Capítulo 2.

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Continuação

Na manhã seguinte, acordei antes que Anahí. Ela estava dormindo tão bonitinha, que fiquei com pena de acordá-la.

Nossa noite foi perfeita. Tomei um banho relaxante e fui preparar um café para nós dois. Hoje é sábado, estou em casa.
Não sou muito bom na cozinha, então preparei algo simples.

- Dormiu bem? - Já estávamos na cozinha.

- Claro que sim.

- Que bom. O que acha de irmos na casa dos meus pais?

- Pode ser, estou com saudades deles - Sorriu.

Meus pais adoram ela, desde o começo do nosso namoro. Quando soube que íamos nos casar, nossa, foi uma alegria que só.

- Tem tempo em que não vamos vê-los - Comentei.

- Verdade, a última vez foi no dia do seu aniversário - Terminou de lavar as louças.

- Já tem tempo, hoje o tempo não está tão quente.

- Ainda bem, eu prefiro o frio - Riu.

- Eu sei, para fazermos amor é sensacional.

- Sim, tenho que concordar - Fomos pro nosso quarto.

Ali ficamos deitados e assistimos um filme, quando vi Anahí já estava cochilando. Aproveitei para resolver alguns assuntos do trabalho, mesmo sendo final de semana, eu gosto de deixar tudo organizado.

- Poncho - Ouço a voz de Anahí.

- Sim, amor - Lhe abraço.

- Eu sonhei que estávamos no hospital, tinha dado a luz. Era uma linda menina, a única coisa que puxou de mim, foi a cor dos olhos, o resto era tudo seu.

Ela estava sorrindo, seus olhos chegavam a brilhar.

- Que lindo, amor. Isso pode ser alguma coisa, pode acontecer.

- Isso, amor, que seja realizado - Me deu um selinho.

Narração de Anahí

Acabei cochilando, tive um sonho perfeito. Isso mexeu muito comigo, quero tanto que isso seja realizado.

Alfonso terminou seu trabalho ali, e fui preparar algo para comermos.

- Não precisa, vida. Vamos comer fora.

- Não tem problema, fica para o jantar, vou me arrumar - Lhe dei um selinho e subi pro quarto.

[...]

Alfonso me trouxe num restaurante novo, abriu poucos dias atrás. Aqui é aconchegante, as cores são bem vivas. Tem todo o tipo de comida, eu escolhi um prato mexicano, já ele preferiu um prato típico daqui.

- O que foi, amor? - Perguntou sem entender.

- Não é nada, só estava admirando aquela linda família ali - Lhe respondi e me segurei para não chorar.

- Oh, amor - Me abraçou, não consegui segurar as lágrimas.

Minutos depois, entrou uma menina no restaurante. Ela estava com roupas sujas, além do seu corpinho. Em suas mãos havia um balde com flores.

Alfonso não percebeu, mas eu sim. Ninguém estava lhe dando atenção.

- Tia, você pode me ajudar - Chamou a nossa atenção.

Alfonso olhou para mim e eu entendi o que ele quis me passar.

- Oi, meu amor, claro que sim - Disse e dei um sorriso para ela.

- Vocês podem comprar essas flores, preciso voltar com dinheiro. Se não, minha mãe vai me castigar.

- Você está com fome, né - Falei.

- Sim, não como tem uns dias - Disse, ela estava envergonhada.

Alfonso pediu um prato para ela, a mesma comeu rapidamente. Coitada.

Ela não falou muito, deve estar com medo.

- Qual o seu nome? - Alfonso perguntou.

- Anabelle, e eu tenho 6 anos - Deu um pequeno sorriso.

Ela se sentiu a vontade, já que nos deu um sorriso.

- Não precisa vender mais flores, vamos com você até sua casa - Disse.

- Não, por favor, não quero ser castigada - Pegou nas nossas mãos.

Olhei para Alfonso, ele também está assustado. No final, fomos até sua casa.

A mãe dela nos tratou com indiferença, estava tudo sujo. Ela quis gritar com a menina, mas o Alfonso não deixou.

Resolvemos ligar para a polícia, queremos o bem da Anabelle.

Anabelle ficou em um orfanato, sua mãe foi presa. Ela mantinha a menina em circunstâncias horríveis, agora não vai mais.

Estou mexida com esse acontecimento.

Dias depois

- Vamos adotá-la, por favor - Pedi e segurei suas mãos.

Antes não pensei muito nisso, mas agora sim. Quero ter a Anabelle aqui conosco.

Hoje pela manhã, acabei tomando mais um remédio. Fiz escondido de Alfonso, ele não pode saber.

Se eu conseguir engravidar, só vou precisar que Alfonso não tome cuidado na hora que estivermos juntos.

Estou fazendo isso porque quero um bebê, gerado por mim.

Estamos indo no orfanato, Anabelle é uma ótima menina. Ela só estava com medo de sua mãe.
Ela diz que não sente falta de sua mãe, o que é bom. Pelo menos pra mim, ela está confiando em mim e no Alfonso, assim vai facilitar muito.

- Eu sei o quanto você quer isso, eu também quero. Mas vai demorar.

- Não importa, por favor - Peço mais uma vez.

Ele já tinha falado em adoção comigo, mas era com outras crianças e não com a Anabelle.

- Vamos sim, quero realizar o nosso sonho - Beijou minha testa.

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