ADRENALINA PURA

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Queria poder volta no tempo
E fazer tudo diferente, minha
Vida foi corrida,eu mim perde
E nunca encontrei o meu
Ponto de conquista!

Mim deixei levar pela maldade
Das amizades falsas, fui um
Moleque atentado desde
Os 15 anos de idade
Os meus pensamentos
Só tinha maldade!

Minha mãe sempre cuidou de mim
Mais eu nunca valorizei os afetos
Tratava a todos com ignorância
Eu sempre fui frio e calculista
Minha mãe dizia: "meu filho
Saia dessa vida".

Mim envolvi no mundo errado
Conheci a maconha e o baseado
Traguei um pouco, e fiquei lombrado
Mim viciei até mim tornar um usuário.
A maconha fazia eu entrar em outro
Mundo onde eu poderia fugir
Da minha miséria realidade.

Eu sempre fui vida loka
Gosto muito de aventura
Na trama de comédia
Eu fui o coringa .

Quando eu empinava moto
Eu sentia alegria,um medo
Misturado com adrenalina
Podem até julgar ,porém
Aquilo mim dava a paz
Que mim faltava.

Eu sentia o desespero nos olhos das pessoas
Mas eu amava causar pânico por onde passava
As pessoas mim julgavam só por ser favelado
Foda-se,nada mais importava queria viver
Sem limites,sem pensar no amanhã ,e sem
Pensar no dia seguinte .

Eu adorava dá fuga na polícia
Elas mim perseguiam ,mais
Nunca mim encontravam
Eu mim escondia nas matas
Era loucura pura ,e eu amava
Eu mim sentia o próprio vilão
Da minha própria malandragem .

Sempre fui moleque bom
Nunca quis o mal de ninguém
A maconha que mim transformava
Foda-se eu nem mim importava
Minha mãe mim engravidou
Sem nem saber quem era o cara!
O desgraçado nem mim registrou!
Nem quis saber de mim e nunca
Recebi um centavo!

Minhas aventuras não era
Para qualquer um ,fui respeitado
No trampo,pelas sacanagens
Eu não tinha medo de nada
Nem de bala e nem de facada!

Esse mundo tem maldade
Matavam os parceiros sem
Dó e nem piedade , mataram
O meu parceiro Lu ,na esquina
Do povoado.

Ta ligado mano ,a jornada é essa
Quem entra na vida errada é matado
De bala,eu sabia disso
Mais eu amava o perigo!
Eu não iria sair do trampo
Sem querer justiça pelas
Vidas perdidas!

Quando era dia do 420
Eu e meus parceiros
Soltavam bombinhas
Para avisar os charas
Que a joana acabou de chegar!

Eu amava o cheiro da marola
Quatro e vinte ,hora de ficar chapado
Pipe era de de lei! Não podia falta !
Era bom demais esses momentos!

A tristeza no olhar de minha mãe
Era percebido de longe!
Eu era frio,não ligava pra porra alguma
Só queria fumar um verdinho
Junto com os parceiros!
Da vida bandida!

As policia mim acharam
Mim prenderam e fiquei
12 meses naquele inferno!
Recebendo ameaça dos cara
Que queriam mim ver morto!
Mais que bagulho louco .

Eu não teria escapatória , os polícia
Queriam descobrir quem era o
Chefe do bando !
Eu não poderia abrir a boca
Mas eu não teria escolha!

Se eu falasse,meus brother
E a mim caçar até a morte
A minha vida estava uma ruina!
A comida da cadeia era péssima!
Mas eu não pudia reclamar!

Tenho dó da minha mãe
Eu era o capeta em vida
E mesmo assim ela vinha
Mim visitar,e perguntar
Como eu tava.

Ela falava que tava arrumando grana
Para mim tirar daquela desgraça
Eu via que ela tava sofrendo mas
Não pude fazer nada! Só observava!
Só queria sair logo dali!
E fazer o que eu amava!

Poemas da MariOnde histórias criam vida. Descubra agora