pós-morte, Ace

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      Ace, nome daquele que lhe marcou profunda e eternamente.
  Você e Ace eram como carne e unha. Um protegia o outro independentemente da situação, havia um carinho imensurável na relação de vocês. Cresceram e viveram juntos, sempre cuidando do mais novo.
    E é claro que você não pensaria duas vezes antes de arriscar sua vida para salvá-lo, afinal o mesmo fizera isso várias vezes por ti.
   Ao saber da notícia de guerra em Marineford, você imediatamente se aliou ao Barba Branca e, junto dele, formou o mais elaborado plano de toda a sua vida. Mas, como todos nós sabemos, não foi suficiente. Levar facadas, tiro, flechadas, nada disso foi suficiente para salvá-lo.
   Ace morreu na sua frente, o mundo todo assistiu à sua morte.

     Não é preciso ser um gênio para imaginar o quanto isso te abalou. Sua vida já não era fácil, você não tinha nada e agora, perdeu uma das únicas pessoas que se importavam com você.
   Você se isolou e o mundo nunca mais ouviu falar de você. O Governo cassou sua recompensa, afinal, pensaram que você já estava morta. Mas não estava, você apenas estava reclusa do mundo exterior. O Arquipélago Sabaody se tornou sua casa novamente, Rayleigh cuidou de você pelo tempo necessário.

    Cerca de dois anos depois, você ouviu dizer que Luffy e seu bando estavam no Arquipélago novamente, você não sabia se conseguia encarar os olhos de Luffy novamente sem sentir culpa, mas Rayleigh te encorajou e levou você até ele. Luffy obviamente se recordou de você e te abraçou demoradamente enquanto chorava, balbuciando coisas que ninguém entendeu. Ele te convidou para o Bando dele, porém uma expressão triste apareceu em seu rosto outrora tão feliz, você negou e disse que não poderia voltar ao mar para ser pirata. Luffy compreendeu, apesar de tudo e você os acompanhou até que partissem de lá.

    Após a morte de Ace, algo que se tornou costume foi visitar seu túmulo em datas específicas. Você o visitava no aniversário, a fim de que ele não o passasse só. O visitava em feriados, para que ele se sentisse incluído.
  E em todas as visitas você levava algo feito por suas próprias mãos, principalmente flores em biscuit, afinal, Ace adorava ver você fazendo miniaturas e outras coisas do tipo.

    Agora, quase 10 anos depois, você já tinha mais de 30 anos. Uma mulher muito madura e conhecida na região do Arquipélago. O Governo nem falava mais em você, ou era isso que todos pensavam.
   Num dia qualquer, voltando de um dos bares do Arquipélago, você adentra sua casa. Há sangue pelas paredes, cristais e garrafas quebrados no chão, todo tipo de destruição possuía o local. Logo, uma ansiedade e desespero atingem todo o seu ser. Você cai no chão, aflita.
  "Que merda aconteceu aqui? Onde estão Rayleigh e Shakky?" Seus pensamentos voavam por sua mente, sem obter respostas.

   Passos adentram o local e se aproximam de você. Você quer se defender, indepentemente de quem seja, mas não consegue. A cena local é suficiente para acabar com suas forças.
Achou que nós não sabíamos da sua existência, não é?- Uma voz masculina grave sussura em seu ouvido, você reconhece: é Akainu.- Pensou errado. {Nome}, sua vida acaba aqui.
  Algemas frias de Oceanite passam por seus pulsos e te prendem. Akainu começa a te arrastar por todo o Arquipélago e te enfia num barco da Marinha. Você não se debate nem grita por socorro, afinal, não consegue.
    Agora você viaja pelo mar e logo chega em Impel Down, lugar esse que você desejava nunca mais pôr os pés.
Logo estará junto do Punhos de Fogo novamente, não se preocupe.- Akainu vira as costas para si e te abandona no local, rindo.

   Dias depois, ecoa pelo mundo a noticia de sua execução em praça pública. Você já havia aceitado o destino e sabia que não poderia fazer nada para mudá-lo. Era uma morte digna após uma vida toda em crime.

    Neste local, pelo menos 30 milhões de pessoas de todo o mundo estão. É Longuetown, lugar que você desejava nunca estar e agora, você morreria aqui. Era proposital e você sabia disso, o Governo adorou isso.
     Diante de tanta gente, você não soube o que dizer quando lhe pediram as últimas palavras. Como um reflexo de seu próprio pai, você apenas sorriu, o que foi um choque para todos ali presentes.
   Você aceitou que morreria assim mesmo que não tivesse vivido uma vida tão complicada. Você era filha de Gol D. Roger, afinal.

  E então, lhe decapitaram.

   Você abre os olhos.
É um local claro e todo branco. O chão é muito macio.
  Ao olhar para cima, você encara a escuridão.
  Isso seria o céu ou o inferno?
Você está confusa e não sabe ao certo onde está.
   É quando uma voz familiar acelera seu coração que já nem bate mais.
–Ei, {Nome}!- Ace te grita
  O garoto corre em sua direção e te levanta com os braços, envolvendo você em um abraço apertado.
  Olhando ao redor, vocês não estão sozinhos. Todos os seus falecidos entes queridos também estão presentes, te observando com um sorriso no rosto. Você abraçou todos eles, especialmente Rouge, sua mãe.
    Ali não era o céu, muito menos o inferno. Era apenas um lugar vazio onde as almas permaneciam, porém, vocês podiam ter acesso a qualquer outro lugar que quisessem ir.

                              ★★
Agradecimento:
  Oi, gente. Tudo bem?
Recentemente, fez 1 ano que comecei a escrever aqui. Nunca imaginei que fosse dar certo, mas deu. Só queria agradecer a vocês por me incentivarem, comentarem e lerem meus capítulos. Isso me deixa imensamente feliz de forma que não consigo expressar. Peço perdão por não ser tão frequente quanto queria, mas tô tentando voltar a escrever por aqui.
   É isso, muito obrigada a todos!💗

Nota:
E , gostaram?
   Comentem para que eu saiba!
     Beijinhos!!

          

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