintura mas elas sempre caíam, e a loira estava quase caindo para trás.

— Segure na minha cintura, solzinho! Levante!

Nós escutávamos o disco "Elis & Tom”, o disco favorito de Lux, a loira olhava para mim com um olhar sem sentimento, sem emoção.

Olho para a janela de nosso quarto, na nossa casa em Piltover, e vejo que a lua vinha para nos assistir.

Nós dançávamos sem parar, sem se preocupar.

A lua, sempre tão brilhosa refletia a nebulosidade no olhar de Lux, que estavam fixos em meus olhos, eu não parava de admirar, impressionante como mesmo estando morta sua beleza continua aqui, no mesmo lugar...

Um tempo depois, todo mundo estava procurando a minha menina, a minha casa estava rodeada de polícia.

Não demorou para conseguirem entrar e ver o corpo morto de Lux, me levaram para a delegacia, onde fui presa, depois de um mês meu julgamento aconteceu.

— Jinx. — A namorada de Vi, xerife Kiramman, estava me fazendo perguntas. — A senhorita assume a culpa pela morte de sua noiva, a senhorita Luxanna Crownguard?

— Sim.

— Poderia falar os motivos?

— A minha menina é um anjo, só fiz questão de devolver para o céu. Para tentar livrar desse mundo sujo, imundo. Para tentar livrar desse mundo tão cruel.

— Você é o ser humano mais horrível do mundo! Por que fez isso? — Garen, o irmão de Lux pergunta e eu fixo meu olhar nele, os olhos cheios de lágrimas do maior não me assustavam, mas me davam pena.

— Eu já disse, a minha menina é um anjo, só fiz questão de devolver para o céu. Para tentar livrar desse mundo sujo, imundo. Para tentar livrar desse mundo tão cruel.

— Eu sabia que você não era uma boa influência sua pirralha! — A tia de Lux, Tianna, grita, me fazendo dar de ombros e olhar para Vi, que chorava desesperadamente.

— Eu declaro que Jinx está condenada a prisão perpétua, pelos crimes de assassinato, destruição de dirigíveis, perturbação da ordem, pichação e vandalismo, desacato à xerife de Piltover, assassinato de novo, porte de armas exageradas demais, destruição de edifícios, furtos, indução de histeria em massa, travessia por fora da faixa, mais assassinatos e falsificação de cartazes de procurada. Alguma coisa a dizer Jinx?

— Não.

— Ótimo, podem levá-la. — A xerife diz e dois seguranças me levam até uma cela no último andar no conselho, tinha apenas um colchão, lugar fedido e feio.

— Ei solzinho, espero que, quando eu morrer, você me busque.

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                       Notas finais

Primeira one shot por aqui, espero que vocês gostem, pretendo fazer mais! Obrigado por ler.

Com amor, Anna.

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