Eu não precisava me apressar, as coisas estavam onde sempre deveriam estar e não tinha porque mexer, afinal, daria errado se você tentasse disfarçar o que tinha em mente todas as vezes em que ele chegava com aquele cheiro exalando pelo seu quarto com tanta intensidade, e não era culpa sua.
Era um cheiro perverso e masculino forte, lembrava o café puro e com uma mistura de almíscar amadeirado que me despertava a mais vulgar luxúria interior, uma garota como eu se sentiria tentada com aquela situação, não me julgue, Toji era o meu professor e ao mesmo tempo era o homem que eu sempre mentalizei em meus sonhos, e ele sempre esteve em meus desejos mais obscuros e profundos.Eu não sou e nunca fui nenhuma santa, confesso. Mas quem deseja ser santa perto de um homem desses? prefiro ser ousada e ter o que eu realmente mereço e quero, do que ser uma sonsa santinha que não goza, ouso dizer que pelo menos toda garota vulgar e ousada perante a sociedade tem o prazer de gozar como uma puta bem comida, e se você discorda... é realmente a prova de que nunca gozou de verdade.
Eu estava trêmula e com a boca seca, meus olhos focados em uma direção aleatória e em minha mente parecia ecoar o canto de um coro de coroinhas em um coral da igreja dizendo “Olhe só esses peitorais marcados na Dry fit, você nunca imaginou que ficaria tão molhada ao ver de perto não é?” Eu ficava estática, com meus olhos paralisados em um único e certeiro ponto, os peitos de Toji Fushiguro. Vagabunda, se concentre Nanna! você precisa se concentrar, o caderno. Olhe para o Caderno. Rapidamente em um pulo eu olhei para baixo, fixando os olhos no caderno dele. “No caderno dele não! você aparentemente parece estar fitando o pau dele, porra.”
— Nanna?
Levantei o meu olhar rapidamente para a face confusa e séria de Toji, eu respondi um “hmn?” totalmente aéreo, confirmando que não tinha entendido bulhufas do que ele havia me explicado ao longo do tempo em que estive fazendo uma longa viagem por seu corpo somente com os olhos.
— Você parece estar distante daqui, eu não gosto de ficar sozinho. Se fosse uma sala inteira fazendo barulho e te desconcentrando eu até entenderia. – Toji me olhou como se fosse um agente interrogando uma garotinha em uma sala fria de interrogatório, ele franziu as sombrancelhas enquanto mantinha uma brincadeira interna da língua contra a bochecha.
Obviamente aquilo foi um tapa em minha fuça, mas eu não levei em consideração por ele estar certo e também por ele ter sorrido depois de falar aquilo. Aquele gostoso simplesmente sabia que era gostoso, por isso fazia essas caras e bocas me deixando confundível com uma piscina para adultos por baixo da peça intima de renda preta.
— Professor, o senhor pode continuar... desculpa. – A voz da santidade falou, Eu Nanna disfarçando como um demônio se camufla em peles humanas a vontade que eu tinha de dizer “Como você quer a minha concentração se você é um maldito gostoso que me deixa com um tesão cabuloso? faça a malvadeza de me comer até eu esquecer como se fala em meu próprio idioma, Toji.”
— Ah, garota. Olhe nos meus olhos pelo menos por alguns minutos. E seja sincera comigo, certo?
Toji me olhou com um olhar óbvio de questionamento e uma expressão suave, girando a caneta metálica que ele usava entre os dedos com habilidade, ele era fodidamente habilidoso com os dedos, aquela maneira que ele me olhava me fazia estar distante do mundo real e só pensar em como eu poderia cair de boca em uma situação fantasiosa. Eu continuava estática, meus lábios entreabertos com inconsciência e um som quase inaudível de “ahn...” buscando o que responder para ele.
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"má intenção."
FanfictionToji Fushiguro é professor particular de matemática, todas as noites depois do expediente dele o mesmo passa no apartamento de Nanna para ajudar a garota a atualizar a matéria na qual despencou muito de nota no semestre atual, a matemática é a sua m...