Minha flor de Cecília: 1

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Kaeya, um jovem em seus belos 23 anos, apaixonado por natureza. Sua paixão pelas flores de Cecília pareciam aumentar cada dia mais, o aroma doce e viciante dessas pequenas eram como drogas para Kaeya. O viciavam.

Albedo, outro jovem, mas de apenas 19 prestes a completar seus 20, era apaixonado por arte. Sempre foi capaz de desenhar qualquer coisa que fosse colocada em sua frente, desde um ser humano, até mesmo um cômodo de uma casa.

Certo momento, o pintor decidiu "mudar" seu local de paz para fazer suas artes. O que antes era uma sala fechada, agora, era a céu aberto, no meio da natureza.

Por ali, conheceu a flor de Cecília, que também o encantou. Seria essa flor um tipo de encanto para quem a visse? não sabia dizer, mas podia sentir. Ao ver uma silhueta sentada, de cabelos longos e azuis cheirando uma dessas flores no meio de um penhasco. Não evitou colocar aquela imagem à sua frente em uma tela.

Só não esperava, que essa imagem fosse fazer tanta diferença em sua vida.

Albedo já preparando suas tintas e pincéis, observava a imagem a sua frente e passava cada traço para o papel.

O gramado esverdeado se movendo com o vento, não era diferente dos cabelos azuis, que mesmo amarrados, voavam com o vento. Era lindo aos olhos do pintor.

Continuou sua pintura por horas. Até mesmo chegou a se perguntar se a moça de cabelos azuis não teria algo melhor para se fazer ao invés de estar apenas sentada observando a pequena cidade atrás dos muros enquanto sentia o aroma diversas vezes daquela flor?

Continuou colorindo, sem deixar de pensar sobre milhares de coisas e fazer diversas perguntas para si mesmo. Até que, quando estava próximo de terminar, a silhueta já estava de pé.

O seu corpo era alto, e por mais que tivesse uma cintura encantadora, não parecia com uma cintura feminina. Sem contar com a bunda e os seios, que também não era tão reparável, mas, sua bunda era sim até que grandinha perto daquela calça justa que o azulado usava. Sua pele era morena, e quando seu rosto encontrou o de Albedo, o pintor foi capaz de reparar um tapa olho em um de seus olhos, meio coberto por uma pequena franja. Estava se tornando ainda mais encantador.

Até ele perceber que a moça, na verdade, era o moço.

Seu rosto corou um pouco ao ver um sorriso leve da parte do azulado, que aos poucos se aproximava. Quando chegou perto, pôde reparar na diferença de altura e diferença corporal. Era reparável cicatrizes por todo o braço do azulado, suas mãos tinham uma luva preta que cobria apenas a palma, os dedos ficavam de fora.

- Estava me colorindo sem que eu percebesse? Gostou da paisagem? - o azulado observava a pintura, enquanto se aproximava de Albedo, que suspirou e continuou pintando, sem expressar nada.

- Estava colorindo a paisagem que a propósito, é linda. - o azulado continuava sorrindo divertido, e observando o quadro, percebeu que além da paisagem, o menor também havia desenhado ele ali, sentado, com a flor de cecília em sua mão. - Enquanto eu coloria, eu me perguntava sobre essa flor em sua mão.

- Imagino, essa flor é encantadora de todos os jeitos. - o azulado olhou para a flor e a pôs em seu nariz, puxando o ar novamente, sentindo o aroma da flor e suspirando com um brilho em seu olhar.

- Ela tem algum significado? Algo em especial? Não consigo entender.

- Como assim?

- Em todo o tempo que eu estive observando, você estava com esta flor em mãos. Do momento que eu cheguei, até agora, você ainda está com ela. Sente o aroma milhares de vezes e não a coloca de volta na grama. Ela deve ter algo especial para você estar sempre sentindo o aroma dela.

Minha flor de Cecília (Kaebedo)Onde histórias criam vida. Descubra agora