Capítulo Único

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=Sejam bem vindos a mais uma tradução, tenham uma boa leitura.=

:)



Não era sempre que Jasper Hale se sentia nervoso. Nos cento e sessenta e um anos desde que ele nasceu e cento e quarenta e dois anos desde que ele morreu, seu limiar de medo era mais alto do que o do homem médio. Mais alto que o do vampiro imortal médio, até. Mas agora, Jasper estava sentado em um pequeno pub decadente na Londres dos bruxos, mexendo nervosamente no punho de sua camisa nova, pensando em que situação terrivelmente embaraçosa Alice o havia arrastado.

Alice - que deveria ser sua amiga - o encurralou em seu pequeno escritório no início da semana e espalhou a notícia 'emocionante' de que ela havia marcado um encontro às cegas para ele. Jasper não achou graça.

"Você já considerou a possibilidade de eu não querer ir a um encontro?" ele falou lentamente, nem mesmo se preocupando em levantar os olhos de sua papelada. Alice estalou e pegou o pergaminho no qual ele estava rabiscando notas fora de seu alcance, forçando-o a olhar para ela. Ela lançou-lhe um olhar exasperado.

"Quanto tempo se passou desde a última vez que você saiu em um encontro?" ela perguntou acusadoramente, embora já soubesse a resposta. Jasper se mexeu desconfortavelmente em seu assento.

"Já faz um tempo," ele admitiu. Alice riu.

"Sessenta anos não é 'um tempo', Jazz, é uma vida inteira para alguns - literalmente!" ela chorou.

"E se eu não quiser ir?" ele resmungou. "E se eu já tiver planos?"

"Você não tem planos," ela respondeu curtamente. Jasper cruzou os braços e olhou para ela com raiva.

"Como você sabe?" ele desafiou, antes de acrescentar: "Quero dizer, além do motivo óbvio..."

"Bem, além do fato de que eu já vi que você apareceu para o encontro, você também está intrigado sobre por que - ou mais precisamente, por quem - estou disposto a arriscar pegar seu lado ruim," ela respondeu levemente.

Ele tinha que admitir, ela o tinha lá. Nos quase sessenta anos desde que se tornaram amigos, Alice nunca havia brincado de casamenteira com ele até agora. Talvez valesse a pena ir só para ver quem era esse homem...

Alice inclinou a cabeça e lançou-lhe um olhar tranqüilizador. "Eu entendo que você está nervoso, Jazz. Pode ser muito assustador voltar ao circuito de namoro depois de um período de seca de décadas..."

"Ainda nem tive a chance de ficar nervoso; você acabou de lançar seu terrível plano sobre mim há um minuto! ele apontou irritado. Alice revirou os olhos e suspirou.

"Olha, você confia em mim?" ela perguntou.

"Claro", ele respondeu sem hesitar. E ele fez. Eles eram melhores amigos há anos, ela era sua confidente, a irmã mais próxima que ele conseguia.

"E você realmente acha que eu jogaria isso em você sem avisar, a menos que fosse realmente importante?" ela implorou.

"Suponho que não..." ele fingiu, olhando-a com cautela. "Quão certo você está de que eu vou aparecer para este seu encontro às cegas?"

"Algumas coisas são mais certas do que outras, mas nesta rara ocasião, sei que você irá. Vamos apenas dizer que previ um futuro brilhante para você e esse homem misterioso — profetizou ela, colocando o pergaminho de volta na mesa. "E quando for, use aquela camisa azul marinho com as estrelas prateadas bordadas, fica bem em você."

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