O Nosso fruto / mailila g!p

CAPÍTULO 30

(Desculpe qualquer erro)

Como deve ser a sensação de se sentir vivo mas nao poder viver a vida? Era essa a sensação que Maiara sentia , sentia que não podia viver , se sentia inútil , ela se comparava a um objeto qualquer parado em uma prateleira empoeirada.

Depois de tanto tempo sem ter noção do que acontecia a sua volta ela tem um fio de esperança de poder voltar a vida de fato , durante todo esse tempo em como ela não se mexia , não falava mas podia escutar tudo que falavam perto dela , mas especificamente uma voz rouca que sempre que ela ouvia deixava seus ouvidos mais atentos a qualquer coisa que seja pronunciada pela voz.

Era uma voz calma , rouca que sempre a acalmava , sempre falava palavras de afeto , ela também sentia beijos molhados sendo deixados em seu rosto.

Sua cabeça estava confusa ela não sabia o que tinha acontecido , mas apesar da confusão um nome que mais se parecia com um apelido ecoava em sua mente. " Lila" esse nome não parava de aparecer em seus pensamentos , era um nome nada comum mas muito familiar.

MAIARA CARLA.

Minha cabeça está confusa , não sei onde estou e nem como vim parar aqui , onde quer aqui seja. Me veio perdida na escuridão , tento me lembrar de algo , o mínimo que seja mas não dá , sinto que a cada dia me perco mais no labirinto que minha mente formou em minha cabeça e meu medo de nunca mais voltar me deixa agoniada.

Até então eu não estava sentindo nada , mas um formigamento começou a tomar meu corpo , logo passei a ter uma leve sensibilidade nas mãos , mas assim que senti uma mão fazer um leve carinho no dorso da minha palma percebi que estava voltando , algo molhado caiu em meu rosto , e , por instinto eu chamei pelo nome que tanto fica em minha cabeça.

-L-lila?

Aperto a mão de quem quer que seja e sinto mais uma mão pequena junto da minha.

-Ma-maiara ? Amor você voltou ?

Amor ? Mas o que está acontecendo?

Abri meus olhos aos poucos vendo uma mulher loira e uma menininha quase que idêntica a mulher , olho ao redor e vejo que estou num quarto de hospital. O que que eu  tô fazendo aqui...?

- Nã-nao se mexa , eu vou chamar o médico , filha fica de olho na mamãe.

Mamãe? Mas que porra tá acontecendo ? olho para a menina que assim que eu me virei me deu um abraço apertado , senti seu corpo tremer e um soluço cortar o silêncio do quarto. Por que essa criança tá chorando no meu ombro ?

- E-ei... não chore - minha garganta estava seca o que dificulta a minha fala. -  a sua...Mãe deve voltar logo.

- Eu só tô feliz por que você voltou mamãe.

- Mas...

A porta se abre logo a moça loira pega a menina dos meus braços , senti um aperto no peito por ter tirado ela de perto de mim , tava gostoso o aperto dela. Um homem que aparenta ter mais ou menos uns quarenta anos entra no cômodo junto com mais alguns enfermeiros , eu não estou entendendo nada do que está acontecendo aqui.

- Olha só a bela adormecida acordou. - ela diz com uma sorriso no rosto vindo me examinar , ele mediu minha pressão , colocou um lanterninha em meus olhos me pedindo para acompanhar a luz e assim que terminou ele me deu um copo d'água. - Então Maiara como se sente ?

- Eu...por que estou aqui ? E por que essa menina me chama de mamãe?

A moça de cabelos loiros olha para o doutor que me olhou de forma estranha , vejo os olhos esverdeados da mais velha se encherem da lágrimas , não entendo o que está acontecendo mas ve-la daquele jeito me cortou o coração.