Megera!

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Oi gente linda do meu coração!
Fanfic nova pra vcs! Não vai ser uma fic longa, no máximo quatro ou cinco capítulos!
Tô decidindo ainda! Kkkkkk
Espero que gostem e boa leitura!

Eu odeio essa mulher! Odeio com todas as minhas forças! Não só porque ela é minha chefe, mas por toda a sua prepotência e arrogância em não descer do salto por nenhum segundo, mesmo que estivesse errada. Só não me demito nesse exato momento por necessitar demasiadamente deste emprego, então me submeto a humilhação diária de ser desfeitiado por essa bruxa insuportável. Não lhe custava nada ser educada, mas para manter sua hierarquia e demonstrar o poder de ser dona desse lugar, faz da vida de seus colaboradores um inferno. Na verdade, faz da minha vida um inferno, ela não pega tão pesado com os outros quanto pega comigo.

Nada pode estar fora do lugar, um errinho irrisório, lhe é motivo para ser a pessoa mais detestável do planeta Terra. Certo que nos seus padrões de chefe, ela tem que comandar a equipe, nos direcionar para obter um bom resultado, contudo, não é uma figura flexível, seu foco está totalmente sobre a demanda dos rendimentos acima de qualquer circunstância. É autoritária ao extremo e cabreira demais quando as metas não são atingidas, culpando todos ao redor, sem se incluir no balaio, por ser orgulhosa demais em admitir que também não contribuiu em nada para um resultado satisfatório.

Neuta Fontes não sabe liderar, não proporciona um ambiente de trabalho agradável e não está aberta a diálogos e exposições de novas ideias, por ser tão presa ao modelo arcaico de exercer uma alta pressão em seus subordinados, demandando esforço físico e mental. Muitos não suportaram seu ego excessivo e foram embora para tratar das consequências emocionais do assédio moral sofrido. Por várias vezes, esse pensamento já me foi tópico de deliberação, mas o descartei por ser um jovem viúvo com um filho pequeno para cuidar. Eu simplesmente não podia abandonar tudo, minha vida era aquele garotinho e ele precisava de mim. Parado em frente a porta dela, respiro fundo, acabei de sair de lá com os nervos à flor da pele.

Por pouco não perdi as estribeiras e não a mandei ir para o inferno fazer companhia ao diabo. Se bem que, se ela fosse para lá, o expulsaria com uma mão na frente e outra atrás e tomaria posse do lugar que lhe era de direito. Enquanto ela gritava, eu olhava para o chão com as mãos fechadas em punho, pensando no quão difícil seria arranjar outro emprego se eu lhe dissesse tudo o que penso sobre ela. Foi preciso muito controle emocional para não me deixar envolver pela raiva de ser esculhambado por aquela megera desumana. Sim! Uma megera! Era assim que eu a chamava em todas as vezes que me vi encurralado por sua arrogância. Apelido este que logo se espalhou, entretanto, ficava só entre nós funcionários no meio de burburinhos indignados.

- O que você tá fazendo aí parado? - ouço a voz estridente atrás de mim, ralhando comigo e meu coração acelera devido ao susto. Céus! Será que não tenho um minuto de paz nessa porcaria? - Estou cercada de incompetentes mesmo e você é o pior de todos! - ela fala alto para que os outros escutem, apontando o dedo e me destrinchando mais uma vez, só que agora com testemunhas. - A cada dia, você é uma decepção! - sei que a atenção está em nós porque um silêncio se emancipou pelo ambiente. - Não sei onde eu estava com a cabeça quando te contratei! - aperto os dentes com o intuito de resguardar a cólera e não esbravejar os cachorros em cima dela. Nossa, eu adoraria mandá-la calar a boca! Até me imagino fazendo isso, mas contenho-me no fio de resiliência que encontro dentro do meu ser.

- Eu já estava indo para a minha mesa, Sra. Fontes. - digo num tom controlado ao virar-me, no mesmo tempo em que a megera sai inteiramente de sua sala, fechando a porta com força atrás de si, não sei como ela ainda não a quebrou do tanto que faz isso. Não olho diretamente em seus olhos, nunca fiz questão de encará-la, sabia o meu lugar, mas mesmo assim, ela fazia questão de me lembrar, continuamente, que eu sempre serei inferior.

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