⚕ Prólogo ⚕

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Assim que o time de quadribol da Grifinória saiu de campo, fora arrastado pela multidão de alunos comemorando sua vitória contra Sonserina.

Aquele tinha sido um grande jogo, onde as cobras não facilitaram para os leões, mas ao final a casa dos corajosos ganhara com glória.

Draco Malfoy tentou inúmeras vezes derrubar Harry Potter de sua vassoura e o grifinório, por sua vez, devolvia o ato olhando com desdém para o sonserino. Todo o resto do time estava apagado, como meros figurantes para os alunos nas arquibancadas, a competição acirrada entre os outros dois era a atração principal do jogo.

O apanhador da Grifinória sorria orgulhoso, sendo carregado por seus colegas enquanto erguia o pomo de ouro para que todos pudessem se lembrar da vitória ilustre do último jogo da temporada.

Os alunos se dissiparam da baderna pelo corredor, até que somente os grifinórios adentraram a comunal ainda aos gritos de comemoração.

Harry! Harry! Harry! — Todos gritavam colocando o garoto no chão novamente.

O peito do Potter se enchia de orgulho a cada vez que chamavam seu nome como se ele fosse um herói, Harry sabia que eles o adoravam e gostava disso. Ele gostava da popularidade que tinha, afinal orgulhava seu pai por seguir o mesmo caminho que James no quadribol.

— Festa da vitória na Comunal! — Berrou Rony sendo seguido por um grito aprovador do resto do grupo.

Em poucos minutos, todos seguiram para os dormitórios para se arrumarem para a dita festa. Os jogadores estavam suados demais para receber os beijos e abraços das garotas, mesmo que eufóricas.

Quando retornaram para a comunal, transfiguraram caixas de som e utilizaram um belo Abaffiato para não serem pegos por Dumbledore em meio à tradicional festa pós vitória, que sempre acabava saindo um pouco dos trilhos.

Dito e feito. Algumas horas depois alguns dançavam, outros bebiam whisky de fogo, ou até mesmo, se agarravam em algum canto mais reservado.

Harry viu Fred Weasley cercado por várias garotas, que disputavam pela atenção do ruivo e riu, indo procurar por seu melhor amigo. A comunal estava lotada, já que alunos das outras casas se juntaram à eles.

Potter passou por Oliver, que também era agarrado por uma garota, que parecia ser Lilá Brown. Ele já nem se importava mais, a lufana era obcecada por qualquer garoto desde que ele fosse um jogador de quadribol.

Viu também Pansy Parkinson e a julgou por estar dançando sobre a mesa com Theodore Nott enquanto alguns alunos tiravam fotos e gravavam vídeos dela. Blaise Zabini tentava a todo custo afugentar os caras, parecendo ser o único amigo sóbrio ali, o que fez Harry refletir o quão sóbrio ainda estava.

Ele era o campeão da Grifinória, responsável pelas últimas oito vitórias do time, ele merecia uma noite sem preocupações.

Foi com esse pensamento que o Potter caminhou em direção ao frigobar, mas deu de cara com um Cedrico sorridentemente bêbado em seu caminho.

— Parabéns, Hazz! — O lufano o cumprimentou com um abraço e o garoto grifinório se sentiu estranho pela proximidade repentina.

Não era novidade para ninguém que o apanhador do time de quadribol tinha uma queda de precipício pelo Diggory e, o simples ato de ser abraçado por ele, o fez corar.

Harry saiu de sua bolha assim que foi solto e o garoto mais velho saiu para cumprimentar o resto do time. Foi quando ele se deparou com a figura desagradável de Draco parado em um canto, o encarando como se pudesse o fuzilar com apenas o olhar.

O Malfoy caminhou decididamente em direção ao Potter com os punhos cerrados, pronto para iniciar uma briga, mas assim que parou em frente ao moreno ele perdeu sua raiva ficando apenas com a frustração.

— Parabéns, Potter! — O loiro cuspiu a palavra com sarcasmo e os olhos verdes do grifano se reviraram irritado. — Como se sente sabendo que só entrou no time por causa do seu pai?

— Como se sente sabendo que teve que pagar para entrar no time? Não foi seu pai que patrocinou as novas Nimbus? — Harry rebateu já sem paciência e Draco fez uma careta emburrada saindo, batendo os pés como uma criança mimada.

O garoto de cabelos escuros pegou uma garrafa de whisky de fogo da mão de um colega aleatório e a virou de uma vez na boca. O líquido quente desceu por sua garganta, fazendo-o se sentir menos tenso e ele desistiu de encontrar Rony.

Um gole. Seu corpo relaxou.

Dois goles. Potter riu, com alegria se esparramando em cada célula de seu corpo.

Três goles. Ele já se sentia mais leve.

Quatro goles. Dançar sem sentir vergonha, por mais que Harry não sentisse quase nunca, já era possível.

Cinco goles. As luzes vermelhas da comunal pareciam fortes demais, o que o fazia ter vertigem.

No décimo gole, o garoto mal conseguia parar em pé. Ele tivera que ser carregado por Colin e Neville até seu dormitório, pois não poderia dar um passo sequer sozinho.

Não era a primeira vez que o Potter ficava de porre, mas descontar as provocações do Malfoy em álcool não tinha sido a decisão mais inteligente.

Harry apenas sentiu seu corpo ser jogado contra o seu colchão em seu quarto e as figuras borradas de sua visão desapareceram. O garoto fechou os olhos sentindo tudo girar à sua volta e, com o estômago embrulhando, apagou.

de repente slytherin;  drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora