Por Que Dói Tanto?

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Law saiu as pressas da casa de Zoro. Katakuri não parava de o ligar, fazendo com que um sorriso se abrisse em seu rosto.

Kuri estava preocupado com ele, provavelmente um pouco bravo, mas quem era Law para julgar visto que ele saiu de casa tarde, sem falar para o namorado aonde ia e nem com quem. Era normal que Katakuri ficasse chateado e preocupado... Né?

Law parou hesitante em frente ao seu carro. Ele havia bebido, não poderia dirigir. Mas Katakuri estava com pressa, Law não queria conversar com o namorado pelo telefone, achava que seria melhor pessoalmente. O tatuado então abriu a porta do carro, rapidamente o ligando.

"Eu não bebi tanto assim, a casa de Kuri não fica tão longe também, não vai acontecer nada." Law continuou dizendo a si mesmo que estava tudo bem, ele só precisava ser cuidadoso.

Mas os toques do telefone passaram a se tornar tão frequentes que mal havia intervalo entre uma ligação e outra.

Law se questionava se atendia ou não.

O moreno colocou na balança e viu que valia mais a pena dá um jeito de chegar em casa mais rápido, do que atender o celular. Já estava muito tarde, mas no dia seguinte poderia pedir para a padaria favorita de Kuri os mandar uma bela cesta de café da manhã.

Law sorriu, isso com certeza deixaria seu namorado feliz.

Mas não adiantava nada pensar no amanhã, sendo que ele precisava se resolver com Katakuri agora.

Law corria pela rua que levava a um balão, mas o tatuado não seguiu o percurso natural, visando chegar mais rápido em casa por meio de um atalho, ele cruzou uma das saídas do balão na contra mão, mas enquanto verificava o lado esquerdo, ele não viu que pelo lado direito vinha um outro carro.

Quando percebeu já era tarde demais, estava em alta velocidade na contra mão, ou seja, bateu com tudo no outro carro que vinha, sem nem chance de frear.

A visão de Law rapidamente escureceu, estava preso as ferragens do carro capotado, sangue escorria de diversos ferimentos, seu braço direito estava em uma posição estranha, mas apesar de tudo ele não sentia nada, a adrenalina que corria em suas veias não permitia isso. E nem teve chance de gritar por socorro pois sua consciência se esvaiu, a única coisa que pode ver foi o outro carro explodir e gritos desesperados ecoaram em sua mente poucos segundos antes de apagar completamente.

...

Law abriu seus olhos, vendo o teto branco acima de si.

Sua cabeça doía, pode-se perceber. Seu corpo todo estava dolorido na verdade.

Ao olhar ao redor, ainda acostumando-se com a luz, pode ver um jovem albino lhe aplicar algo com uma seringa no tubo ligado às suas veias.

Hoc Chouchou era o que dizia o seu crachá.

Law riu fraco, achando graça do nome peculiar.

Isso chamou a atenção do enfermeiro, que logo lhe foi explicando sua situação.

"Bom dia! Eu sou o seu enfermeiro, pode me chamar de Chou! Isto aqui é para a dor, mesmo dormindo você estava resmungando muito, acredito que esteja doendo bastante. O Doutor já já vai vir aqui para falar com você tá? Precisa de algo? Está sentindo algum incomodo? Pos-"

"Calma garoto, respira, eu não vou sair correndo não." Law o interrompeu, se deixasse aquele garoto nunca pararia de falar, céus.

"Foi mal." O albino coçou a nuca, envergonhado, mas logo arregalou os olhos, notando algo. "Ei! Eu não sou um garoto! Já tenho 25 anos!" Chou fez beicinho, indignado com a constatação do outro, o que só fez Law revirar os olhos.

Um Amor de Verdade - LawluOnde histórias criam vida. Descubra agora