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⚠️: O livro pode conter erros ortográficos.
Ao longo dessa trama, apareceram temas sensíveis como transtorno alimentar, depressão, drogas ilícitas, violência, cenas sexuais explícitas, entre outros. Caso seja sensível a algum desses temas não recomendo a leitura. Aos demais, aproveitem.

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Olhando pela janela do carro em movimento não consigo parar de pensar em como as coisas me trouxeram até esse momento. Sei que parece masoquismo mas gosto de cada traço de dor da minha vida "perfeita" , gosto de lembrar pois só assim posso ter a certeza de que sobrevivi ao inferno na terra. Desde muito criança me lembro de sempre ter os olhos protetores de mamãe por perto onde quer que eu estivesse e de certo modo aquilo me acalmava, bom, isso passou a não ser mais um conforto. Aos 12 anos de idade passei a reparar mais em situações a minha volta como o porque de eu precisar fazer ballet, violino, esgrima e francês em meu tempo que deveria ser livre para apenas ser criança. Mamãe me dizia que uma mulher se torna bonita pelo seu conteúdo e não apenas pelo seu exterior, que nada vale um belo vaso se suas flores estão podres. Antes eu não entendia, agora acho que compreendo.

Chegamos a Nova York muito rápido, considerando as três horas de vôo da minha cidade natal até aqui. Jacksonville, uma cidade beira mar que me trás ondas de memórias lindas e logo após um tsunami de lembranças que quero esquecer completamente.
Ao estacionar em frente da grande e maravilhosa casa que mamãe nos dera sinto um frio na barriga e seco minhas mãos suadas causada pelo nervosismo.

- Como está,querida? - pergunta mamãe ao sairmos do carro e já abrindo o porta malas para tirarmos minhas coisas de lá - Sabe que podemos dar meia volta e irmos para casa.

Pelo seu olhar vejo como ela ainda tem esperanças de me ouvir falar que quero ir para casa e nunca mais deixá-la. Mas simplesmente não posso e não quero voltar, cheguei aqui a apenas 5 minutos e já estou completamente apaixonada pelo lugar.

- Estou bem, mãe. Você precisa confiar mais em mim, vou me dar muito bem aqui.- digo mais para mim mesma que para ela.

- Sei que vai, você sempre se destaca independente do lugar. Só quero ter certeza que está fazendo uma boa escolha, não quero que este lugar te mude.- diz enquanto olha discretamente para os jovens com estilo alternativo que passam ao nosso lado.

- Com certeza, a próxima vez que nos virmos estarei com o braço cheio de tatuagens, fumando maconha e com piercings nos mamilos.- digo gargalhando enquanto minha mãe faz uma cara de horror diante dessa possibilidade.- Qual é mãe,estou dizendo, sei o que quero e nada vai me impedir.

Sua expressão se suaviza e sei que ela vê verdade em meus olhos, minha determinação para entrar aqui não foi um acaso, e eu com certeza não vou colocar tudo a perder.

- Que lindo, um momento mãe e filha, estou emocionada!- viro minha cabeça em direção a Ashley para fazer uma careta para minha melhor amiga que está saindo do carro.

- Estava cogitando a ideia de te deixar dormindo e mamãe levá-la de volta para Jacksonville, o que acha, mãe?

Minha mãe nos olha com um sorriso carinhoso e sei que está prestes a chorar pois a próxima coisa que diz é uma tentativa de aliviar as emoções que está sentindo.

- Nem pensar, estou pagando para que o combo fique aqui, não vou deixar que se livre tão fácil assim, Meg.

- Ei! Ainda estou aqui viu Lily? - diz Ashley nos ajudando a carregar toda a bagagem para a entrada da casa.

Ashley Maison é simplesmente a minha pessoa favorita em todo o mundo. Não consigo pensar em um momento importante da minha vida onde ela não estivesse presente, me apoiando. Conheço Ash desde quando nascemos graças a nossas mães que são melhores amigas, ou pelo menos eram. Louise Maison e Lily Young eram inseparáveis em toda sua adolescência, até que a mãe de Ash simplesmente passou a não ligar mais, não aparecer nas aulas, ou na casa da melhor amiga. Após alguns meses sem dar sinal de vida, Louise simplesmente apareceu com seu novo namorado como se nada tivesse acontecido e desde então a amizade das duas não foi a mesma, o que não impediu que eu e Ash fôssemos como irmãs. Como quase sempre seus pais não estavam em casa, Ash praticamente morava conosco o que só fortaleceu o que tínhamos e nos trouxe até o presente momento.

Após uma longa e dramática despedida, mamãe se foi nos deixando em nossa espaçosa e magnífica casa de dois andares. Mesmo do lado de fora da casa posso ver cada mínino cuidado que tiveram para deixar tudo na mais perfeita ordem para nós. A grama recém cortada e regada é enfeitada por pedrinhas brancas que fazem um caminho até a porta da entrada, diversas flores estão espalhadas delicadamente pelo terreno o que trás um ar feminino e doce para a casa. Olhando novamente para a porta, viro para Ash e consigo ver exatamente o que está sentindo através de seus lindos olhos verdes, ela está ansiosa, com receio e vejo também uma alegria imensa surgindo em seu olhar e chegando aos lábios.

- A partir de agora tudo vai mudar, Ash.- digo estendendo a mão para que minha amiga a possa segurar.

- Contanto que nos continuemos juntas, vai ficar tudo bem. Vamos, Meg, o nosso futuro nos espera.

Sorrio para minha amiga sabendo que o que disse é verdade. Se estivermos juntas, vamos sobreviver.

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oii pessoa! É um prazer te ter aqui partilhando dessa história comigo. Fiz esse capítulo na intenção de apresentar a personagem principal e afins. Próximos capítulos teremos mais um pouco o desenrolar desses dois. Até a próxima!❤️‍🩹

não se esqueça de votar e comentar muitoooooo! beijinhos.

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⏰ Última atualização: Jan 22 ⏰

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