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EDDIE

— Ela foi feita para um mundo invertido... - eu falo olhando minha guitarra de cima a baixo

— Au, isso combina pra cacete! - dustin fala aos berros

— Fala baixo mocinho - eu dou uma pausa e olho para ele - já tá tudo pronto? - eu falo e ele acena que sim

Subimos na parte de cima da casa e dustin liga a caixa de som, fazendo um ruído de doer os ouvidos, mas o pai aqui já está acostumado.

— Vamos Eddie, os morcegos podem chegar se ficarmos parados!

— Beleza... - eu começo a tocar minha música na guitarra, antes o som era baixo, mas a cada toque que eu dava dustin aumentava nas caixas de som

Até que o som ficou ensurdecedor, fazendo que eu e Dustin tivéssemos que gritar para nós comunicarmos

— ELES ESTÃO VINDO! - dustin grita, eu logo tiro meus olhos da guitarra ainda tocando olhando para frente, vendo os morcegos se aproximarem rapidamente

Começo a tocar meu metal mais rápido possível, mas não desafinando.

— NOS TEMOS QUE SAIR DAQUI 30 SEGUNDOS! - dustin grita para mim

Ao passar dos segundos dustin ia gritando "NOS TEMOS QUE SAIR DAQUI 20 SEGUNDOS!" ou "NOS TEMOS QUE SAIR DAQUI 10 SEGUNDOS!", alguma coisa do tipo.   Eu apenas pensava em salvar o mundo, sou despertado com dustin gritando (finalmente).

— VAMOS!

Solto minha guitarra e a largo lá, eu desço com a ajuda de dustin. Entramos correndo dentro do treiler, os morcegos não estão de brincadeira.

— eles são muito rápidos - dustin ri

— conseguimos moleque! - eu rio e bato em suas mãos como um hi five'

— acho que está tudo bem agora, é só subir. - dustin fala e olha para mim com um sorriso no rosto

— porque está rindo? - eu pergunto

— aquele... foi... O METAL MAIS INSANO DE TODOS!! - ele grita correndo até mim e me abraçando

— Ah, já é, já é, não tô pronto pra elogios! - eu rio

— Merda - nós escutamos um barulho vindo do teto, do meu... quarto?

Nós chegamos lá e vemos o barulho de morcegos por todos os lados

— Eles estão no teto..

— Em qual parte?

— Eu não sei! - dustin grita e na hora os morcegos abrem um buraco no teto

Nós pegamos todos os armamentos que temos e logo ficamos nos morcegos, ou melhor, no teto. Estávamos quase lá, até que começam a vir mais, e mais.

Eu resolvo agir, e tampar o buraco com alguma coisa, eu lembro do escudo que s/n nos ajudou a montar e logo o pego

— SAI DAI DUSTIN! - eu grito para ele e o empurro, logo coloco o escudo no buraco onde os morcegos saiam

— Uau, isso foi.. - dustin diz - genial! Eu nunca pensaria nisso

— Claro que você nunca pensaria nisso! - eu digo um pouco nervoso, geralmente eu grito em ocasiões assim.

Logo eu escuto outro barulho de teto, nesse cômodo, na sala, no banheiro, na cozinha, no treiler em si...

— ... Tem outro buraco? - eu completo curioso

— Eu acho que sim... - nós nos olhamos enquietos, e seguimos correndo com os armamentos até a sala

Chegamos até o centro, na passagem onde estava os lençóis entrelaçados

— Dustin sobe! - Ele larga os armamentos e vai subindo

Eu fico de quarda em torno do Dustin para nenhum morcego o atacar até eu subir também. Mas quando Dustin já está lá em cima, eu lembro do nosso plano, nós tínhamos que destruir Vecna até o quarteto conseguir destruí-lo.

— EDDIE VEM LOGO! - ele pergunta assim que eu desço dos lençóis

— EDDIE NÃO OLHA - Dustin continua e eu corto o fio de lençóis

— OQUE VOCE TÁ FAZENDO!? - Ele fala novamente e eu tiro o colchão debaixo.

— ganhando mais tempo. - eu corro até a porta com o escudo nas minhas costas junto com a minha faca amarrada num bastão de madeira. Pego uma bicicleta, chamando atenção dos morcegos, correndo então, na direção contrária do covil do Vecna.

Eu corria, corria o mais rápido que eu conseguia, eu tentava correr já que tinha milhares de morcegos voando atrás de mim.

— TENTEM ME PEGAE SEUS FILHOS DA PUTA!

Eu acelerei, esvata gastando força que eu não tinha ( e forças que eu não sabia que eu tinha) naquela bicicleta. O mais rápido que eu pude, e menos devagar possível, eu fiz uma curva, mas acabou que eu cai.

Me levantei o mais rápido e tentei correr, mas estava fraco, fraco demais, gastei minhas energias andando na bicicleta e acabou na restando nada...

Eu logo tenho um déjà-vu. Um déjà-vu de quando eu corri, igual como estava fazendo, corri da Chrissy. Por medo de morrer, igual eu estava fazendo agora... "Eu estava com medo, então eu fugi" "Eu fugi igual um covarde".

"Nós não somos a porra de um herói" era a frase que mais passava na minha cabeça, eu não sou um, mas eu poderia ser. Pela Chrissy, por todas as vítimas de Vecna. Eu vou em direção aos morcegos, sem pensar, puxo meu armamento.

Os morcegos ficam doidos, percebem que eu saí da bicicleta e voam rápido até mim, eu direciono meu escudo contra eles enquanto eles ainda ultrapassam a mim. Porém, eu só percebi depois, quando eles já tinham formado um tipo de redemoinho em minha volta, me cercando, me deixando completamente...

Sem saída.

Are you sure? - ROBIN BUCKLEY (REESCREVENDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora