Expressar algo é uma dádiva, principalmente quando é o amor o sentimento envolvido.
Recomendado para: Pessoas de coração partido; Pessoas que nunca amaram ninguém; E você, que sente essa cratera enorme no lugar de algo que chamam de coração.
Sabe um sentimento de proteção? Calor? Conforto? Paz? Amor? Coisa estranha de se sentir. Confusa e compreensível. Turbulenta e calma. Trás paz e tormento. Te ajuda a dormir em certos dias, e te deixa acordado em outros. É confortável e dói ao mesmo tempo. Se assemelha a um buraco no meio do peito.
Pode parecer até masoquista, ou sádico, mas eu gostaria de amar alguém a esse ponto um dia. Sentir o peito doer por conta da distância, e sentir a calmaria quando estiver em seus braços. É um sonho. Uma ilusão, que me atormenta dia após dia. Maldito coração. Um vazio que eu gostaria de preencher com a ajuda de alguém. Quem diabos se atreveria?
A idéia de ser dependente me assusta, me empurra para longe disso, mas não me vejo sozinha. Ao menos não completamente. Caos. Mas um caos bom. Reconfortante. Quente. Seguro. Um sonho.
Gostaria de amar alguém a ponto da voz dessa pessoa estremecer meu corpo sempre que ela falar meu nome; Seu toque me traga para a realidade, me tirando desse mundo que eu chamo de cabeça, ou também de imaginação. Que essa pessoa seja como uma coberta quente no inverno glacial. Pois é assim que me sinto. Gelada. Quero que me olhe nos olhos e saiba o que eu sinto. Me sinta embaixo de toda essa casca podre que eu chamo de corpo.
Tenho a necessidade de amar. E tenho ainda mais de ser amada, embora negue isso para tudo e todos. Vergonha. Medo. Insegurança. Exemplos ruim. Infância esquecida. Não sei bem o motivo disso. Na realidade, não sei nem se existe um; Eu posso simplesmente ser uma covarde vitimista. Quem sabe...
Quem sabe um dia essa pedra pulsante dentro do meu peito, que eu apelidei de coração não se quebre, e revele um lindo rubi em seu interior, antes escondido por conta do medo da dor. Quem sabe um bom lapidador não o transforme em uma linda jóia cara, valiosa, nem que seja apenasaos olhos dele. Quem sabe um dia eu canso de fugir, me esconder, e machucar quem tenta chegar perto. Quem sabe o que me espera. Um lapidador ou um ladrão? Difícil saber.
A ânsia por um toque me consome em um piscar de olhos. Me levanta do chão e me leva as alturas, me fazendo sonhar como uma criança. Chorar como uma criança.
Não quero tomar o primeiro passo. Nem sei se consigo faze-lo. Angústia. Sinto como se estivesse aprendendo a andar de novo, mas sem alguém para me segurar caso eu caia. Só risos. Risos e olhares. Isso é tudo o que me rodeia. Línguas afiadas que as vezes doem mais do que chicotes.
Quero a segurança de um abrigo. Não só físico, mas mental, psicológico, longe de tudo e todos como uma cabana isolada na floresta. Um dia de chuva e a lareira acesa. Uma xícara de chá quente e uma coberta. Só. É muito? Talvez.
A intensidade da vida me aflige as vezes. Me deixa tonta e enjoada. E tudo vira uma melancolia invisível pairando ao redor de mim. Como eu queria que alguém enxergasse. Orgulho. Orgulho que me impede de falar, pedir, ser, sentir, viver.Angústia novamente. Ciclo interminável.
Sinto que eu não era assim. Já fui melhor. Mais alegre, colorida, sorridente. Hoje sou uma casca sem graça; Sem nada a oferecer.
Desejo-lhe sorte, pequeno e/ou pequena, caso se sinta assim como eu. Sinto muito por não poder ajudar, nem a você, nem a mim — acredite, isso é o que eu mais gostaria —, mas vá pela sombra, o caminho pode ser longo. Vai. Seja feliz por nós. E obrigada por seguir em frente. Continue assim e irá realizar coisas incríveis, tenho certeza disso.
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