Festival da lua sangrenta

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A lua cheia erguia-se majestosamente no céu noturno, sua tonalidade avermelhada lembrando o frescor do sangue. A luz refletida por ela banhava o mundo em um matiz rubro, anunciando o início do tão aguardado Festival da Lua Sangrenta. Este festival, ocorrendo a cada 10 anos, marcava uma ocasião única em que a luz carmesim adornava os céus. Nessa noite especial, os humanos se trancavam em suas casas, acolhendo o medo em seus corações, mesmo que o festival não estivesse diretamente ligado a eles. Era uma festividade reservada aos seres amaldiçoados, aqueles que se transformavam em lobos ou estavam condenados a se alimentar de sangue: os lobisomens e vampiros. Durante esse evento, eles se reuniam para celebrar sua natureza sobrenatural, em uma trégua momentânea entre suas rivalidades ancestrais.

Naquele ano em particular, o Festival da Lua Sangrenta seria realizado na imponente Mansão Malfoy. Localizada nas profundezas das florestas da Escócia, a mansão servia como a majestosa sede do renomado clã de vampiros. Situada em um cenário de tirar o fôlego, rodeada por densas árvores e um ar misterioso, a mansão se destacava com sua arquitetura gótica e atmosfera enigmática. Seus corredores sombrios e salões imponentes criavam uma aura de grandiosidade e mistério, enquanto os jardins luxuriantes e sombreados abrigavam segredos ocultos. Era um local que evocava uma sensação de fascínio e medo, com sua presença imponente emanando uma energia sobrenatural que complementava perfeitamente a atmosfera do festival. A Mansão Malfoy se erguia como o coração pulsante do evento, envolvendo todos os presentes em seu enigma ancestral.

Draco Malfoy estava apoiado em uma das varandas imponentes da mansão vapiresca do clã dos Malfoy. Sua figura esguia e elegante estava envolta em uma aura sombria, destacando-se na escuridão da noite. Seus cabelos loiros, tão característicos, caíam perfeitamente emoldurando seu rosto pálido e angular.

Vestido com um traje impecável, Draco usava um elegante terno negro sob medida, que realçava sua aparência vampiresca. A camisa branca de seda acentuava a palidez de sua pele, criando um contraste marcante. Seus olhos acinzentados brilhavam com uma intensidade quase hipnotizante, refletindo sua natureza vampírica.

A varanda, adornada com detalhes góticos e toques de luxo, proporcionava uma visão panorâmica do cenário sombrio e majestoso da mansão. Ao longe, podia-se avistar os convidados chegando de todas as regiões da Europa: clãs de vampiros e alcateias de lobisomens, todos reunidos em uma festa noturna grandiosa.

Enquanto observava atentamente, os olhos de Draco buscavam por uma pessoa em particular, alguém que parecia ocupar seus pensamentos e despertar uma inquietação em seu coração. Seu olhar era penetrante, como se buscasse uma conexão profunda além das aparências.

– Ele ainda não chegou, caso queira saber. – Sua mãe, Narcisa Malfoy, o surpreendeu com sua fala. Sorrateiramente, ela havia entrado na varanda sem que Draco a percebesse.

– De quem você está falando? – fingiu desinteresse o jovem vampiro.

Ela o mirou com diversão enquanto bebericava um cálice contendo um líquido vermelho intenso.

– Ora, querido, de quem mais? Do jovem lobisomem chamado Harry Potter.

– E quem disse que estou procurando por aquela fera encardida? – resmungou Draco, cruzando os braços diante do peito.

Narcisa soltou uma risada suave, seus lábios vermelhos curvando-se em um sorriso astuto. Seus olhos azuis cristalinos brilhavam com uma intensidade quase predatória.

– Fera encardida? Uma estranha forma de se referir a um lobisomem que está em seu auge físico e sobrenatural. E as palavras utilizadas para descrever esse lobisomem em particular não lhe fazem justiça, meu querido Draco. Harry é incrivelmente atraente, com músculos bem definidos que ressaltam sua virilidade, olhos verdes penetrantes que capturam a alma de qualquer um e cabelos rebeldes que convidam a tocá-los.

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