- Capítulo Único -

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Era de noite.

A mesma noite que o Gen tinha voltado ao Japão depois de ter saído para agir como um diplomata nos outros países, para unificar o novo mundo.

Ele se irritava um pouco com essa ideia, ele era um mentalista e não um diplomata. Ele sabe que é importante visitar cada país para conversarem e negociarem, mas mesmo assim não deixava de ser algo cansativo.

Irritações a parte, o Asagiri ficou extremamente feliz quando teve que voltar porque era o banquete de casamento do Taiju e Yuzuriha, ele não podia perder esse evento especial deles, mas no fundo ele sabia que apenas estava ansioso para o evento porque seria como uma folga do seu trabalho e pelo menos assim ele veria o seu querido amigo.

Quando ele chegou no local, ele não conseguiu negar que ficou surpreso ao descobrir que já era a segunda festa de casamento seguida deles dois.

"Provavelmente deve ser para compensar os tantos anos que os dois ficaram agindo como adolescente bestas apaixonados e que não confessavam seus sentimentos mesmo que fosse algo tão óbvio e que todo mundo já sabia."; Foi o que ele pensou naquele momento.

Gen soltou um suspiro ao relembrar isso, agora deitado na sua cama, numa tentativa falha de conseguir dormir com tantos pensamentos percorrendo a sua mente.

No final, ele pode ter pensado aquilo dos recém-casados, mas a verdade era que sua situação não era tão diferente deles dois.

Claro, ele fazia um grande esforço para não deixar tão óbvio os seus sentimentos pelo Senku, mas ele não era tão diferente do Taiju sobre não confessar seus sentimentos, entretanto pelo menos ninguém sabe que o mentalista gosta do cientista.

Tem uma outra diferença grotesca entre ele e a relação daquele grande idiota com a mulher artesã, o ponto é que os recém-casados só estavam enrolando sendo que era óbvio que os dois se gostavam enquanto a sua situação era o completo inverso; Gen não demonstrava devidamente que gostava do outro mais do que amigo e o garoto de cabelo espetado nunca deu sinal de além de amizade sobre ele.

Era triste, ele sabia, mas não tinha o que fazer se ele tinha se apaixonado pelo outro e isso não era recíproco. Ele é um mentalista, ele deveria saber se o Senku gostava dele pelo jeito que ele agia, mas com certeza não tinha mudado muita coisa, era óbvio que a amizade deles melhorou bastante, mas ainda assim não passava de uma simples amizade entre dois caras.

O bicolor percebeu que ficar apenas ali deitado enquanto seus pensamentos corriam não ia adiantar muita coisa, então ele apenas se levantou, vestiu seu yukata rosa e saiu do seu quarto, caminhando para fora de casa.

Mesmo que não quisesse admitir, era uma situação dolorosa, ter que ver aquele rosto todo dia e saber que nunca vão passar de amigos. Ao menos ele se confortava com a ideia de que o cientista não estava gostando de nenhuma outra pessoa, ele parece realmente odiar romance não importa quem seja ou se era a mulher mais bonita do mundo.

Ele começou a andar sob o luar tentando distrair sua mente de tudo isso, ele estava feliz que tinham resolvido as coisas com o Whyman e que agora o homem com cabelo de nabo estava trabalhando em uma máquina de voltar no tempo, mas mesmo assim não conseguia evitar de fazer seus pensamentos se voltarem para sua paixão.

Às vezes ele se pegava pensando:  "Como que eu parei de pensar no meu harém com mulheres lá no início e agora estou tão apaixonado assim por aquele cientista?"; E mais uma vez ele não sabia como responder isso.

O amor era algo bastante complexo até mesmo na própria psicologia. Será que o Senku conseguiria alguma resposta sobre isso com a ciência?

Talvez sim, já que o mais novo é realmente um gênio se tratando dessa área.

Minha Discreta PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora