Remember-me - Yeonbin

unico

Desculpe qualquer erro, ainda não revisei

Fazia um tempo q queria escrever algo assim, e chorei igual uma vagabunda enquanto escrevia, não tá exatamente como eu queria, mas gostei demais desse resultado tbm, espero q vcs gostem. Vai ter um bônus ainda.

Boa leitura

✨

Lembre de mim...

As primeiras palavras já me davam desespero, um aperto forte quase esmagava meu peito, me encosto na poltrona daquela sala fria, enquanto continuava a carta.

Hoje eu tenho que partir, desculpe Binnie, por não ter te contado, eu jamais conseguiria, seria insuportável demais te ver chorar novamente.

Soobin-ah, eu sei o quanto tentou ser forte, o quanto escondeu de mim sua tristeza pra me dar forças, eu te ouvia chorar baixinho enquanto me abraçava forte, quando achava que eu dormia, te via segurar o choro quando as notícias não eram boas, ambos sabíamos o meu fim, e nenhum de nós queria aceitar, mas por favor meu amor, lembre de mim.

As lágrimas já corriam por meu rosto desenfreadamente, eu tentava não molhar o papel, esse que continha as últimas letras caprichadas e bonitas de Yeonjun, letras essas que um dia escreveram as mais bonitas palavras de amor, que me faziam sorrir tanto, e agora dilaceravam o meu coração

Respiro fundo, e olho em volta, a cama vazia ainda bagunçada era a única coisa que indicava que ele esteve ali. Seco meu rosto, mesmo sabendo que é em vão, e volto a ler.

Se esforce pra sorrir, sei que vai ser difícil, sei que você vai querer se isolar de tudo, até que a dor passe, mas Soobin, se fizer isso, eu vou ficar triste com você.

Não importa para aonde vou, não importa o que aconteça, não importa a distância, não importa a dificuldade e nem o plano astral, nunca vou te esquecer.

As palavras agora eram tremidas, talvez porque ele estivesse fraco, talvez porque estivesse chorando, não sei dizer. Mas posso sentir o carinho que cada palavra transmite, posso imaginar Yeonjun sentado naquela cama, com as canetas coloridas e decorando com tanto amor cada cantinho da folha, o que ao mesmo tempo que me faz sorrir, me faz engolir o bolo que se forma em minha garganta.

Me levanto, sem soltar a carta em nenhum momento, me aproximo da cama fria, e me sento na ponta, coloco o travesseiro em meu colo, ainda posso sentir o cheiro de seu shampoo na fronha, e quero chorar novamente, mas tento me segurar, abraço o objeto fofinho, me sentindo um tantinho mais perto do meu garoto e volto a ler o papel.

Quando se sentir sozinho lembre da nossa música, lembre de nós dois dançando na cozinha, depois de um dia cansativo, enquanto cozinhamos algo e mimamos o Odi, cantando a nossa música, mesmo separados, eu nunca deixarei de te amar, e o amor só vai crescer.

Mas por favor meu amor, lembre de mim, pode parecer egoísta, e talvez seja, mas vou me permitir ser um pouquinho egoísta uma vez, então quando se passarem dias, meses, e mesmo que se passem muitos anos, mesmo que o tempo passe, lembre de mim.

A carta já estava perto de seu fim, mas eu precisava respirar um pouco, os olhos doendo e o nariz queimando de tanto chorar não me deixam respirar direito, deito meu corpo para trás, e cubro meu rosto com o braço, enquanto me permito sentir toda a dor que me consome, meu peito sobe e desce rápido, e os soluços saem de minha boca sem que eu os permita, e eu choro igual a uma criança.