Que o bruxo salve o rei

naquele grande lago

Na manhã daquele dia, pessoas estavam amanhecendo gravemente resfriadas, e por conta disso, a mãe de noriaki o mandou colher algumas flores e ervas, elas ficavam meio longe do reino, mas bem perto de onde eles moravam. Noriaki, o pequeno bruxo, apenas obedeceu as ordens de sua mãe, indo diretamente até o lago. Por estar de manhã, o sol que fazia deixava um calor intenso, por toda parte do reino, o ruivo, apenas colocou uma capa para se proteger, enquanto caminhava, ele sentia o vento que passava por ali fazendo ele sentir um alívio.

Jotaro, estava em seu grande Palácio, sentado em uma das cadeiras da grande mesa de jantar. Desde que começou a epidemia, ele não poderia sair dali, estava cansado de vários cavaleiros chegando e saindo daquela sala, seu pai dando ordens e muita das vezes pedindo para que sua mãe se calasse, ele não gostava nem um pouco da forma em que seu pai tratava sua mãe, isso lê dava uma grande raiva, e cada dia mais odiava aquele ser que era obrigado a chamar de pai.
Sem que alguém percebesse, ele se levantou, foi até um corredor distante te todos os grandes cômodos daquele Palácio, abriu a única porta que havia no final daquele corredor, ao entrar, pegou a sua espada, não era tão grade por ele ser apenas uma criança, mas ser criança nunca lhe impediu de ser um forte príncipe. Ao pegar a espada, conseguiu sair facilmente do Palácio, foi para um lugar distante, um grande lago com lindas flores e animais que se alimentavam da maioria dos matos dali. Enquanto treinava, sentiu algo batendo em suas costas, ele rapidamente derrubou aquele que havia lê batido colocando sua espada entre seu pescoço.

- E..espere! É um engano!

- Quem é você?

- e..eu sou apenas um plebeu que estava atrás de novas flores pros jarros da minha mãe, por favor, tire essa espada do meu pescoço..esta me cortando.

Jotaro, tirou a espada do ruivo
Que ainda estava no chão bastante assustado, ajudou o mesmo a se levantar e desculpou-se pelo mal entendido.

- sem problemas!...você é o príncipe, não é?

Ele perguntou animado enquanto tirava o o capuz da capa, os olhinhos brilhavam e ele olhava contentamente para o moreno.

- Tsk, sou eu sim.

Logo, o sorriso que tinha no rosto do ruivo se desmanchou, seus olhos que antes brilhavam de alegria, agora estavam marejados.

- Você é tão cruel!!

Ele se sentou em um toco de árvore enquanto fazia birra.

- porra?! Mas eu nem fiz nada.

- Você tem mesmo 10 anos? Você fala palavrão!!

- Você que é um crianção, filinho de mamãe e papai.

Um vento forte correu por ali, e antes o calor que fazia, sumia, o sol se escondia e uma forte chuva tomava conta dos céus.
Em um ato rápido, noriaki apareceu atrás de jotaro, ele estava de cabeça baixa, uma raiva que jotaro nunca tinha presenciado, nem mesmo de seu pai.

- Cuidado com sua língua, não fale coisas que não sabe.

- O que foi? Vai me dizer que você não é filinho de papai e mamãe?

- O meu pai me abandonou quando eu tinha 6 anos porque insistia que eu tinha um jeito afemininado.

Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, e antes que jotaro pudesse falar algo, ou até mesmo um pedido de desculpas, noriaki sorriu pro mesmo.

- não se preocupe em me pedir desculpas, a final, você é o príncipe.

Ele se curvou para o pequeno príncipe que agora o olhava, seus olhos estavam cheios de lágrimas, e com o tempo, elas começaram a percorrer sobre suas bochechas.

O moreno, ao ver aquilo se sentou no chão, bateu levemente no chão ao seu lado indicando que o ruivo deveria se sentar ali. Quando o ruivo se sentou, o moreno passou um de seus braços por volta da cintura do ruivo o puxando para mais perto ainda.

- Você é fofo.

Levou sua mão até o rosto do ruivo, alisou com delicadeza enquanto enxugava suas lágrimas. Noriaki, ficou uns minutos em silêncio olhando para o mais alto que estava ao seu lado, ele era bonito e tinha o cheiro da riqueza.

- e você é bonito..

- Você também.

Os dois sorriram, ficaram ali praticamente a tarde toda, muita das vezes jotaro fazia carinho nos cabelos avermelhados de noriaki enquanto ele deitava sua cabeça em seu ombro.
Quando chegou a hora do moreno ir, eles se levantaram juntos, jotaro se aproximou de noriaki o puxando para um forte abraço que rapidamente foi retribuído.

- Eu sempre estarei aqui treinando, apareça se for possível para me fazer companhia.

Ele alisava os cabelos do ruivo, que apenas sorriu e acentiu, logo jotaro ia embora e noriaki também.

Ao chegar perto do reino, guardas foram correndo em suas direção, seguraram em seu braço o levando rapidamente para o palácio. Quando chegaram lá, jotaro foi deixado na sala dos tronos, onde haviam três no local, o do rei, da rainha, e o do príncipe. A rainha e o rei estavam sentados em seu trono enquanto olhavam jotaro. Quando o rei se levantou, aproximou-se de jotaro o puxando pelo braço, logo apertando.

- O QUE DEU EM VOCÊ?

Ele gritava fazendo jotaro abaixar a cabeça, o moreno, nunca abaixou a cabeça pra ninguém apenas para seu pai.

- Q...querido..não grite com ele..

- CALE-SE, SE ELE ESTIVER COM ESTA DOENÇA, NÃO ME PREOCUPO EM MATÁ-LO, POSSO APENAS FAZER OUTRO.

- então faça.

Jotaro, levantou a cabeça, foi a primeira vez que respondeu seu pai e o olhou nos olhos, e antes que o mais velho pudesse falar mais alguma coisa, o mais novo saiu daquela grande sala e foi para seu quarto, trancou-se em seu quarto, tomou banho e deitou-se em sua cama. Passou a tarde e a noite toda tendo que escutar seu pai na porta de seu quarto, gritando e reclamando mandando o mesmo sair.
Ele fechou os olhos e lembrou de mais cedo com o ruivinho, seu sorriso era encantador, seus olhos eram deslumbrantes, e seu cabelo o encantava. Ele estava com raiva, a fúria o tomava, mas quando lembrou do ruivo, ele respirou fundo e soltou um sorrisinho, talvez ter conhecido aquele ruivo foi bom para o pequeno príncipe.