Jeon Jungkook dirigia com velocidade um tanto arriscada pelas ruas de Paris, havia acabado de encerrar uma ligação com seu futuro sogro, Park Seohun, onde o mais velho dizia que o filho estava com saudades do Alfa, e vivia andando tristonho pela grande casa. Para entendermos melhor a situação, vamos recapitular um pouco.
Park Jimin era o ômega de Jeon Jungkook, bom, não oficialmente, já que nunca houve um pedido de namoro, isto é, ainda não havia um pedido. Sendo amigos desde cedo, descobriram uma paixão um pelo outro, desde aí, nunca mais se separaram.
Sempre os viam como casal, abraçados para cá, beijos para lá, só faltava um pedido.
O alfa acabou tendo uma viagem de última hora, teve que viajar as pressas para França, não dando nem mesmo tempo de avisar ou se despedir da sua princesa, apelido esse que o alfa chamava Jimin.
Contudo, tentou entrar em contato com o ômega, mas, foi ignorado, já fazia quase uma semana que estava em outro país, já que surgiu diversos problemas relacionado com sua empresa filial, consequentemente tendo que resolver tudo pessoalmente.
Deixando diversos recados que sempre caia na caixa postal, esse era um dos muitos momentos que o alfa tentou se comunicar com o ômega, mas, assim como das outras vezes, nada.
— "Olá, aqui é o Jimin, não posso atender no momento, após o sinal, deixe seu recado."
— Princesse, reviens s'il te plaît, tu me manques, j'espère revenir bientôt. — O alfa suspirou enquanto escutava "bip's", estava sentindo tanta falta do seu loirinho, de sentir o cheiro dele, o corpo pequeno, a maneira manhosa como falava quando pedia carinho, céus. - Princesa, retorne por favor, estou sentindo sua falta, espero voltar em breve.
Suspirou cansado deixando o celular de lado, estava indo em direção a sua empresa, esperava que conseguisse resolver todos os problemas hoje, assim poderia pegar o primeiro vôo para ver o seu ômega.
12:54.
O Jeon apoiou sua cabeça na mesa.
Nenhum retorno, e nenhuma ligação.
Estava tão difícil ficar longe do loirinho, estava se segurando para não soltar um foda-se e ir embora dali, direito para o aeroporto.
Escutou duas batidas na porta e murmurrou um "entre". Uma ômega de cabelos castanhos entrou pela sala, exalando todo o espaço com seus feromônios, deixando o alfa zonzo.
— Senhor Jeon, eu trouxe essas papeladas para você assinar. — A que descobriu ser ômega, dizia em um tom considerado tímido.
— Tudo bem, deixe em cima da minha mesa, irei reler e depois assinar. — Não queria prosseguir o diálogo, estava com a cabeça cheia.
A ômega fez menção de sair da sala, parando rente a porta e se virou.
— Se precisar de algo, Senhor. — Prosseguiu com um sorrisinho no rosto, retirando a pose de falsa inocência. — Pode me chamar, estou aqui para o que quiser. — Finalizou com um tom de voz manhoso, aquilo enjoou o alfa.
— Eu vou fingir que não entendi o que quis dizer, ômega, saia da minha sala e vá fazer o trabalho que foi contratada para fazer, que pelo que me lembro não foi de se oferecer por aí. Eu tenho um ômega, e não tenho olhos para ninguém que não seja ele, vá buscar um que a quer, se valorize. — Respondeu sincero, tentando não passar dos limites.