Capítulo 02

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De todos os lugares para estar no meu primeiro dia de aula, a diretoria não era o que eu mais queria, apesar de já ser o que esperava

Pov- William Marquês

Meus pés e minha cabeça doem, tudo lateja como se eu tivesse sido apedrejado, algo que não duvido que tenha ocorrido. Corro em direção aquele lugar, o meu lugar, mas não consigo chegar meus pés começam a parar, tento voltar a correr mas não consigo, minha visão escurece e então aquele sorriso, aquele sorriso que me perturba todas as noite novamente aparece, ele ri, freneticamente, e então acordo.

Não me lembro exatamente quando ter pesadelos se tornou algo tão normal para mim, mas, com toda certeza eles são a coisa mais frequente em minha vida. Todas as noites sou perturbado pelos sonhos e pela angústia, repetidas e repetidas vezes, mesmo sem entende-la ou saber se é real ou não, sou torturado a anos, por sonhos sempre são os mesmos 3, e em todos aquele sorriso está. E o vazio sempre me envolve me corroendo e preenchendo os buracos com desespero, dor e angustia ao ponto que morrer seria melhor. Seria bom.

Me levanto e vou tomar banho, quanto saio olho para o relógio, 4:50 com certeza a noite em que mais dormi nós últimos 13 anos. Visto uma calça e um blusão, e vejo o sol nascer.
Realmente aprecio isso.
Gosto de velo nascer todos os dias. É algo constante e que faz-me sentir melhor, afinal, não importa quanta dor haja, quantas mortes, quantos nascimentos, quantas casas, carros ou jóias, até mesmo quantas vidas possuemos, não somos nadas em comparação com o universo, e no final, mesmo após nossas morte, a morte de nossos filhos, netos e bisnetos, o sol ainda vai nascer lesteno e se põe no oeste.

Saio do meu quarto com meu fone e celular para fazer uma corrida. Tal coisa já se tornou um hábito com o passar dos anos, para acalmar meus nervos antes do dia começar.

Então assim que termino de descer as escadas corro. Corro, corro e corro, pelo campos dos dormitórios, dos refeitórios e Até mesmo dos prédios de aulas, são mais ou menos 5:30 da manhã e não tem nem sequer uma única alma viva pelo campus, somente eu. No final acabo voltando um pouco mais vagarosamente para o refeitório que fica atrás dos dormitórios para tomar café, já são 6:15 então descido comer ovos mechidos com suco e uma maçã.
Me senti no banco do refeitório e nem cinco segundos depois uma alma se senta ao meu lado. Sim, uma alma, afinal uma criatura que consegue aparecer em qualquer lugar, a qualquer hora e em qualquer circunstância só pode ser uma alma penada que me persegue. Ou pode ser uma garota que não compreendeu que amigos, aliás, colegas com benefício, são só isso. Colegas com benefício, eu posso parecer um filha da puta por falar isso, mas isso sempre esteve claro, até mesmo na primeira vez em que transamos, na verde, antes disso, nosso "tipo" de "relacionamento" sempre foi resumido a isso. Sexo sem compromisso.

-Oi Willizinho!- diz Angelita- Você veio mais tarde do que o normal hoje

-Sério?- pergunto sem presta atenção

-Sim, geralmente você chega antes do refeitório abrir, por volta das 5:50.

Perseguidora, essa seria uma ótima palavra para resumir Angelita. Eu poderia corta-la e manda-la embora? Poderia, e faria, se já não tivesse feito e percebido que isso só piora a obsessão dela.

-Você está comendo ovos mechidos? - ela pergunta então aceno- Não, você não pode, isso pode engordar por causa do olho para fritar! E isso é suco de manga? É muito doce Willizinho, vai lhe fazer mal...e...

-Angelita?- A interrompo

-Sim?

-Posso comer sem você ficar reclamando de cada macronutrientes de minha refeição?- questiono já irritado

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⏰ Última atualização: Dec 31, 2023 ⏰

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