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-- Capitão Yamamoto, estou às suas ordens. - disse Ukitake, se ajoelhando com a cabeça baixa.

-- Ukitake, já disse que não precisas se ajoelhar. - repreendeu o outro.

-- Esqueça esse Yamamoto, ele é todo certinho. - falou Kyōraku, revirando os olhos.

-- Cale a boca, bastardo. Tenho que mostrar respeito ao capitão, pois, ao contrário de ti, tenho o mínimo de educação. - resmungou Jūshiro.

-- Olha aqui. - apontou o dedo para o outro. - Eu tenho muita educação.

-- Sério? Pois não é o que eu vejo na rua, já que cada vez que eu te vejo, estás a assediar uma mulher. 

-- Calem-se os dois. - repreendeu Yamamoto. - Vocês dois irão em uma missão no Distrito 78 de Rukongai Oriental, pois há suspeitas de que algo perigoso está a acontecer lá.

Os olhos de Jūshiro se arregalaram, até que saiu do transe.

-- Certo, capitão. - disseram os dois ao mesmo tempo.

-- Podem se retirar. - permitiu o mais velho.

Os dois saíram da sala e, como de costume, seguiram caminhos diferentes. Ukitake foi em direção aos seus aposentos para trocar de roupa, enquanto Shunsui foi flertar com mulheres num bar.

Apos se trocar, tentou procurar Kyōraku, mas não o encontrou. Procurou no seu esquadrão, nas lojas, nos jardins, mas tinha-se esquecido de procurar no bar.

Ao entrar, sentiu um forte cheiro de álcool e logo avistou Kyōraku com uma bebida nas mãos, rodeado de mulheres. Em circunstâncias normais ele so ignorava, mas lembrou-se da missão e, então, foi em direção a ele e o agarrou pela orelha.

-- Aí, aí! - choramingava Kyōraku enquanto era arrastado para fora do bar. - Para que isso, Ukitake-chan? - resmungou.

-- Temos uma missão e eu quero sair dela o mais rápido possível. - continuou a arrastar o outro para os seus aposentos. - Prepara-te. Eu estarei esperando lá fora. - disse saindo.

Passados vinte minutos, o outro saiu com outra muda de roupa e um quimono rosa que, por sinal, caía bem nele. Logo olhou para o céu e arregalou os olhos, reparando o porquê do outro homem estar com aquelas vestes. As nuvens que se juntavam no céu indicavam que ia chover e o mesmo não tinha trazido outra roupa.

Kyōraku também reparou nisso e, então, pensou que daria alguma veste para o outro se aquecer.

-- Espera um pouco. - disse, entrando de novo no seu quarto.

Um ar frio foi mandado contra as costas do de cabelos brancos, que se arrependeu de não ter trazido nenhuma roupa a mais. Então, estava a pensar numa desculpa para ir ao seu quarto sem que o moreno percebesse que ele ia buscar outra roupa, mas foi surpreendido por Kyōraku, que lhe estendeu um quimono todo branco.

-- Foi o único que eu achei que combinasse contigo. - disse, entregando.

-- Obrigado, mas não era preciso. - resmungou, fazendo um pequeno bico em seus lábios, mas aceitou, logo vestindo.

Shunsui um pequeno sorriso, mas logo ficou com a sua cara normal.

-- Vamos. - exclamou o de cabelos brancos e logo começaram a caminhar em direção ao Distrito 78.

Pelo caminho, viram diversas pessoas em extrema pobreza o que fez Ukitake ficar um pouco desconfortável. Mas Kyōraku logo falou:

-- A vida é assim, Ukitake. Pessoas pobres, às vezes, não têm muita sorte na vida. - exclamou.

-- Não deveria ser assim. Os ricos deveriam também ajudá-los, não lhes caía um braço. - murmurou Ukitake.

-- Se fosse assim, muitos pobres aproveitariam para não fazer nada. Os ricos são ricos, pois conseguiram a fortuna na base do trabalho.- se opôs ao comentário do outro

Missão- ShunUkiOnde histórias criam vida. Descubra agora