Helena: São seus amigos, filha! -disse, sorrindo.
Annie: Não quero ver ninguém! - Dizendo isso, ela saiu correndo e subiu as escadas rapidamente. Ao chegar ao quarto e fechar a porta sentiu falta de ar, deitou-se na cama e ficou em silêncio.
Helena: Meninos... Que bom que vieram! A Annie estava aqui até agora... Mas disse que não quer ver ninguém... Subam lá, por favor!Christian: A senhora que nos desculpe, mas nós vamos subir mesmo! Viemos até aqui porque estamos morrendo de saudades dela e queremos vê-la bem... Ela tem que pelo menos querer falar com a gente!
Helena: Vão lá então... -disse, esperançosa.
Ucker: Obrigada...
Os três subiram receosos. Não sabiam como Annie estava, se tinha mudado nem se ia recebê-los bem. Mas algo dizia que estavam fazendo a coisa certa.
Ela estava se sentindo tão mal que apenas fechou a porta, sem trancá-la. Assim, foi fácil para os garotos entrarem no cômodo.
A janela estava fechada, Annie estava deitada perdida na cama entre ursos de pelúcia, almofadas e certo papel que ela mantinha ao seu lado, talvez para que não esquecesse todas aquelas palavras que a tinham feito perder as esperanças. Junto com a carta estava o caderno que continha cada um dos detalhes que agora não eram mais tão íntimos como deveriam, já que Poncho e Dulce tinham conhecimento de tudo o que estava escrito ali...
O primeiro a entrar no quarto foi Ucker, os outros entraram logo atrás. Annie se assustou ao vê-los ali, mas não pôde pensar em nada. Seu corpo agiu sem que ela mandasse e ela levantou rapidamente da cama, em um ato quase desesperado, indo ao encontro dos amigos e caindo num abraço dos três de uma só vez. Eles a abraçavam emocionados e a garota sentia-se segura naqueles braços fortes. Como sentiu saudades daquela proteção, aquele carinho daqueles que eram como irmãos para ela! Estar ao seu lado lhe passava uma grande força e isso era o que ela mais precisava no momento.Annie ficou um bom tempo ali e só conseguia chorar copiosamente. Ficou assim por alguns minutos e eles apenas a deixaram desabar em seus braços. Porém aquilo estava durando tempo demais, e não era um choro apenas de saudade. Era algo dolorido, que os deixou preocupados. Ucker resolveu falar.
Ucker: Por que você tá assim? – perguntou, afastando-a do abraço e tocando em seu rosto, para olhá-la nos olhos - Cadê aquela menina cheia de alegria e esperança, cadê aquela loirinha esperta que ganhou o mundo fazendo aquilo que mais ama na vida? Nós precisamos dela, Annie, porque ela era nossa referência de felicidade! -disse, carinhoso.
Annie: Por favor, não exijam que essa garota que você tá falando apareça agora na sua frente... Eu tenho medo, mas talvez ela nem exista mais! -disse, aos soluços.
Derrick: Não fala assim... Vem, vamos sentar - Eles foram com ela até a cama. Ela se sentou no meio de Ucker e Derrick, e Christian aproximou a poltrona da cama e se sentou na frente deles.Annie: Mas é a verdade, não adianta fugir dela! Eu estava pensando em voltar pra Nova Iorque... Não tinha dito isso para ninguém ainda, mas depois que eu vim para cá minha vida virou um pesadelo! Eu pensei que ia matar as saudades e voltar para lá depois, mas me decepcionei muito, me sinto péssima e nem mesmo tenho mais vontade de voltar! Não quero fazer nada! Não queria ver ninguém, até vocês aparecerem! E fiquei feliz por vê-los! -desabafou, secando as lágrimas e tentando se acalmar.
Christian: Seu lugar é aqui com a gente... Você não tá bem, precisa se cuidar e nós queremos te ajudar! -disse, pegando nas duas mãos dela, tentando passar segurança.
Annie: Quem é que já foi encher a cabeça de vocês? Eu tô bem! Só me decepcionei com algumas pessoas...
Ucker: Com a Dul?
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Primer Amor 2 - "Extrañarte es mi necesidad"- Livro 2
FanficLivro 2 da série "Primer Amor" Realizar sonhos, vencer o orgulho, aprender a perdoar... Depois de viver tantos momentos e superar desafios com seu "Primer Amor" na adolescência, chegou a hora de provar que o que é verdadeiro nem o tempo, a mágoa ou...