Capítulo 2

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-Senhores passageiros, estamos nos preparando para pouso, por favor voltem para seus lugares e afivelem o cinto.

Quando o avião finalmente pousou, depois de mais de 4 horas, fui buscar minha mala. Descendo a escada rolante havia um homem jovem, que aparecia ser poucos anos mais velho que eu ou até da minha idade, com uma plaquinha escrita "Srta Sinclair ", ele olhava algo no celular e depois levantava o olhar como se estivesse me procurando. Quando me aproximei, ele olhou para mim, olhou pro celular e olhou para mim novamente

-Srta Sinclair?

-Sim. Meu pai que lhe mandou me buscar?

-Não, foi a Dominic. Vamos, antes que sua avó ligue atrás de nós. - ele pegou a mala da minha mão e me guiou para fora do aeroporto e em direção ao estacionamento, chegamos a um Jeep , muito parecido com o do Stiles, de Teen Wolf, só que mais escuro e moderno. Ele abriu o porta mala,guardou minha mala e indicou a porta do passageiro pra mim entrar, enquanto ele ia para o lugar do motorista. Fui até a porta que ele indicou mas não entrei e fiquei olhando para ele pelo vidro aberto.

-Como posso ter certeza que você não tá, tipo, tentando me sequestra pra me matar ou algo assim? - Tá essa foi uma pergunta meio idiota, se ele fosse me sequestrar ele já teria feito algo, certo?

Ele me deu um olhar incrédulo, como se ele se fosse uma piada que ele não entendeu, então pega o celular e digita algo e logo o guarda novamente.

- Se eu fosse te sequestrar, já teria te amarrado e te colocado dentro do carro. - Realmente.

Senti meu celular vibrar no bolso da calça, quando olho, é uma mensagem da vovó falando que mandou alguém chamado "Thomas" pra me buscar,ergo meus olhos até meu 'motorista'.

-Como você chama?

- Thomas. Thomas Mayfields.- ele me lança um olhar confiante, como se soubesse exatamente de quem era a mensagem. Que vergonha, Malta, você mal chegou e já está acusando os outros.

Subi no carro e coloquei o cinto com uma cara bem plena que nem parecia que tinha acabado de acusar alguém de tentar me sequestrar. Saímos do estacionamento em silêncio, até a hora que entramos na rodovia, estava curiosa sobre meu "motorista" então me permito observar-lo, cabelo e olhos castanhos, uma mandíbula definida sem barba e uma simples e pequena argola prata na orelha direita.Ele é lindo, com uma carinha de arrogante, meio padrão, mas lindo.

- Olha,Thomas, desculpa por aquilo no estacionamento,eu estou nervosa, sabe? Estou me mudando temporariamente pra uma cidade que faz anos que não venho, fora o fato de que sou péssima em conhecer pessoas novas e não conheço quase ninguém. - Uau, acho que falei demais, mas de alguma forma me sinto mais aliviada de ter posto isso pra fora, só não queria que fosse na frente de um desconhecido. -Você pode ignorar essas ultima coisa que eu falei?

-Qual delas? Sobre você estar nervosa ou sobre não conhecer ninguém?- Encolho meus ombros sentindo a vergonha pelo que falei.

-Os dois? -Ele parece estar achando graça, idiota.Refleti brevemente sobre perguntar algo pra ele,sabe, pra puxar assunto, mas ele não parecia interessado em conversar comigo.

Decido me concentrar na estrada enquanto minha mente viaja pelas memorias que tenho da casa de vovó, uma mistura de rútica com industrial, da varanda que da pro gramado do quintal com uma bela vista pra o lago e o deck, as heras fazendo o papel de cerca entre a casa de vovó e de Myrabell, sua melhor amiga, a piscina de Myrabell que tanto brinquei, o chocolate-quente, as massagens. Todas essas lembranças fizeram meus olhos encherem de lagrimas, mas me controlei pra não chorar, isso era um sinal que precisava mudar a direção de meus pensamentos, logo, volto a me concentrar na estatua no banco do motorista.

- Quantos anos você tem?

-17.- ele parece ter sido pego de surpresa.

- Você tá no ultimo ano?

-Sim, e pelo que sua vó disse, deduzo que você também.

-Então, nós vamos meio que... estudar juntos?

-Aparentemente.- Tenho a leve impressão de que ele não gosta muito de mim, não posso culpa-lo exatamente.

Depois de pouco mais de 30 minutos de carro, finalmente chegamos à entrada do condomínio de vovó,um portão todo branco de estilo colonial que sempre fui fascinada, abre quando o carro se aproxima e seguimos, a casa da vovó fica em um canto mais isolado do condomínio sem muitas casas próximas. Olhando pela janela, aprecio as casas e seus jardins bem cuidados, fecho meus olhos e sinto o ar fresco e o canto dos passarinhos.

Sinto o carro diminuindo a velocidade e estacionando, abro meus olhos e vejo vovó em frente a porta, ao lado de Myrabell, ambas com um sorriso no rosto, me esperando. Quando desço do carro, ando até elas, que veem de encontro comigo de braços abertos prontos para um abraço, um abraço que senti muita falta,mesmo não percebendo.


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⏰ Last updated: Aug 12, 2023 ⏰

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