Livro registrado na BN.
Obs: ainda sem sinopse oficial.
Obs: quem leu DRIBLANDO O DESTINO (história do irmão da Raika e da melhor amiga dela) sabe que a bichinha não teve um final feliz. E ela merece um livro.
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Dezembro de 2025
Eu nunca pensei que poderia ficar tão machucada após um término que começou com uma ligação no intuito de tentar me entender com Beni, e terminou com a gente explodindo e ele terminando de forma tão fria que... me senti um nada.
Demorei para abrir o meu coração e quando abro levo tanto chifre que automaticamente flexiono os joelhos para conseguir passar pelas portas. Uma parte minha também lamenta por saber que não poderei mais conviver com a irmãzinha dele, por quem criei um carinho muito forte.
Deixei-me ser guiada pelo amor e admiração pelo garoto que saiu da favela e não seguiu o caminho que muitos esperavam ou julgavam que seguiria por puro preconceito. Beni saiu do nada e serviu de inspiração para muitos garotos que tem o mesmo sonho de se tornar um grande jogador de futebol.
Quando ficamos pela primeira vez tentei me enganar, fingir que a pegada do moreno tatuado não causou nada demais. Meu coração já estava batendo de uma forma diferente. Quando tomei a iniciativa de ir atrás dele, seguindo o conselho da minha melhor amiga e cunhada de que deveria tomar atitude e parar de receios, e o filho de chocadeira me fez de idiota, começando um jogo perigoso.
Tentei, juro que tentei driblar os sentimentos, até que finalmente decidi me entregar.
Ao receber a proposta de ser comprado pelo Paris Saint-Germain vibrou de alegria sabendo que seu salário iria chegar na casa dos milhões. Fiquei feliz, claro. Quando me contou que já havia aceitado sem antes ter conversado comigo, afinal éramos um casal, ignorei a luz de alerta sobre a atitude.
O namoro a distância estava indo bem nos primeiros dois meses. Por mais que ambos estivéssemos cansados da rotina puxada, sempre nos falávamos pelo FaceTime. Sofia estava tendo dificuldade de se adaptar na importante cidade europeia. Dei a ideia de Beni contratar um professor particular de francês, pois ao contrário de outros países, o uso do inglês não é muito comum.
Ele estava recebendo ajuda dos colegas de time brasileiros.
Nas folgas que tinha pegava o jatinho da minha família para ir vê-lo, aproveitar alguns dias e as vezes passava somente vinte e quatro horas ao lado dele e da Sofia. Quando podia vinha para São Paulo.
Doeu no fundo da alma ao notar que eu estava fazendo de tudo só para passar algumas horas com eles, e nas folgas que tinha estava saindo com amigos para festas. As ligações passaram a ficar mais curtas, as chamadas de vídeos raras, e as mensagens eram respondidas horas depois do envio.
Não ficava enchendo-o de mensagens e ligações. Eu, melhor do que ninguém, sei como é a rotina de um atleta profissional. Também sou jogadora de futebol. Nunca quis estar na mídia por conta de namoro, muito menos polêmicas. E quando começou a circular vídeos dele próximo demais de belas mulheres em boates e festas privadas, não demorou para contas fakes enviarem provas de traições no meu direct.
