Aquele homem

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Os dois homens que estavam com Thomas se aproximam de mim segurando meus braços me impedindo de sair, tento me soltar mas minhas forças não são nada comparadas com a daqueles homens.

Thomas _ você vai trabalhar pra mim e vai me dar muito dinheiro com esse seu rostinho bonito _ sua mão segura meu rosto com firmeza _ vai dar uma ótima putinha _.

Maya _ não! Você não pode fazer isso comigo! Eu vou te denunciar pra polícia! _ gritei desesperada, isso não pode tá  acontecendo comigo.

Thomas _ me denunciar? Hahahahah _ ele rir debochando _ será que você já se esqueceu do contrato que você mesma assinou? _ meus deus aquele contrato, como pude me esquecer daquele maldito contrato.

Maya _ por favor! Eu imploro, me deixe ir, se o senhor quer dinheiro eu lhe dou tudo que tenho, mas por favor, me deixe ir _ suplico em meio às lágrimas, estou com medo não sei o que pode acontecer comigo.

Thomas _ já chega! Não quero a mixaria que você tem, você é que vai valer muito mais como uma cadelinha obediente, agora levem ela! _ ordena aos homens que me arrastam para um quarto.

Maya _ não! Não! Por favor, me soltem! _ um dos homens me jogou no chão com brutalidade, na queda acabei machucando meu cotovelo, gemi pela dor.

Homem _ você vai ficar aí quietinha até o chefe mandar você sair _ rapidamente ele fecha a porta me deixando sozinha naquele quarto escuro.

Maya _ por favor, alguém me tira daqui! _ bati na porta com força várias vezes na tentativa de obter ajuda, mas a única coisa que ouço é um “cala a boca”.

Me sentei no chão com as costas na porta, abracei meus joelhos encostando a cabeça nós mesmos e comecei a chorar, não consigo controlar meu choro, não tenho a mínima ideia do que poderá acontecer comigo daqui pra frente, tudo que tinha planejado pra minha vida, sonhos, projetos todos jogados no lixo.

Como pude ser tão burra e ingênua de confiar naquele maldito homem.

Maya _ me perdoe madre, a senhora tinha razão, as pessoas são muito crueis _.

Quebra de tempo

Já faz um bom tempo que estou presa aqui, acho que já deve está escurecendo, também já estou com muita fome e sede, fora meus olhos que devem estar bem inchados por conta do choro, me levantei de pressa ao ouvir vozes atrás da porta, meu coração acelera, quem será e o que fará comigo? As perguntas perguntas rodeiam minha cabeça enquanto a porta é aberta por um dos homens de antes, uma mulher de vestido vermelho chamativo com um decote enorme entrou se aproximando de mim, por medo recuei para trás.

Carmen _ não precisa ter medo de mim, eu não vou te machucar, bom pelo menos eu não haha _  ri sarcástica, seus olhos correm meu corpo inteiro de cima a baixo como se estivesse me avaliando _ é você vai dar um preço _. Aquelas palavras me enojam, como pode achar que sou um objeto que está à venda.

Maya _ não sou uma mercadoria! _ afirmei com a pouco coragem que tinha, jamais poderia deixar ela falar tal calúnia de mim, mesmo sabendo que é essa situação que me encontro.

Carmen _ não é? Então me diga porque está aqui hum? Se você está aqui é porque é uma mercadoria que vai ser vendida para algum velho gordo ricaço _ sinto uma raiva absurda daquela mulher mas não posso fazer nada, pois sei que se fizer só pioraria as coisas pro meu lado.

Carmen _ Fred! Traga ela! _ diz ao homem que abriu a porta antes, ele me puxa pelo braço sem nenhuma delicadeza para fora do quarto, sou levada até uma sala que mais parecia um camarim, onde várias mulheres estavam se arrumando observei que todas estavam quase nuas, acredito que é isso que elas vestem aqui.

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