𝘾𝙄𝘿𝘼𝘿𝙀 𝙄𝙉𝙑𝙄𝙎Í𝙑𝙀𝙇 - 𝑨𝑺 𝑬𝑵𝑻𝑰𝑫𝑨𝑫𝑬𝑺

Intuição não falha

- Eu encontrei essa menina boiando no rio e então trouxemos ela pra cá. - disse Tatá se explicando para Honorato.

- Trouxemos!? Foi eu quem trouxe ela, porque você só manda os outros fazerem as coisas mas fazer você não faz nada! - disse Caipora irritada.

- E por que trouxeram ela pra cá!?

- Porque a chata da Caipora não quis levar ela pra cabana dela.

- E ainda me chama de chata!? Você é muito folgada e ingrata!

Tatá mostra a língua para Caipora como forma de malcriação.
Nesse momento, Luna começa a acordar lentamente. Honorato se aproxima dela e segura sua mão.

- Ei menina, você tá bem?

- Sim... Sim...

- Finalmente a bela adormecida despertou de seu soninho. - disse Tatá sarcasticamente. - qual é o seu nome garotinha?

- meu nome é Luna.

- Você se lembra de alguma coisa? Por que seu corpo tava boiando no rio menina? - perguntou Caipora.

Luna se levanta e se senta na cama.

- Eu... Eu lembro de estar me afogando no rio, a Matinta apareceu e eu estava me debatendo nas águas... Até que eu não me lembro mais... Minha cabeça tá doendo.

- A Matinta? Será que você é a menina que aqueles meninos tavam procurando? - perguntou Honorato pensativo.

- Ah... acho que já sei de quem você está falando, meus amigos devem estar muito preocupados comigo.

Caipora fica muito pensativa.

- E o que a Matinta tem haver com isso? - pergunta a indígena.

- Bom, é que eu invoquei ela pedindo pra ela me ajudar a encontrar meu pai que está desaparecido, mas até agora ele não apareceu.

- E como é o seu pai?- a indígena começou a ficar inquieta.

- Ele é branco, cabelo escuro e tem olhos azuis.

- Eita... Eu acho que eu vi seu pai.

- É sério!? - se surpreendeu a garota. - Onde você viu ele?

- Ah ele tava conversando com o Boto lá no rio.... - Caipora ficou pensando se deveria dizer pra menina que quase matou o pai dela. - Mas eu não tenho certeza se era ele, porque esses homens branquelos são tudo iguais né...

- Eu tenho certeza que é! Eu sinto que é ele!

- Bom então nós podemos te levar até a Matinta se você quiser. - disse Tatá. - Né Caipora?

- Ah é claro. - A indígena revirou os olhos.

- Bom então vocês vão e levam a garota, mas tomem cuidado que já tá escurecendo. - disse Honorato.

- Eu sou uma cobra de fogo esqueceu!? Eu posso iluminar o caminho.

- Não me diga. - brincou Caipora revirando os olhos.

- Cala a boca.

- Tá tá tá já chega! Vão logo e levem a menina.

Então Tatá e Moara saíram junto com Luna, enquanto Honorato foi para o rio nadar um pouco.
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Tutu, Camila e Manaus chegaram no bar/casa de Inês e colocaram Eric deitado no sofá.

- E agora o que a gente faz? - perguntou Manaus.

- A gente espera ele acordar. - disse Tutu. - Só não podemos deixar ele fugir daqui.

Camila se sentou no sofá ao lado de Eric.