"Era uma vez...
Um lobo faminto...
Uma lua sangrenta...
E uma capa vermelha...."
Todos conheciam aquele famoso conto.
Todos sabiam o que acontecia nas noites de lua.
Todos sabiam....
Todos sabiam....
Em uma noite escura, a luz da lua, em meio a flo...
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Era inverno...
O lugar antes colorido pelas plantas e cores das casas e lugares, agora era simplesmente branco por causa da camada de neve que havia se instalado ali.
O inverno era cruel e longo... muito longo.
Era uma pequena vila, porém bastante barulhenta por conta de seus habitantes, homens e mulheres corriam de um lado ao outro arrumando o lugar para o festival da lua que haveria naquela noite.
Crianças corriam de um lado ao outro brincando com a neve, fazendo esculturas.
Era uma paisagem comum para a maioria das pessoas que viviam ali.
O inverno era a temporada mais longa do ano, uma época onde a escassez de comida era intensa
O jeito era guardar comida para os meses de inverno, ou se aventurar no mar
As águas calmas poderiam enganar os desavisados, já que elas eram traiçoeiras, muitos navios já naufragaram por causa de sua teimosia.
Era um lugar difícil de se viver.
Mas era o único lugar que ele podia chamar de casa.
Ele era feliz ali.
Izuku caminhava pelas ruas calmamente, suas mãos em seus bolsos para evitar o vento gelado daquela tarde.
Vestido da cabeça aos pés com tecidos pesados, para pelo menos amenizar o frio inverno, em volta de seus ombros havia uma antiga capa de cor marrom
Alguns jovens passavam em direção a floresta, provavelmente indo fazer seus deveres, ou indo cortar mais madeira para o fogo, ou indo colher mais frutas, ele fizera isso no dia anterior
Um suspiro saiu de seus lábios
Mas algo chamou sua atenção naquele momento.
Pelo canto do olho ele viu uma sombra, algo que o fez se arrepiar todo.
Porém quando virou seu rosto naquela direção, somente havia algumas crianças brincando na neve.
Ele resolveu ignorar aquilo, e seguir adiante
Não deveria ser nada, talvez fosse porcausa das poucas horas dormidas.
Ele também ia em direção a floresta nesse dia.
Caminhou até os portões da vila e adentrou a linha de árvores que se dava o começo da floresta que rodeava o vilarejo
Sentindo suas botas afundarem na camada espessa de neve, ele retirou as mãos do bolso, e respirou fundo
O ar desse lugar era diferente, um sentimento estranho e reconfortante o recebia toda vez que andava por ali
Ele já não sentia mais frio... Era como se estivesse em casa.
