Cartas para qCellbit -Guapoduo.

Capítulo único:

De q!Roier para q!Cellbit.
São Paulo, 1 de junho de 2028.

  Q! Cellbit,

Essa deve ser a milésima carta que eu escrevo para suprimir a enorme solidão que corrói meu peito desde que recebi a sua.
  Ainda hoje me lembrei de você porque ouvi perguntarem na rua se Quesadilla era realmente real.
A ilha existiu mesmo?
Aqui de São Paulo não posso te contar nada além do que você calcula.
Tenho sentido muita falta de suas cartas, as quais deixei em meu castelo, na ilha, para relê-las quando batia aquela saudade.
Tenho sentido muitas dores de cabeça.
Tenho tido muitos pesadelos.
Tenho tido muito pouco dinheiro.
Tenho tido muitas oportunidades de te defender daqueles merdas que comemoram a sua morte.
Tenho sido uma decepção para os meus psicólogos e terapeutas.
Tenho sofrido de cansaço, saudade, calma.
Tenho bebido muito, muito, muito.
Tenho lido sua última carta.
Tenho tido muita vontade de voltar para aquele tempo na ilha quando estávamos juntos.
Tenho xingado muito o Cucurucho.
Tenho tido muito medo de te esquecer.
Tenho tido muita pena do q!Vegetta por ter escolhido cuidar de mim.
Tenho tido uma vontade enorme de voltar a brincar.
Q!Cellbit, eu estou perdido no meio de tantos particípios passados.
Eu estou com vontade de sair, mas meu ânimo acabou.
Tô’ com vontade de te namorar de tarde, naquele campo de flores,
E só de pensar que você nunca vai ler essas cartas, que mesmo depois de tanto tempo eu ainda escrevo,me dá nem vontade de escrever mais.
Mas eu escrevo.
Sinto sua falta.
Queria muito saber o que você faria fora dessa ilha. Escreveria seu próprio livro?
O que você faria às três da tarde? Eu queria saber sobre tudo, tudo.
Se você me desse ao menos um sinal de que ainda está vivo, eu voltaria para Quesadilla imediatamente.

Com amor, Q!Roier.