A Angústia do Vazio - BingJiu ABO

Prólogo

Logo quando a jovem Su Xiyan deu à luz a um pequeno e adorável menino perto de um rio, ela se lamentou, pois mesmo que quisesse ficar com seu filho a mulher não poderia, havia um homem a caçando dia e noite. Então a mãe decidiu dar uma chance de pelo menos seu pequeno lótus branco sobreviver, o colocando em uma cesta na qual a jovem cultivadora usava para colher ingredientes no local temporário em que vivia.

Sendo mãe, sabia que não seria fácil deixar seu recém-nascido sozinho pelo mundo, compreendendo que teria que fazer querendo ou não, pois não conseguirá escapar da cavalaria que estava indo atrás dela. Então a arisca Ômega pegou seu robe externo, envolvendo o pequeno Alfa e logo em seguida o colocou na cesta, dando um selar pequeno na testa do filho e só então empurrou a cesta levemente, o vendo percorrer rio abaixo.

A jovem moça, que estava ajoelhada diante do rio, sentiu águas mornas correndo pelo seu rosto esculpido por anjos, a mulher logo se levantou ainda olhando para o rio a sua frente, vendo a cesta se afastar a cada segundo que passava. Ela rezava para que não acontecesse nada com o pequeno ser que estava em sua cesta, pedindo ao todos os Deuses, até aos que não acreditava, apenas para que seu bebê ficasse vivo e crescesse igual a uma criança saudável.

Não demorou muito para a Ômega ouvir o trote dos cavalos ao seu redor, logo desviando o olhar para o local no qual havia ouvido o som, assim decidindo não deixar os guardas aproximarem de si e encontrar o filhote, que acreditava estar tranquilo indo pela correnteza fraca do rio.

A cultivadora deu uma última olhada para o caminho que a cesta percorreu e só então passou a correr, chamando a atenção dos guardas. Sabia que iriam pegá-la, pois tinha acabado de ter seu bebê e suas pernas estavam fracas, mas não ao ponto de simplesmente cair a qualquer hora, Su Xiyan era uma Ômega muito mais avançada que a maioria das outras cultivadoras em sua cultivação, mas estava exausta a partir do momento que teve seu pequeno Alfa.

A mulher não demorou para começar a usar todas as forças restantes em seu corpo, tentando escapar dos equinos que a seguia, mas logo suas pernas começaram a falhar pela falta de energia em seu corpo, até mesmo sua cultivação se esvaia de si própria, mesmo assim Su Xiyan não demonstrou fraqueza, tentou ao máximo não ser pega por aquele homem que detestava, então percebeu que o universo não gostava de si assim que vários cavalos a cercaram e um homem descer de seu corcel, vindo em sua direção.

A moça logo o olhou com uma carranca nada feliz em o ver, mas o cultivador ao ver a bela moça, um sorriso se formou em seus lábios, não perdendo tempo em se aproximar da dama ficando com ambos os rostos próximos, enquanto a mesma ficava inclinada para trás tentando evitar contato íntimo com o outro, mas o homem apenas a puxava para cada vez mais perto, unindo os corpos e a cultivadora não gostava dessa aproximação toda sem seu consentimento.

- Finalmente te achei Su... não sabe a saudade que estava de você.

A cesta boiava livremente, as vezes batendo em pedras e por mais que fosse fracamente, acordava o pequeno Alfa que estava dentro da mesma, assustado, o recém-nascido começou a chorar. Mas não havia ninguém por perto que podia consolar o bebê, então após um tempo o filhote voltou a dormir tranquilamente, sem a sua necessidade de ser acalmado ter sido suprimida.

O clima estava pouco frio e úmido, o robe externo de sua mãe o cobria por completo, mas não o acolhia tão bem do frio que fazia, finalmente alguns barulhos diferentes puderam ser ouvidos, além da água batendo uma na outra ou nas pedras do riacho e com isso uma Ômega entrou na água gélida assim que viu a cesta, a mulher com sucesso conseguiu pegar a cesta, vendo que havia um bebê dentro da mesma.

Então em um ato desesperado ao ver que o pequeno estava gelado, a mulher entrou em sua casa, acendendo a lareira que tinha em sua cozinha, a casa era pequena, havendo apenas uma cama e a cozinha junto de uma mesa. A moça cuidava do pequeno Alfa, o dando um banho quente dentro de sua banheira, tomando cuidado para não o machucar. Em seguida enrolou o pequeno em um manto limpo.